Ꮯꮋꭺꮲꭲꭼꭱ - 11

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Sabendo que precisava consertar o que havia estragado, Kara saiu da banheira pingando e entrou no quarto com passos decididos. Enrolada na toalha como se ela a protegesse do mundo, Lena estava sentada numa cadeira e fuzilou-a com o olhar. Kara sabia que ela estava raivosa e sabia que era uma covarde por não confessar seus sentimentos. Sabia como consertar a situação, mas simplesmente não sabia como dar esse passo. E se Kara estivesse tomada pelo calor do momento? Seu estômago apertou-se um pouco. Correu os dedos pelos cabelos dourados e olhou para Lena timidamente.

━ Isso significa que não vamos transar agora?

Lena atacou com a rapidez de um tigre. A velocidade do golpe jogou Kara de costas contra uma mesinha atrás dela. Lena gritou, rosnou, socou Kara.
A policial tentou prendê-la com os braços para impedir o ataque, mas o óleo do corpo a deixava escorregadia como uma enguia.

Lena a chutou com o peito do pé. Kara perdeu o equilíbrio e as duas despencaram no chão. Kara virou-se para amortecer o impacto da queda, mas mesmo assim elas caíram em um tapete de aplaca, o baque atingiu seus pontos. Doeu demais.

━ Você é uma verdadeira babaca! - Lena rosnou. ━ Meu marido era menos idiota do que você! - ela esmurrava o peito de Kara.

Kara não gostava nada do que ela dizia, mas gostava do jeito que falava. Era melhor do que a versão assustadinha sentimental e chorosa. Sorrindo, ela rolou sobre Lena. Os olhos da irlandesa se arregalaram quando o membro, que já endurecia, roçou em suas coxas. Ai, caramba, Kara estava tão perto. A pele de Lena estava escorregadia e, se ela se mexesse mais alguns centímetros, Kara a penetraria.

A policial engoliu com dificuldade e, apenas para deixá-la mais furiosa, ela disse:

━ Isso é um não?

━ Ahh! Você é patética! - Lena a empurrou. Seus mamilos estavam duros como pedra contra o peito de Kara, a pele estava quente e ela tremia. Kara baixou o nariz até o pescoço de Lena e inalou.

━ Eu sou o que sou e é isso que sou! Você gosta disso.

Lena fez um ruído de engasgo porque não podia negar que gostava. Então Kara beijou a pulsação na jugular dela, apesar da maneira que Lena a empurrava.

━ Eu sinto muito por ferir os seus sentimentos.

━ Kara - ela sibilou. Não importava. Kara conseguia sentir o corpo dela clamando por aquilo. Lena a queria tanto quanto Kara a desejava.

━ Lena - ela respondeu, beijando-a atrás da orelha. Carinho era um sentimento nada familiar que florescia dentro de Kara. Lena ergueu o joelho de novo. Kara bloqueou com o próprio joelho. A ação encaixou os quadris da policial mais alto entre as pernas de Lena. O carinho deu lugar ao calor primitivo.

A cabeça do pau encostou nos lábios úmidos e vaginais de Lena. Os olhos da irlandesa arregalaram-se e seu corpo a recebeu. Kara apertou a mandíbula com tanta força, que ficou com medo de quebrar os dentes. O corpo de Lena chiava e pulsava ao redor do membro com tanta intensidade, que Kara não conseguia...

Lena se deslocou e...

Ah, minha nossa. Kara deslizou outro centímetro para dentro dela. As duas ofegaram, mas Lena ainda a empurrava.

━ Pelo amor de Deus, Lena - Kara rouquejou. ━ Relaxe!

A irlandesa inalou fundo, empurrando os ombros de Kara, enquanto seus quadris se moviam para cima e a vagina atraía a policial mais para dentro.

Estava dando mensagens confusas. Kara era apenas uma pessoa e ela a mulher onipotente, toda-poderosa. Seus músculos aveludados abriam e fechavam ao redor do membro pulsante, seduzindo Kara da maneira que apenas o corpo de uma mulher poderia.

Kara estava às raias de um ataque completo de fúria. A transpiração brotava da testa. Kara não se movia, nem mesmo se encolhia. Os corpos estavam rígidos como vigas de aço. Kara precisava ter cuidado para não entrar fundo demais e machucá-la. O corpo de Lena estava muito escorregadio com o óleo, cada vez que a irlandesa inspirava, Kara a penetrava um pouco mais, e a cada exalar ela empurrava Kara para trás. Kara investia, Lena segurava. Enterrou os dedos nos cabelos negros e descansou a testa contra a de Lena. O mínimo movimento levou Kara um centímetro a mais dentro da irlandesa.

Kara fechou os olhos bem apertados, travou a mandíbula e lutou contra a inclinação natural do corpo de se mover mais para dentro e penetrar fundo. O corpo morno de Lena tremia embaixo dela. A respiração de Lena era veloz e furiosa. Kara abriu os olhos e encarou os grandes olhos verdes; apenas então Kara percebeu que brilhavam com lágrimas.

A visão a derrubou. Ela não queria machucar Lena. Não a teria feito chorar intencionalmente. Estava agindo como uma brutamontes. Sabia que podia seduzi-la para tê-la, mas não era desse jeito que Kara a queria. Beijou os lábios da irlandesa e disse:

━ Me desculpe.

Suavemente, Kara se afastou dela.

━ Não, Kara, fique - Lena sussurrou. Em vez de empurrá-la de novo, a irlandesa a agarrou.

O coração de Kara doía. Aquele sentimento insano que tivera na banheira estava de volta.

━ Tem certeza?

Lena concordou e sorriu, apesar das lágrimas. 

━ Não chore, meu bem - Kara a beijou entre as lágrimas e, conforme o fazia, deslizou dentro dela. Foi o momento mais sublime de sua vida.

• • •

Lena passara mais de uma década ansiando por Kara. Uma década de sonho, imaginando se tudo aquilo não era apenas uma fantasia colegial totalmente fora de controle. Agora aquele sonho se tornara realidade. Era a fantasia revivida, mas ainda melhor. Os dedos de Kara percorreram seus olhos, seu rosto, seu nariz e seus lábios, enquanto Kara deixava que o corpo dela acomodasse o membro. Quando se moveu dentro dela, Lena arfou e se curvou. Nossa, aquilo era muito bom.

Lena passou os braços ao redor do pescoço de Kara.

━ Kara - ela suspirou quando Kara começou a penetrá-la suavemente. Não queria suavidade, queria fervor, rapidez e urgência. Em seguida, queria devagar, sôfrego e profundo. ━ Deus, que delícia.

Os lábios de Kara fundiram-se com os dela, e os quadris moviam-se lenta, profunda, deliberadamente. Ela abriu corpo, mente e alma para Kara. Até mesmo sua vida. Kara fez com que ela se sentisse como nenhuma outra pessoa fizera em mais de dez anos.  Era simplesmente tão intenso, tão reverente, tão gentil. As lágrimas ardiam em seus olhos. Ah, Kara, por que não podia ter sido você?

━ Sou eu, meu bem, aqui, agora. Sou toda sua - ela sussurrou contra os lábios de Lena.

As bochechas da irlandesa queimaram. Meu Deus, ela havia pensado alto!

Kara penetrava forte, em seguida suave, depois rápido, então lento. Cada vez que a empurrava à beira da inconsciência, Kara a puxava de volta apenas para levá-la novamente às raias da loucura e trazê-la de volta. Lena delirava, ansiando pelo clímax, mas cada vez que estava a ponto de chegar ao ápice, Kara reduzia a velocidade, apenas para provocá-la de novo com mais potência. Por fim, ela se agitou, gritou e implorou para que Kara a deixasse gozar. Quando Kara o fez, Lena voou direto para as estrelas, onde explodiu num milhão de estilhaços brilhantes de sensações. Pairou quando as explosões multiplicaram-se em outras, e mais outras, cada vez mais altas, como fogos de artifício. Quando o último estouro aconteceu, Kara voou ao lado dela, seu corpo convulsionando, e as chamas queimaram-na por dentro, assim como queimaram Lena. E, em seguida, juntas, começaram sua descida de volta à Terra.

Estavam aniquiladas. Ficaram deitadas, juntas, exaustas incapazes de respirar numa cadência contínua, sabendo que a vida tinha acabado de mudar de forma irremediável.

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Lena é tão maravilhosa, né? Ela desce o cacete na namoradinha e depois vai lá e senta. 🌝

Wanted [ Supercorp AU G!P 👮 ] Onde histórias criam vida. Descubra agora