.Yandra.
Eu já estava na Rocinha. Na casa do Matheus específicamente.
O mesmo já tinha ido pra reunião junto com o L2.
Luana: como é que vc está agora? - me entrega o copo com o suco e eu ajeito o prato no meu colo.
Luana estava comigo e a gente estava jantando na sala assistindo um filme.
Yandra: mais calma. - bebo um pouco do meu suco e ela se senta do meu lado. - mas o medo não foi embora completamente.
Eu sei que tudo que eu passei hoje já passou.. Mas eu sei que a qualquer momento eu posso passar por isso denovo. Talvez até coisa pior.
Luana: o que vc pretende fazer?
Yandra: eu não sei..
...
Sento na cama esperando o Matheus sair do banheiro.
Ele tinha chegado a pouco tempo e trocamos pouquíssimas palavras.
A única coisa que ele me disse foi um "tudo bem?". E logo subiu pro quarto.
Yandra: o que aconteceu? - pergunto quando ele sai do banheiro.
MT: se quer conversar sobre isso agora? - pergunta fechando a porta do banheiro e eu concordo.
Vejo ele suspirar e sentar do meu lado mas sem me olhar.
MT: desculpas. - olho pra ele confusa. - tu passou por isso pq está se envolvendo comigo.
Yandra: Matheus.. - ia começar a falar mas ele me interrompe.
MT: não! - me corta. - é isso. Se vc não estivesse se envolvendo comigo nada disso teria acontecido. - respiro fundo e ele olha finalmente pra mim. - acho que não vai dá mais.
Encaro ele na hora que me olhava nos olhos.
Yandra: o que vc quer dizer com isso?
MT: não dá mais. - repete negando com a cabeça. - se vc continuar comigo tu só vai acabar se envolvendo mais! Isso não é pra você. Olho o que vc passou hoje. Isso não é nem o começo Narah.
Yandra: vc tá tendo ideia do que vc está falando? Matheus a gente começou a namorar não tem nem 1 semana.
MT: é melhor assim.. - desvia seu olhar do meu.
Yandra: ah claro que é melhor. - falo dando uma risada sarcástica. - vc não tem culpa pelo aconteceu comigo. - ele abre a boca pra falar mas eu interrompo. - eu me envolvi contigo pq eu quis. - aponto pra mim msm. - eu sabia das consequências que isso me traria.
MT: mas vc não merece passar por isso caralho! É esse o ponto que eu quero chegar.
Yandra: eu não sou de correr atrás de ninguém! - ele volta a olhar pra mim. - mas vc parou pra pensar que vc terminando comigo ou continuando não vai mudar nada? Não vai mudar Matheus! Eu vou continuar sendo alvo pq eles sabem que eu sou importante pra vc msm estando ou não contigo.
Me levanto da cama fazendo um coque no meu cabelo respirando fundo.
Eu estava nervosa. Com vontade de chorar. E tentando se um jeito tirar toda essa angustia que eu estava sentindo.
Yandra: faz oq vc quiser. - falo de costas pra ele ainda. - só tira esse pensamento de culpa na sua cabeça. Pq não foi culpa sua.
Ele continua calado e eu vou até minha mochila pegando uma roupa e indo ao banheiro.
Antes de ligar o chuveiro eu ouço a porta do quarto se fechar.
Ele se sentindo culpado me faz me sentir da mesma forma.
Até pq eu quis estar com ele msm sabendo que eu corria risco.
Saio do banheiro dps de eu vestir a camisa dele e encontro o msm entrando no quarto assim que eu fechava a porta do banheiro.
Olho pra ele que tbm me olha mas nem um dos dois fala nada.
Vou até a mesinha e pego o celular antigo dele que o msm tinha me emprestado.
Vou até a cama me sentando nela e cruzando minhas pernas.
Vejo que ele n se mexeu e olho pra ele que estava parado em frente a porta encarando o nada.
Respiro fundo e decido chamar ele.
Yandra: vem deitar Matheus. - chamo ele que me olha e bem até a cama se sentando na ponta e olhando pro chão.
MT: vc moraria aqui comigo? - pergunta do nada e eu olho pra ele surpresa. - até acabar toda essa porra. - olha pra mim. - eu conseguir deixar vc sozinha sem me preocupar.
Eu não sabia o que falar.. Ele tinha me pegado de surpresa.
Eu estava com medo de voltar pro meu apartamento mas não estava pensando em vim morar com ele.
MT: é só até tudo isso acabar. - volto minha atenção pra ele. - eu prometo que eu vou fazer de tudo pra acabar com isso logo. Mas eu não quero ficar longe de vc e nem te perder.
. NÃO REVISADO.
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O Destino Do Tráfico
FanficFoda-se transar no chão, até que a morte nos separe ou então a prisão.