Capítulo 13

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Mary viu Jisoo sair com pressa de sua casa sem ao menos dar-lhe tempo para digerir o que tinha acontecido e os três conversarem para enfim se entenderem. Pensou então que, para ela não havia sido apenas sexo e que realmente nutria um sentimento pelo rapaz que foi rompido de maneira condenável.

Respirou fundo, pegou a taça deixada na mesa de centro e a levou para a cozinha, sendo seguida por Taehyung, que estava um pouco aflito com tudo aquilo. Jamais imaginaria que Mary, uma estrangeira, conheceria Jisoo, a mulher com quem tinha algo casual até dias atrás. Isso nunca passaria por sua mente, mas já que aconteceu era necessário explicar-se.

— Mary, podemos conversar? — Tocou no braço da mulher que estava parada em frente à pia da cozinha, fazendo-a virar para si.

— Por favor. — Respondeu-lhe com o olhar triste e apontou para a sala. — Aceita vinho? — Tae negou com a cabeça.

Os dois se sentaram no sofá, o clima estava um pouco pesado, mas Mary tinha consciência de que Tae não lhe devia nada antes de começarem um relacionamento, ele era livre para sair com quem quisesse, queria apenas entender porque terminou com Jisoo daquela forma.

— Como você conheceu a Jisoo? — Tae perguntou primeiro, precisava entender como se conheciam.

— Uma amiga morou aqui por algum tempo e pediu que Jisoo me ajudasse quando eu cheguei. Ela que me buscou no aeroporto, me trouxe até aqui e conseguiu a professora de coreano. — Suspirou pesado ao terminar de falar. — Mas e vocês, o que aconteceu?

— Eu não fazia ideia que se conheciam. — Passou a mão no rosto antes de continuar — Mas isso também não iria mudar o fato que me apaixonei por você. — Segurou as mãos de Mary e deu-lhe alguns beijos ali. — Eu e Jisoo nos conhecemos em uma balada, quando fui com meus colegas de trabalho. Acabamos indo para a casa dela nesse dia. Dei o meu telefone de trabalho, eu havia gostado dela, mas nada muito significativo pra mim. — Deu uma breve pausa esperando que Mary dissesse alguma coisa mas não ouviu nada, ela esperava que ele terminasse de lhe contar tudo. — Eu nunca menti para ela, nunca disse que queria algo sério. Nos encontramos algumas vezes, mas tudo não passava de sexo casual e achei que pra ela também era assim, pois só me mandava mensagem quando estava afim de me encontrar.

— Acho que ela não entendeu assim. — Sua voz soou triste. —  Jisoo falou de você hoje, eu não sabia quem era a princípio, mas agora faz sentido com todas as características que ela me contou. Ela achou que estavam começando a ter algum tipo de relacionamento.

— Eu nunca falei isso e tampouco demonstrei sentimentos, sempre fui sincero, desde o dia que fui para a casa dela pela primeira vez. Eu disse que não passaria daquilo e ela concordou. Quando eu te conheci algo em mim mudou e eu não pude mentir para mim mesmo e precisava investir nisso, nunca senti nada assim por ninguém antes, tudo é muito novo para mim. Então no dia seguinte, a primeira coisa que fiz foi pegar meu celular de trabalho e mandei uma mensagem para ela dizendo que não podíamos continuar com aquilo. Ela me respondeu e eu pensei que estava tudo bem.

— Acho que vocês deveriam conversar então. Ela não pareceu bem quando saiu daqui. — Deu um gole no vinho.

— Vou tentar conversar com ela, mas eu nunca menti, Mary. Disso eu tenho certeza em afirmar. — Sua voz soava desesperada por compreensão.

— Eu acredito em você, Taehy. — Passou suas mãos no rosto do homem que fechou os olhos sentindo aquele toque.

— Acredita mesmo? — Disse ao esboçar um sorriso.

— Claro. As histórias batem e mesmo assim você era livre para fazer o que queria. — Tirou sua mão do rosto de Tae e segurou a taça de vinho com as duas mãos.

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