Sem falar com ninguém, fui para o meu quarto, me encolhi na cama e ali eu chorei muito. Chorei, chorei, chorei e chorei.Tudo que era meu tinha o cheiro dela e a saudade só apertava. Parecia que eu estava um ano sem vê-la. Doía tanto!
Devo ter ficado meia hora chorando, quando minha mãe apareceu no quarto. Ela sentou na minha cama e acariciou meus cabelos.
Fátima: Quer algum calmante, filha?
Juliette: Obrigada mãe, mas não precisa. Eu guardei as lágrimas por muito tempo e eu só quero solta-las. Depois que eu conseguir desabafar, eu vou me sentir mais tranquila!
Fátima: A Roberta queria vir para o seu quarto logo que você veio, mas eu pedi para que ela esperasse um pouco. Você precisava ficar um pouco sozinha!
Juliette: Precisava mesmo, obrigada mãe! Pode pedir para ela entrar, se quiser!
Fátima: Ela quer sim, eu vou chama-la! Vou buscar uma água para você!
Juliette: Obrigada mãe!
Minha mãe saiu e Roberta trouxe uma garrafa de água, colocando um pouco no copo para mim.
Roberta: Está melhor, Ju?
Juliette: Um pouco, mas ainda sinto pesado aqui dentro - massageei o coração.
Ela me entregou o copo, eu agradeci e comecei a tomar.
Roberta: Imagino como você se sente... Sabe... - ela sorriu nos lábios mas seus olhos encheram de lágrimas novamente - A Sah é uma pessoa muito especial pra mim! Desde o primeiro dia que eu a vi, já me tornei amiga dela! Não sei explicar, eu senti uma forte amizade por ela! Antes de vir para o México eu sentia um pouco de receio sem saber como seriam as coisas... se as pessoas seriam legais... e eu fiquei feliz em encontra-la em meu caminho!
Juliette: Ela realmente é um anjinho. No meu caso eu senti amor, mas foi igualzinho! Eu me apaixonei assim que a vi... Eu só...- voltei a chorar - não queria que ela sofresse tanto! Fisicamente, psicologicamente... ela está tão machucada e a culpa é minha!
Roberta:Não diga isso! - sentou ao meu lado e me abraçou - Não fala essas coisas, você não teve culpa de nada!
Juliette: Tive, Berta! A mãe dela tinha toda razão, mas eu não podia admitir na frente dela. Na verdade, a Maria foi muito mais radical em me culpabilizar, pois ela achava que eu me aproveitava da Sah por causa do corpo dela, apenas para sexo... E isso eu nunca pensei! Nunca mesmo! Se eu tinha vontade de ir para cama com ela, era porque eu sempre me senti atraída, e não era só fisicamente.
Roberta: Sei perfeitamente!
Juliette: Agora, quanto ao fato do Koko eu me sinto culpada! Luiz havia me avisado que eu tinha que tomar cuidado e eu não ouvi! Ele me falava que eu deveria me afastar da Sarah por um tempo porque o Koko poderia fazer algo com ela. Mas eu eu não ouvi!- chorei mais - Deveria ter colocado segurança, deveria acompanha-la...mas eu não fiz nada! Nada!
Roberta: Você tem o coração puro, Juliette, nada disso passaria na sua cabeça! - ela acariciava meu cabelo - Eu também não pensaria, muito menos a Sah! O Luiz é mais velho, tem mais experiência de vida assim como nossas mães, seria natural que uma pessoa mais vivida pensasse isso!
Juliette: Roberta! Eu deveria imaginar!Deveria cair na realidade!
Roberta: Mas você não é mãe! Quando a mulher é mãe, sua percepção maternal fica muito mais aguçada. Luiz protege você como protege a filha dele! Sua mãe me protege como protege você e seus irmãos! É dessa experiência que eu digo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sempre serei sua fã - Sariette
FanfictionNarrada por Sarah, essa fic conta a história de uma fã que sempre sonhou em conhecer seu ídolo, Juliette Freire. Mas o que ela não esperava é que poderia se tornar bem mais que simplesmente fã. (Ah, essa é bem diferente da outra fic "uma fã mais que...