⟡ CAPÍTULO 1 ⟡

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Fazia muito tempo que eu não dormia nessa cama confortável e com o cheiro de lar que eu sempre adorei

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Fazia muito tempo que eu não dormia nessa cama confortável e com o cheiro de lar que eu sempre adorei. Durante meu cárcere na casa de Enrico, o gosto que pairava sobre mim eram todos, menos de lar. Agora, em casa, as noites vem sendo muito mais agradáveis. Noites agradáveis, porém memórias vívidas e doloridas sobrevoando cada passada que eu dou por aqui. Ainda não tive coragem de abrir o dossiê para meu pai. Um misto de vergonha pelo sentimento de fraqueza, o qual ele nunca me preparou, com o medo de ver a tristeza e fúria nos olhos dele. Eu sei que ele vai buscar vingança a todo o custo. Todavia, eu não tenho certeza do que isso implicará nas famílias. Os chefes terão de se reunir e tudo vai ser exposto. Meu terceiro medo. Eu, que nunca tive medo de nada, estou aqui enfrentando a situação mais dolorosa em toda a minha vida.


Mesmo com esse turbilhão de pensamentos, sentei-me na cama e senti o tapete macio de pelinhos sob os meus pés. Ergui meus olhos para a fresta na cortina e pude ver um raio de sol quente iluminando um caminho pelo quarto, com aquelas poeirinhas sobrevoando o ar, preguiçosas. É verão. O verão aqui na Itália é bem quente e gostoso de viver. As pessoas ficam alegres e sempre tem bastante gente perambulando pelas ruas, bares e restaurantes.

Ainda não decidi se irei abrir a conversa com o meu pai no dia de hoje. Olho, então a gaveta entreaberta, com a pasta e os arquivos que juntei. Respiro fundo e me levanto completamente, balançando a cabeça para desviar os pensamentos e abro de vez as cortinas, fazendo, assim, o sol invadir completamente o quarto. Inspiro aquele ar da manhã e vou pro banho. Me permito demorar algum tempo, sentindo a água morna cair pelo meu corpo, o cheiro floral do sabonete invadir o banheiro. O banho foi de chuveiro mesmo, pois gostaria de tomar café com o papà. Aqui, o café é servido, pontualmente, às 9 da manhã. Coloco um roupão e parto para o closet procurar uma roupa. Decido colocar uma roupa fresca e alegre:

[Violetta] - Buongiorno, signorina Donatella! - era Violetta, a governanta da casa, juntamente com as camareiras para a arrumação do meu quarto

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[Violetta] - Buongiorno, signorina Donatella! - era Violetta, a governanta da casa, juntamente com as camareiras para a arrumação do meu quarto. Eu ainda ficava impressionada como elas sabiam a hora de entrar ali.

[Donatella] - Buongiorno, Violetta! - Respondi animada. - Meu pai já está no café? Porque acordado eu tenho certeza que sim. - Dei uma breve risada.

Meu Gângster AmericanoOnde histórias criam vida. Descubra agora