Capítulo 29 - O medo só atrapalha!

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As semanas se passaram, e eu não tinha ideia do que fazer para concretizar minha vingança. Não por ele em sim, mas sei que qualquer coisa que fizer, vou acabar por magoar pessoas que não quero, como os pais dele, a namorada, e por fim as muitas fãs. E com certeza vão me odiar e me querer longe de qualquer um deles, principalmente do Harry. Mas Liam tem que pagar pelo que fez. E por isso preciso planejar com muita calma o que vou fazer. Talvez, manchar sua fama, não seja o suficiente, mas preciso fazer algo que cause nele a mesma dor que causou em mim.

Harry queria que eu o acompanhasse no inicio da turnê, junto com ele, pois meu tio e a Jasmine, só chegariam duas semanas depois. Mas eu disse que não. Havia pessoas que demonstravam interesse em me ajudar, e nessas semanas, era importante o acompanhamento com a doutora Kisley, que se mostrou uma dessas pessoas. Nunca me fez perguntas sobre nada daquela noite, mas demonstrou também saber, que não foi ninguém ligado à Kostopoulos. Fiquei de olhos arregalados quando ela claramente deu a entender que era isso mesmo. Mas eu não podia falar nada. Harry corria riscos e se quero me vingar de Liam, tenho que fazer as coisas direito. E principalmente, permanecer calada.

- Yasmin, pode vir aqui? – meu tio chamou da sala.

- Sim...

- O que acha? –Benicio começou a falar – estou pensando em ir visitar o Kaleb... Quer ir conosco?

- Isso não é uma bem uma pergunta tio... – falei sem querer sorrir.

- Não... Desculpe, mas não quero te deixar sozinha... E bom... Isso diz respeito a você também.

- Pensa em ir quando?

- Essa semana... Bom... Nossa casa logo será entregue, e com as investigações, ele disse que tem surpresas pra nós.

- E a Jasmine?

- Está deitada.

- Vou falar com ela... E amanhã tenho consulta...

- Nós te levamos...

- Obrigada.

O retorno deles para Londres foi tranqüilizante, principalmente para Harry, que mesmo tendo Gemma e Anne sempre por perto, e quando digo sempre, quero dizer em Gemma mudar praticamente para Londres para ficar comigo e Anne vinha aos finais de semana. Harry, ainda ligava e liga todos os dias para saber como estou e ainda fala com alguém que esteja junto para saber se estou falando a verdade. Claro que a preocupação dele não diminuiu. Depois daquela noite, em que eu pedi para fazermos amor, e falhei, não voltamos a ter momentos íntimos, por medo meu. Não conversamos sobre o assunto, mas ele me entendia melhor do que eu. Eu acho.

Agora as cicatrizes no meu corpo, quero dizer, na minha pele, já estão bem claras, quase que desaparecendo por completo, graças a um remédio que um dos médicos passou, mas ainda existem algumas, que foram cortes um pouco mais profundos, mas pelo menos, esses não eram tão visíveis, pois ficavam mais por baixo da roupa.

Jasmine ainda tinha um gesso no braço e uma tala na perna, apenas para evitar movimentos bruscos e prejudicar a lesão dos ossos. Lembro-me do dia que chegaram, abracei aos dois e choramos muito, mas de felicidade. Jasmine correu todos esses riscos para me ajudar, apenas em memória de uma amor que ela sabia que não existia mais, sem imaginar que meu tio, aquele que eu nem sabia de sua existência, estava vivo e que também a amava. Era um amor lindo dos dois. Como se fosse, eterno. E eu sentia que eu e o Harry poderíamos ser assim. Um amor sem medidas, sem exigências, sem cobranças. Pois quando se ama, se confia, se entrega, por completo.

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