Capítulo 4:Waking Up

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Acordando

Harry sentou-se na cama por alguns minutos, vagando sobre aquele sonho estranho, antes que as memórias do que acontecera no dia anterior voltassem, enchendo sua mente como a água encheu um rio transbordando.

Ele se lembrava de tudo: o pesadelo; SUA  risada; tio Valter entrando em seu quarto, seu rosto assumindo um tom feio de roxo por causa da raiva; a surra; sendo expulsa de casa ... Edwiges, deitada no meio da rua, apenas esperando um carro passar por cima de sua gaiola.

A vontade de chorar superou Harry quando ele pensou em seu amado amigo. O primeiro que ele já teve. A criatura que ele mais amava.

O adolescente colocou as duas mãos no rosto, nem mesmo percebendo a leve dor que persistia em seu corpo, chorando e molhando a pele com as lágrimas.

Ele chorou e chorou e chorou, perdendo a noção do tempo e apenas sentado naquela cama que era, obviamente, confortável demais para ser dele.

Não que ele tivesse notado ainda.

Ele não sabia quanto tempo havia se passado. Ele não se importou. Ele não conseguia parar de chorar, tentando sem sucesso recuperar a respiração e se acalmar.

Ele foi tirado de seus pensamentos quando ouviu a porta se abrir, revelando Tom, o barman, de quem ele se lembrava como o dono do Caldeirão furado de sua primeira vez no Beco Diagonal.

O homem entrou na sala, sem perceber que seu 'paciente' havia acordado.

Tom dirigiu-se à mesa que ficava em frente à cama e largou o baú encolhido que carregava consigo, acenando com a varinha e murmurando um feitiço baixinho, observando enquanto o baú voltava ao tamanho original.

Harry o viu abrir o porta-malas e tirar alguns frascos de vidro: um deles era de um vermelho vibrante, o outro era de um amarelo cremoso.

O homem se virou para ficar de frente para a cama, parecendo determinado a caminhar em sua direção, mas parou quando percebeu que o menino estava acordado.

"Oh, Senhor Potter! É bom ver que você está acordado." o homem disse, saindo de seu estupor. Ele não comentou sobre o fato de que suas bochechas estavam manchadas de lágrimas; não disse nada sobre seus olhos, que provavelmente estavam vermelhos e inchados. Ele apenas voltou a andar e se sentou na beira da cama.

Harry ficou muito grato por tudo isso.

Tom deu a ele a poção vermelha vibrante e Harry a tomou sem ao menos estremecer, engolindo a próxima o mais rápido possível, para que ele não precisasse prová-la.

Ele havia parado de chorar, provavelmente por causa do susto que a entrada do homem lhe causou e, sentindo as lágrimas secarem no rosto, fez uma careta e pediu o banheiro.

O homem sentado ao lado dele apontou para a porta que ficava em frente à cama, ao lado da mesa, pedindo-lhe que voltasse o mais rápido possível e, se estivesse confortável, deixando-o dar uma olhada em como estavam suas cicatrizes.

Ele levou apenas alguns minutos para lavar o rosto e aliviar a bexiga.

Ele voltou para o quarto e descobriu que Tom havia voltado a olhar para o porta-malas - que Harry supôs ser como um kit de primeiros socorros para trouxas.

De Relâmpagos e Olhos Verdes[Tradução]Onde histórias criam vida. Descubra agora