Obcecado

Predador

8.0 - SEM SAÍDA

Meus olhos encaravam os dele. Aquela imensidão azul que não parava de me fitar nem por um segundo. Os olhos dele sorriam calorosamente. As sobrancelhas se arqueavam de leve, me provocando. Ele me tinha nas mãos. Tecnicamente, ele me tinha na boca. E era delicioso, como jamais fora. Nem com Beck ou com nenhuma outra. Nossa conexão era incrível. Eu estava ansioso por mais e ele podia notar. Eu tinha medo do que estava por vir, mas James me deixava confortável e leve, eu sentia segurança e sabia que podia confiar nele. Enfim, explodi na boca dele. Todo aquele desejo e anseio o desceram goela abaixo, sem a mínima hesitação, nenhuma gota fora desperdiçada. Eu imediatamente levei as mãos ao rosto, sorrindo demasiado, sem coragem de olhar para o loiro.

Ele me deu alguns beijos no abdômen até chegar ao pescoço. - Gostou? - Sussurrou em meu ouvido. - Muito. - Respondi, com certa timidez. James tirou minhas mãos do meu rosto e nos olhamos nos olhos por algum tempo, em silêncio. Podíamos ficar ali por horas, não era desconfortável, nem embaraçoso. Era uma troca. Parecia que nos conhecíamos há décadas e podíamos nos ver através dos olhos um do outro. E eu não ia perder isso. Nem fodendo eu iria. Eu iria lutar por ele, fazer o que fosse preciso para ter aquele homem. Ninguém mais poderia tirá-lo de mim. Era nítido que éramos feitos um para o outro. Nenhum outro homem poderia cuidar dele como eu. Entendê-lo e apoiá-lo como eu. Ninguém mais poderia olhar para ele nem ele para mim dessa forma. Não existia outra saída a não ser que ele fosse meu. E eu dele. 

Entrelacei de leve minha mão no pescoço de James e fui me aproximando devagar. Ele não desviou, nem reclamou, o que foi suficiente para eu lentamente apertar sua garganta com mais força. Ficamos face a face, nossas testas encostadas. - Você é meu, James. - Apertei seu pescoço com um pouco mais de vontade, ouvindo-o suspirar. - Nem que seja só por essa noite, você é meu. - Conseguia ver sua pele branca ir mudando de cor e seu rosto ficando avermelhado. - Entendido? - Ele concordou, assentindo com a cabeça. - Bom. Muito bom. - Soltei a mão de seu pescoço e pude notar que ele puxava o ar pelas narinas com um pouco mais de força. Ele mordeu o lábio inferior, seu semblante era animado como o de quem estava planejando aprontar. - Quero te dar prazer. - Passei a mão direita em seus cabelos loiros, outrora perfeitos e agora um pouco desgrenhados, devido a alguns puxões meus. - Quero que você se sinta como eu me sinto agora.