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Capítulo 16

Seoul. Quarta, 06h.

Os dois estavam agarrados na cama, dormiram abraçados a noite inteira e nenhum dos dois queria levantar quando o despertador de Taehyung tocou, estava tão quentinho, era um crime ter que sair dali.

— Tae, acorda. — Mary o balançou. — Você precisa levantar, precisa trabalhar. — Deu alguns beijinhos em suas bochechas e o homem a agarrou ainda mais.

— Só mais 5 minutos, aqui tá tão gostoso. — Falou manhoso.

— Pra quem nunca dormiu com ninguém, você tá se saindo muito bem. — Riu de como o homem lhe agarrava e afundava a cabeça em seu pescoço.

— É você. Culpa sua. — Beijou seu pescoço.

— Minha? Por quê? Eu nem fiz nada.

— Você é viciante, seu cheiro, seu toque, sua boca, seu corpo. Tudo é viciante, não quero sair daqui. — Continuou a dar beijos por seu pescoço e agora em todo o seu rosto. — Não tenho culpa, ela é toda sua.

— Levanta logo, se não vai se atrasar. — Tentou se soltar mas o homem a apertou ainda mais em seus braços.

— Acho que eu to com febre, vou faltar ao trabalho e ficar aqui pra você cuidar de mim — Separou um pouco o seu corpo de Mary e fez um biquinho. — Eu posso morrer sem cuidado. — Choramingou.

— Então vamos para o hospital. — Sorriu anasalado.

— Não. Você que tem que cuidar de mim. — Foi ainda mais manhoso.

Mary passou suas pernas por cima do quadril dele e sentou-se em seu colo, olhou seus olhinhos puxados inchados de sono, aquilo era a coisa mais fofa que poderia querer ver mas levantou-se rápido antes que ele a agarrasse e a impedisse de sair.

— Levanta logo, garoto. Vou fazer um café pra gente. — Disse enquanto ia ao banheiro.

— Isso vai ter volta. Você tá me obrigando a fazer algo que eu não quero. — Fingiu chorar. — Tô muito triste, docinho.

— Para de drama e vai logo.

— Você é má. — Levantou-se da cama e pegou Yeontan para levá-lo para casa consigo.

— Deixe ele aqui comigo. Ele fica sozinho lá o dia todo e eu também. — Pela primeira vez fez uma carinha de cachorrinho sem dono, com um biquinho irresistível. Se o homem não queria deixar o cachorro ali, agora se sentia obrigado. Como ele diria não para uma carinha assim?

— Se você fizer essa cara toda vez que quiser algo .. então eu acho que tô bem encrencado. — Disse sem graça passando a mão na nuca. — Tudo bem então, vou deixá-lo aqui, espero que ele não dê trabalho. Vou em casa e já volto. — Disse vendo-a assentir enquanto escovava os dentes.

Terminando suas higienes e tomando um banho rápido, Mary foi até a cozinha com Yeontan lhe seguindo a cada passo. Estava se divertindo com a presença do animal, era muito bom ouvir seus latidos agudos brincando com algo que achava pelo caminho.

Taehyung foi para casa mas sua mente voltava à noite anterior e no quanto foi bom, mesmo não tendo ido adiante. Só de saber que lhe proporcionou prazer já se sentia radiante.

Mary fez um café e algumas torradas para aquele dia e logo Taehyung estava de volta, como sempre muito bem arrumado, ou melhor, um completo gostoso. Mary adoraria elogiá-lo da mesma forma que pensava, mas ainda se sentia muito tímida quanto a isso.

— Como está indo com o coreano? — O homem perguntou enquanto se sentava e se servia de café.

— Estou progredindo. Gostaria que fosse mais rápido, preciso arrumar um emprego logo. — Sua voz soou triste.