Ꮯꮋꭺꮲꭲꭼꭱ - 05

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Kara andava para lá e para cá diante da porta do quarto. Não queria entrar. Se entrasse, não conseguiria manter as mãos longe da mulher que estava lá dentro. Assim que ouviu sua voz levemente rouca, seu pau e suas lembranças despertaram. Lutessa. A festa de formatura. A jovem irlandesa se aproximou de Kara como um anjo vindo do céu e se entregou. E Kara a tomou. Por inteira. Repetidas vezes.
Kara ainda se lembrava do toque de sua pele macia, dos seios duros, da vagina deliciosa e virginal. O jeito como ela se prendia, faminta, ao redor do seu pau. Merda!

Kara passou a mão no rosto. Queria aquilo de novo. E estava fula porque Lena não se lembrava dela. Como Lena conseguiu esquecer sua primeira vez?
Ela quase a beijara. Independentemente de Lena lembrar-se dela, ou não, Kara a queria. Ela havia sentido o aumento do pulso na jugular de Lena. O modo como as narinas se inflaram e os lábios se abriram. Os mamilos ficaram rígidos, mesmo o quarto não estando frio.
Manter-se profissional estava se tornando quase impossível. Ela estava vulnerável demais. Apavorada até a morte. E, embora Kara pudesse ser um monte de coisa, não era o tipo de babaca que se aproveitava de uma garota indefesa. Também não a lembraria daquela noite. Poderia complicar as coisas. E "Descomplicada" era seu nome do meio.

Não significava que Kara não quisesse trepar adoidada com Lena.
Ela puxou o ar e expirou. Para o bem das duas, teria apenas que fazer o melhor para manter-se fria e segurar o amiguinho que tinha entre as pernas dentro das calças.

Deslizou o cartão na trava da porta, abriu-a e trancou-a atrás de si. Virou-se para o quarto e grunhiu. Seu corpo sofreu um solavanco dolorido, como se tivesse sido atropelado por um caminhão imenso.

Kara segurou a língua dentro da boca quando Lena surgiu do banheiro toda quente e perfumada. Abafou a vontade imediata de jogar Lena Luthor na cama e mergulhar tão fundo nela, que se perderia por dias. Tudo que tinha era uma toalha ao redor de si. Depois de informar James sobre sua mudança de planos, quase não escapara das garras lascivas de Cat Grant, a gatona da recepção quando tirara as roupas e entregara as dela e as de Lena. Não queria pensar sobre o que ela estaria fazendo com elas. Mas o mesmo desejo que a induzia agora induzia Kara também. Queria a irlandesa que estava à sua frente com todas as forças.
Tudo que Lena tinha era uma toalha fina e úmida que abraçava suas formas suaves como uma segunda pele.

━ Minha nossa, você pode se cobrir?

Lena voltou seus olhos perversos para a policial e sorriu. O membro de Kara deu sinal contra a coxa. Aquela não havia sido uma boa ideia.

━ Não sou um gênio. Não posso simplesmente piscar e fazer a toalha crescer - Lena falou, e então olhou para a toalha de Kara que estava começando a se levantar. ━ Eu posso pegar a sua emprestada.

Kara travou a mandíbula, mandando o demônio entre suas pernas se comportar.

━ Você quer mesmo isso? - Kara ouviu sua voz rouca perguntar.

Os olhos imensos de Lena a encaravam, sem piscar. Lena engoliu em seco. Kara observou a lenta ondulação da garganta, imaginando seus lábios colados ali. Seu queixo caiu quando Lena guinchou a palavra:

━ Sim.

O pênis saltou contra o algodão da toalha, a fricção era excruciante. Kara chiou. Meu Deus. Qual o jogo de Lena? Kara caminhou até Lena. Os olhos grandes da irlandesa arregalaram-se, incertos. Kara lutou para regular a respiração repentinamente arfante e estendeu os braços para ela, não para o sexo, ela disse para si mesma, mas para tranquilizá-la de que estaria segura. Por mais que quisesse, ela se lembrou de que não era uma vadia completa e não se aproveitaria do estado vulnerável dela.

Lena sacudiu a cabeça e recuou até a parede. O medo cintilava nos seus olhos. Kara parou e abaixou a mão.

━ Não sou como Mike - Kara disse, suavemente. ━ Não vou te machucar.

Wanted [ Supercorp AU G!P 👮 ] Onde histórias criam vida. Descubra agora