( 7 ) Separados e Kim, onde esta voce?!

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Nos capítulos anteriores...

(Nicolle narrando). É incrível, quando de uma hora para outra, você está no seu quarto, mexendo em seu celular, rindo a toa com seus amigos, de assuntos sem cabimento e passa alguns segundos, o seu mundo simplesmente desaba. Quando você não tem mais forças, quando você pensa "Deus me abandonou nesse mundo, aonde ele mesmo criou e me colocou" mas depois você pensa que você está errado e que você acha que tudo não passa de uma farsa, onde em um piscar de olhos, tudo volta ao normal. Que no final disso tudo, você seria feliz, você teria um final feliz! Mas aí que eu te digo uma coisa amigo! Não estamos em um conto de fadas, então concluímos que não existe finais felizes! É melhor eu parar de me iludir...
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Nicole: Eu não sabia o que estava acontecendo atrás daquele portão. Eu queria poder ajudá-lo, poder escalar de volta e ficar com o Augusto, sentir a metade ou toda a dor dele. Ele não emitia um som se quer, apenas conseguíamos ouvir os grunhidos daqueles mortos! Como tenho ódio deles! Todos nós estávamos desesperados, gritávamos o nome dele, e nada! Letícia e Felipe não paravam de chorar.

Augusto: Eu conseguia ouvir o choros e gritos da minha família e amigos do outro lado do portão, aquilo era horrível, mas felizmente me dava forças para continuar. Eram muitos zumbis na minha frente, eles babavam como se fosse a primeira refeição após um dia sem comer. Eles estavam vindo em minha direção, alguns estavam a dois metros de mim, já outros estavam um pouco mais longe. Olhei para todos os lados, e encontrei uma pequena brecha entre dois zumbis.
Eu não sabia se teria mais deles à frente, mas eu não poderia deixar a minha ultima chance acabar em segundos, eu precisava arriscar, e era isso que eu faria! Chutei um zumbi que estava próximo a mim, e com esse gesto ele caiu para traz batendo em mais dois zumbis, e fazendo os dois caírem também no chão, e mais um zumbi tropeçou neles e caiu junto. Que sorte! Depois que aquela cena acabou, que até seria um pouco engraçada, se essas coisas não tivessem se levantado. Eu sai correndo e empurrei um zumbi com o meu braço e então faltava aquela pequena brecha, que já estava sendo preenchida com outro zumbi. Eu não iria deixar aquilo acontecer, tirei forças de onde nem eu sabia que tinha e o empurrei com todo o meu ódio e raiva, acabei fazendo dele um escudo humano..quer dizer, um escudo zumbi.
Consegui avistar a longa rua, será que eu consegui me livrar daqueles monstros? Saí correndo, mas antes gritei para o pessoal que estava na casa que eu estava bem e que eu iria voltar. Eu sabia que aquilo não foi uma boa ideia, pois iria atrair os zumbis, mesmo assim eu gritei e no mesmo instante sai correndo de lá. Olhei para trás e uma multidão corria atrás de mim, eu não sabia para onde correr, onde me esconder, eu não sabia o que fazer, apenas corri, corri sem rumo algum.

Nicole: Eu não aguentava mais. Os choros estavam me deixando nervosa, eu queria algum lugar para raciocinar, tentar encaixar tudo o que estava acontecendo, em silêncio! Então uma ideia veio à minha cabeça. Olhei para trás e vi um carro, era um Corolla - Toyota. Estava tudo funcionando até agora, o carro já achei, agora é preciso achar a chave e ver se está com gasolina, quer dizer, o bastante para chegarmos a um posto. Depois disso, a "segunda etapa do meu plano" era achar armas, e suprimentos. A gente não sabia ao certo, o tempo que ficaríamos fora do nosso "refúgio". Olhei em volta do local que estávamos, e agora que consegui visualizar a casa que havíamos encontrado. Havia um jardim, com algumas palmeiras, e três pequenos arbustos entre elas, que ficavam do lado direito do jardim, junto com uma garagem, aonde havia o carro. Tinha uma piscina que ficava do lado esquerdo, ela era grande e tinha apenas algumas plantinhas boiando sobre ela, mais para frente, se encontrava uma pequena varanda, que tinha duas portas que dava para dentro da casa, uma mesa para almoçar, uma cadeira de balanço e alguns sofás que eu creio que seja para visitas.
Cheguei perto da porta de vidro que dava para a casa e bati bem forte, para que se algum zumbi "morasse" ali, daria as cartas. Pelo menos saberíamos quantos zumbis haviam naquela casa.
Nada! Nenhum zumbi apareceu, bati de novo. Nada. Mas depois de um longo e perfeito silêncio, escuto um barulho de alguma coisa caindo. Estava bom demais para ser verdade. Dei um pulo para trás, e não duvido que o resto do grupo fez o mesmo. Olhamos uns para o outros e todos nós estávamos com cara de espanto. Havia alguma coisa naquela casa. Pedi para o Felipe abrir a porta, na primeira vez ele recusou, já na segunda tentativa ele aceitou.
Pediu um grampo de cabelo da Kim, e a mesma retirou de seus longos cabelos loiros, um pequeno grampo que prendia sua franja. Felipe começou a balançar e girar o grampo. Pensei que estas coisas, só aconteciam em filmes, mas ok!
Foi então que ele gritou um "consegui" fazendo todas nós darmos um pulinho para trás.
A porta foi aberta, então o Felipe falou:

Felipe - Primeiro as damas! -olhei para ele incrédula e apenas assenti-

Eu - Quero só ver, quando você tiver que repovoar a terra, quem é que vai te ajudar! - falei tentando ser irônica, mas na mesma hora me arrependi de ter falado aquilo, pois ele simplesmente olhou para a minha irmã , com um olhar malicioso. Dei um murro naquela carinha "linda" dele. Imbecil-

Peguei minha katana e entrei na casa. Ela era muito bonitinha, tinha uma mesa no meio da sala, com dois sofás um de frente pro outro, uma estante que ficava alguns objetos de vidros, papéis, chaves, entre outras várias coisinhas. Fui em direção a um pequeno corredor, coloca pequeno nisso! Que tinha duas portas, uma delas havia um quarto e a outra estava fechada. Abri bem devagar e era outro quarto. Eu estava fechando a porta, quando escuto um barulho vindo do quarto, entrei mais para dentro do mesmo e percebi que havia outra porta nele, abri bem devagar e tinha um closet, entrei nele. Havia muitos armários mas o barulho repetiu e vinha de outra porta abri a mesma bem devagar e me deparei com uma senhora de idade, encolhida em um canto do banheiro, com uma faca de cozinha, aquelas facas de serra, sabe?
Fiquei com dó dela, até que a mesma senhora, saiu correndo em minha direção e ergueu seu braço com a faca para cima, e fazendo um pequeno corte, mas fundo no meu braço! Aquilo ardia muito e começou a sangrar. Fiquei muito nervosa e mostrei minha katana para ela, que no mesmo instante arregalou os olhos e foi se movendo para trás.
Fiquei com muito medo da velhinha ter um ataque cardíaco aquela hora, talvez ela nunca tenha visto uma adolescente com uma espada na mão, ameaçando-a. Abaixei a katana e comecei a acalmá-la. Saímos do banheiro e fomos para aquele mesmo quarto, ela se sentou na cama e eu me encostei na parede. A velha iria falar alguma coisa, quando ouvimos gritos e pareciam vim da Kim. Sai correndo procurando por ela, quando encontrei Felipe e Letícia com os olhos arregalados e aflitos atrás da pequena Kim. Quando Letícia deu um berro:

Letícia: Cadê a minha filha? - gritou e logo em seguida, caiu de joelhos, Felipe abaixou e confortou sua mãe, enquanto eu peguei a minha katana -

Olhei para a senhora, e a mesma olhava para mim, com um sorriso estranho em seu rosto. Coloquei a katana próxima de seu pescoço. Talvez ela soubesse o porque do grito da Kim.

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