Capítulo vinte e três - Discussões

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   — Temos um ômega nesta escola, não podemos arriscar! -  Todos gritaram, levantando-se com determinação para manter Izuku seguro. 

   — Este é um assunto que afeta a cidade inteira. Izuku Midoriya será protegido como o resto desta cidade ômega.

Naomasa Tsukauchi afirmou, dobrando seus documentos ordenadamente e os colocando na mesa do corpo docente da UA. 

   — Se você não percebeu, o resto das cidades ômegas estão quase extintas! - Aizawa estalou, uma aura terrível irradiando de seu corpo.

   — Temo que a UA tenha que se recusar a ajudar a capturar esse vilão. Isso não é apenas perigoso para um ômega, é para o resto de nossos alunos também. - Nezu decidiu, tomando seu chá com calma. 

   — Este vilão, 'Dragon', está escondido nos últimos meses. Ele apenas reapareceu nas ruas, portanto ele deve ter algum tipo de plano! - Naomasa se defendeu, sua postura não mostrando nenhuma fraqueza. 

   — Sinto muito, mas a única ajuda que podemos fornecer é espalhar a notícia para outros heróis profissionais. - Nezu explicou, e Naomasa Tsukauchi, um dos melhores detetives do ramo, ficou frustrado. Ele desistiu de seus apelos, agradecendo aos professores profissionalmente antes de sair correndo da sala dos professores.

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   — Eijiro, você tem que me ajudar. - Kaminari praticamente implorou enquanto agarrava os ombros de seu namorado.  — Ela vai me matar. - Kaminari implorou novamente, fingindo lágrimas e Kirishima apenas ergueu uma sobrancelha com uma expressão indiferente. 

   — Desculpe cara, eu vou ao seu funeral. - Kirishima o 'tranquilizou'.  Kaminari gemeu e antes que ele pudesse tentar pedir ajuda a alguém novamente, ele foi interrompido por um alto 'BANG'.

   — KAMINARI, É MELHOR, CHEGAR SUA BUNDA AQUI AGORA!

   — ME DESCULPE! NÃO, JIROU, POR FAVOR!

Jirou correu pela sala com uma frigideira segurada firmemente contra a palma da mão. Kaminari guinchou e se abaixou atrás do seu companheiro, apavorado.

   — Vou te dar um novo! - Kaminari tentou argumentar com a garota, mas ela não aceitou. 

Um fone de ouvido bateu na lateral de sua cabeça e ele enterrou o rosto mais fundo nas costas de Kirishima.

   — VOCÊ SABE QUANTO CUSTA ESSES TAMBORES? COMO VOCÊ PODE ACHAR QUE SÃO UMA BOA IDÉIA PARA SENTAR?

   — EU NÃO VI O TAMBORETE! NÃO ACHEI QUE CAIA O MEIO-

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   — Jirou, é melhor você limpar isso.

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   — Então, você está me dizendo que sua irmã afogou  um peixe dourado? - Uraraka perguntou, com a mão no queixo enquanto tentava ao máximo desvendar o que acabara de ouvir. 

   — Sim.

   — Como ela conseguiu isso?

   — Não é tão ruim quanto a vez em que meu irmão tentou colocar uma coleira no meu peixe para levá-lo para uma caminhada.

   — O QUE DIABOS ESTÁ ERRADO COM OS SEUS IRMÃOS?

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Foi uma manhã animada nos dormitórios da UA. Jirou estava levando o lixo para fora, Uraraka estava fazendo cálculos e nosso querido Todoroki estava tirando vantagem de suas chamas. 

   — É uma sensação engraçada.

   — Minas quase terminadas.

   — Posso colocar outra fatia aqui.

Momo espichou a cabeça no canto da cozinha, só para ver Todoroki sentado no chão, sem camisa e com tiras de bacon presas em seu braço.  Ashido trocou um olhar com Sero, antes de voltar a preparar o café da manhã para o menino. 

(N/T: Tadinho gente, de pró-herói  se tornou um fogão KKAJSOEHUDJDHSKSHKD)

   — O que você está fazendo? - Momo perguntou, correndo freneticamente para o lado de Todoroki.

   — Estamos testando peculiaridade dele? - Sero respondeu, saiu mais como uma pergunta, mas Ashido o apoiou de qualquer maneira. 

   — Sim! TREINAMENTO RÁPIDO!

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Ashido e Uraraka estavam sentados no sofá da sala comunal, discutindo sobre navios e mastigando lanches saborosos que haviam roubado da geladeira Kaminaris. 

   — Acho que Midoriya e Bakugo com certeza vão ficar juntos em breve. - Ashido disse, mastigando algumas batatas fritas e passando a sacola de volta para Uraraka.

   — Falando nisso, eu não os vi a manhã toda. - Uraraka respondeu e Ashido concordou com a cabeça. 

   — Vamos procurá-los?

   — Sim, eu quero fazer um álbum de fotos para eles de qualquer maneira.

   — O que?

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Ashido segurou o vidro contra a porta do quarto de Izuku, ouvindo intensamente qualquer barulho que ela pudesse ouvir, que atualmente era apenas silêncio. 

   — Devíamos ter trazido a Jirou. - Uraraka sussurrou, encostada na porta. 

De repente, Ashido deixou o vidro escorregar de suas mãos e sua boca abriu em puro choque. Uraraka rapidamente deslizou seus dedos contra o vidro, fazendo-o flutuar no ar.

   —  Meu deus, meu deus, meu deus, meu deus  - Ashido continuou repetindo. 

   — O quê? O que você ouviu?

   — Bakugo acabou de pedir para marcá-lo!

   — De jeito nenhum!

As meninas gritaram e Uraraka então deixou o copo cair em suas mãos. Ela o segurou contra a porta, curiosamente.  Eles ouviram a conversa, que era extremamente privada e que NÃO deveria ser ouvida. 

   — O-o que? 

   — Não pergunte como se você não tivesse me ouvido, porra.

   — E-espere um minuto!

   — Você pode simplesmente dizer não, seu idiota de merda.

   — Kacchan, olhe para mim.

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   — URARAKA, SUA IDIOTA ABSOLUTA!

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