Capítulo 8

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Tive a ousadia de mexer na gaveta dela para pegar uma calcinha para mim. Nossa! Que constrangedor falar isso. Pelo menos eu estava constrangida naquele momento. Procurei o outro banheiro para na atrasa-la. Tomei um banho quente para acalmar meu corpo e meu coração.

Vesti a roupa do dia anterior e quando cheguei no quarto ela já estava vestida.

Sarah: Desculpa ter mexido na sua gaveta ter pego uma peça íntima... er... eu quis adiantar o banho... - disse envergonhada.

Juliette: Fica tranquila...

Ela me olhou e deu um sorriso. Nossa, eu me derretia apenas com aquele sorriso. Ela tinha o sorriso mais perfeito do mundo.

Sentando na cama para colocar a sandália, ela ficou em silêncio. Eu também.

Eu queria falar algo realmente útil... mas não conseguia pensar em nada... Ou simplesmente falar, já ajudaria.

Pra falar a verdade, eu estava com tanto medo...

Sentei ao seu lado e fiquei a olhando colocar a sandália. Assim, como uma boba mesmo... Ao terminar ela olhou pra mim, segurou meu rosto e me deu um beijo demorado... NO ROSTO.

Juliette: meu anjinho...

Sarah: Ju...

Juliette: Diga!

Sarah: Er... sei lá... eu não sei o que dizer na verdade! Eu só estou sentindo... Sei lá, estou tão estranha com tudo isso... Eu nem sei o que estou sentindo afinal...

Juliette: Eu também não sei! - ela refletiu um pouco antes de soltar um suspiro.

Sem me olhar ela se levantou e arrumou a bolsa dela.

Juliette: Vamos?

Sarah: Vamos... - eu disse desanimada.

O clima ficou super estranho entre a gente. Eu tinha certeza que ela não sentia raiva de mim... mas...será que ela estava apaixonada por mim? Assim, apaixonada mesmo...? Porque fazer aquilo que ela fez comigo na cama e depois pela declaração dela... são coisas de pessoa apaixonada não é?

Sim, eu amava.... Amava muito estar com ela daquele jeito fazendo tudo aquilo. Mas de fato, tudo me assustava.

Sabe em o que eu sempre sonhei? Ser amiga dela! Que ela fosse carinhosa comigo mas como amiga! Nunca imaginei ser sua namorada... nunca!

Tudo isso passava na minha cabeça enquanto estávamos no silêncio do carro. Com certeza, muitas coisas passavam na cabeça dela.

Ela parou o carro e me deu um sorriso.

Juliette: Entregue! - como ela conseguia ser tão linda?

Sarah: Obrigada Ju... O convite pra dormir na sua casa hoje ainda está de pé?

Juliette: Está, claro... - disse.

Sarah: Certo! - sorri.

Eu ia sair do carro. Mas recuei. Juro que não aguentei, juro memso! Foi inevitável! peguei o rosto dela e dei um selinho. Ela segurou meu rosto também para que o selinho não acabasse tão rapido.

Sarah: Eu te amo! - soltei... eu não consigo me segurar, que droga!

Ela sorriu... apenas sorriu... Ela não soltou um "eu também te amo" ou simplesmente um "eu também", nem ao menos um "obrigada por me amar", NADA! Não sei o que ela pensa sobre o silêncio... mas o silêncio machuca e naquela hora me machucou muito!

Ainda esperei uma resposta...em vão! Porque ela não disse absolutamente nada!

Saí do carro arrasada.

Sempre serei sua fã - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora