Epílogo / Teaser livro 2

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A sala estava fria, o ar estava impregnado com o aroma calmante da ômega feminino e o garoto de cabelos verdes pacificamente estava deitado com a cabeça gentilmente apoiada no colo dela. Seus olhos verdes estavam protegidos com as pálpebras, mas a ômega mais velha era inteligente o suficiente para saber que o menino estava lutando contra o sono. 

    — Izuku, descanse. - Ela repetiu, cuidadosamente passando a mão pelos cachos emaranhados do jovem ômega. Ele choramingou e dobrou os joelhos mais perto do peito. Midnight suspirou, empurrando os óculos até a ponta do nariz com o dedo indicador. Ela estava se esforçando ao máximo para representar uma figura maternal em sua vida, pois sabia que ele era atualmente incapaz de parecer distante. Ele se trancava em seu quarto por dias, mal comia um pedaço de pão antes de ser arrastado para o escritório dos heróis profissionais quando ela já tinha visto o suficiente. 

Ela havia experimentado uma situação semelhante quando ele era adolescente, mas ela não diria que foi bastante empatia. Seu companheiro a trocou por alguma outra vagabunda, e eles se mandaram para a Austrália. Ela sentiu tristeza por dias e desejou que seu beta estivesse ao lado dela, mas ela sabia que, no fundo, ele não voltaria.

A situação de Izuku era diferente, ele não tinha permissão para ver seu companheiro por causa de seus instintos ômega exigindo ser o único ao seu redor, mas como os heróis deveriam saber que ele iria aparecer e desaparecer durante a noite?  Katsuki Bakugo não estava em condições de se mover, então isso deixou todos os Heróis nervosos, eles não tinham ideia do que dizer a seu companheiro além da verdade nua e crua. 

O ômega já estava uma bagunça do jeito que estava, e a notícia forjou vários cenários possíveis em sua cabeça. Ele estava morto e eles não estavam contando a ele? Ele o deixou porque ele não era bom o suficiente? Isso foi culpa dele?  A Midnight era rápida quando o ômega estava tendo dias piores, não que eles não estivessem tão ruins como antes. Naqueles dias, ele ficava no escritório da Midnight e se aqueciam em seu calor, enquanto ela deixava o ômega cheirar os feromônios de uma figura maternal e calmante. 

Izuku choramingou de repente, levantando-se do colo das mulheres e esfregando os olhos cansados. Ele se levantou sobre as pernas trêmulas e usou a parte de trás das mangas do suéter de Katsuki para enxugar os olhos marejados.

   — Eu tenho uma ideia. - Midnight falou, fazendo Izuku olhar para ela. Ele ergueu uma sobrancelha e virou a cabeça novamente, dirigindo-se às suas bochechas molhadas. 

  — Que tal eu te ensinar a construir um ninho? Pode fazer você se sentir melhor. - Ela ofereceu, sua voz era suave e calmante. Izuku lentamente se sentou de volta, e a mulhee tomou isso como uma oferta para continuar. 

   — Os ninhos são algo que os ômegas mais jovens fazem para lidar com stres ou para ficar longe de suas famílias. Os ômegas mais velhos também fazem isso quando estão esperando filhotes, um pequeno lar para eles, eu acho. Também pode ser um bom lugar seguro para você, o faça, se você se sentir confortável. Podemos enchê-lo com seus pertences do alfa, cobrindo-o com o cheiro dele. - Ela explicou, levantando a mão para esfregar as costas de Izuku.  Ele se encolheu com o toque, mas permitiu que ela o tacasse, depois, acenou lentamente com a cabeça em aprovação.

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   — Então, quem quer ajudar? - Midnight perguntou, com as mãos nos quadris enquanto ela parava na frente da classe do curso de herói da UA. Eles ainda estavam em suas roupas de dormir, e esparramados nos sofás do dormitório. Izuku agarrou a barra de sua jaqueta enquanto ficava atrás dela, os ombros caídos.  Ashido e Uraraka foram os primeiros a se levantar, seguidos por Kaminari e Kirishima, e Sero se oferecendo para trazer os materiais. 

Kirishima deu um leve soco no braço de Kaminari e puxou-o para um abraço lateral.  Kaminari sussurrou algo para seu companheiro, antes de beijar sua bochecha e caminhar na direção de Sero. Izuku sorriu para eles como uma pequena interação, todos os outros estavam felizes. Eles estavam todos escondendo como se sentiam sobre a situação, então por que ele não poderia? Quantidades ilimitadas de cobertores, travesseiros, mantas e colchas foram trazidas para o dormitório de Izuku, e ele se sentiu inútil observando das linhas laterais. Ele suavemente traçou seus dedos ágeis sobre as duas marcas de presas embutidas em suas glândulas de cheiro, deixando um pequeno sorriso enfeitar seus lábios enquanto as memórias que inundavam sua mente. 

  — Você está bem, cara? - Kirishima perguntou, deslizando pela parede para se sentar ao lado do ômega de cabelos verdes. Izuku respondeu com um aceno sutil, seus olhos não vacilando de Uraraka, que estava fazendo um pequeno círculo de cobertores, ela tinha feito isso antes?

   — Yanno, Bakugo não é pessoa de fingir que desaparece. Ele vai voltar, virá atrás de você. Você só tem que esperar até ele fazer isso. - Kirishima explicou, dando um tapinha no ombro de Izuku antes de se aproximar para ajudar Lida a mover uma cômoda. 

   — Ele sempre fez isso. - Izuku murmurou, aninhando seu rosto cansado no calor de seus joelhos.

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Os instintos de ômega do Izuku logo assumiram o controle, e Midnight teve que empurrar todos para fora da sala enquanto ele arrumava seu ninho do jeito que queria. Todos estavam proibidos de entrar quando ele estivesse concluído, pois era o local seguro dos ômegas. Além disso, havia uma chance muito grande de Izuku atacar qualquer um que tocasse a merda de Katsuki. Izuku se aninhou em um suéter excessivamente grande, segurando a nota que seu companheiro havia deixado em suas palmas secas. O quarto cheirava como se os dois acabassem de se amar, e isso fez Izuku sentir como se Katsuki ainda estivesse na porta ao lado, lendo aqueles livros idiotas que ele dizia não possuir. 

O ômega finalmente sentiu uma sensação de paz, envolto em cobertores de algodão e respirando um leve aroma de caramelo. O hoje o ajudou a perceber que seus amigos se importavam, eles eram uma família agora e ele tinha que aceitar isso. Ele adormeceu pacificamente e, pela primeira vez, não esperava não acordar.

Na manhã seguinte, o sol atingiu seu pico através das rachaduras das cortinas e o ômega sentia que algo estranho. A sensação foi fraca, mas estava lá. O esverdeado agitou seus olhos verdes cansados ​​e os esfregou com cuidado. Ele olhou ao redor da sala, estava sozinho. 

Ele olhou para seu ninho recém-construído, tudo estava no lugar. Mas então, ele olhou para suas mãos.  Sua mão esquerda para ser mais exata. Em seu dedo mindinho havia algo estranho, algo que ele não conseguia entender. Estava enrolado com força, mas ele não sentia nada. 

— Um barbante vermelho...?

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N/T: Depois de muito planejar, venho informar a vocês que no final desse mês, será postado o primeiro capítulo do segundo livro de Our Pack.

E muito obrigada pelas visualizações e votos! E neles, nos votos, se no meu celular não tiver errado, já foram mais de 1k! De qualquer forma, obrigada a todos vocês!

Our Pack - Bakudeku [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora