Capítulo 15 - Seu perfume. Reconheci o cheiro...

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(...)





Ao descer do avião, já havia um carro parado próximo, para nos levar até onde seria meu esconderijo. Acho que nem mesmo eu teria a idéia de me deixarem na casa de um diplomata, ou político influente, aliás, tão influente.

O carro pôs-se em movimento pelas ruas de Londres que ao mesmo tempo, apesar de parecer tão diferente, ainda sinto que é meu lugar. Lembranças me vem à memória de uma época que mesmo morando no interior, meus pais vinham passear na capital. Eu amava ver a paisagem que se formava da bela cidade. Uma lágrima involuntária se aventurou em descer pelo meu rosto. Aquele homem disse que meu era um criminoso...

- Senhor Bryan...

- Sim...

- Kostopoulos disse que meu pai era um criminoso. E tudo o que passei nesses anos após a morte dos meus pais, era culpa do meu pai.

- Kostopoulos é um louco. E seu pai, não era nenhum criminoso. Garanto isso!

- Obrigada.

- Yasmin... – ele falou chamando minha atenção – Não precisa me chamar de senhor, está bem. Pode me chamar de Bryan. E ela, é a Mariá.

- Tem mais alguma coisa que eu precise saber?

- Tudo ao seu tempo! Não tem com que se preocupar. Está segura e daqui a três ou quatro dias, Harry vem te ver. E ele mesmo vai te levar para algum lugar que só ele saberá. – ao saber disso, fiquei feliz. Não importava onde eu estivesse, desde que Harry estivesse comigo.

Bryan me deixou junto com Mariá na casa do primeiro ministro britânico e seguiu para a base da policia local, onde ele teria informações de como estavam as coisas no Brasil. Eu simplesmente não sabia o que fazer, ou o que falar. Perdida era como eu me sentia. Essa história toda que gira em torno do meu passado, do passado da minha família. Quero esclarecer tudo, mas sei que não depende de mim.



HARRY POV'



Nem acredito que estou a caminho de rever a Luna. Por mais que eu saiba que o nome dela é Yasmin, é impossível não lembrar dela como a minha Luna, e das palavras que trocamos antes da minha partida. Ainda essa semana vou tirá-la de Londres. Ela não está segura aqui. E se eu começar a visitar muito a casa de David Cameron, posso levantar suspeitas e isso não é nada bom.

A ultima vez que liguei para Kostopoulos, ele desligou na minha cara após me chamar de imaturo, claro que não foi bem essa a palavra que ele usou.

Desci do carro, e claro que havia alguns fotógrafos de plantão. Procurei agir normalmente e esperei a porta abrir para que eu pudesse entrar.

- Jovem Harry, queira me acompanhar. – o mordomo falou e eu o segui. Não havia muito o que falar.

- Harry! – David sorriu ao me ver – Fico feliz que esteja aqui.

- Obrigada, por tudo. – agradeci.

- Não precisa agradecer. Se prendermos esse homem, já será um grande passo. Ele é uma ameaça internacional.

- Como ela está?

- No quarto de hospedes. Ela é, digamos, quieta. Mas está a levantar suspeitas.

- Como assim?

- Suspeito que tenha alguém infiltrado, escondido entre os funcionários.

- Não me admira saber disso. Aquele homem é muito esperto. Ele não pode entrar na Inglaterra, a não ser com uma identidade falsa. Mas ele não vai correr esse risco. Pode muito bem mandar alguém em seu lugar. Ou já ter alguém por aqui.

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