Capítulo 7: Aurora

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Chego em casa às 2:00 da madrugada e assim que entro na garagem, acabo batendo o carro do meu irmão.

- Ai, droga.

Decido então mandá-lo para o conserto amanhã, vou até a cozinha tomar um copo de leite para ver se consigo dormir e após isso subo as escadas o mais silêncioso possível.
Entro no meu quarto, tiro os sapatos  e visto meu pijama novamente, pego meu celular que está com pouca carga e vejo que há uma mensagem do meu pai.

Oi boa noite filha, como vão as coisas por aí? Quando puder me ligue.

Amanhã ligo para ele. Conecto o celular ao carregador e me cubro, depois de alguns minutos acabo adormecendo.
Mais tarde quando acordo, levanto,
escovo os dentes e desço para tomar café, mas me lembro que fiquei de ligar para o meu pai. Disco o
número mais dá na caixa postal, decido deixar um recado.

Enquanto desço as escadas, começo a me lembrar da noite passada, a Bia bêbada, o menino que me ajudou, qual era mesmo o nome dele? George?

Chego a cozinha e a governanta da casa está lá.

- Bom dia senhorita Aurora.

- Bom dia Carmen.

- Deseja algo?

- Não obrigada, onde está minha mãe?
- pergunto.

- Saiu cedo senhorita - responde ela.

- Bom, Carmen por favor, sirva o meu café lá fora - digo saindo da cozinha.

- Como quiser.

Vou para fora e sento-me ao ar livre, procuro em volta o meu cachorro já chamando por ele.

- Bobby, vem cá garoto! - assovio e nada.

- Sua mãe o mandou prendê-lo Aurora - diz Luiz o jardineiro.

- Mas por quê? pergunto.

- No dizer da sua mãe, era porque ele estava fazendo uma festa aqui no jardim - responde ele rindo.

Aff, minha mãe e suas frescuras.

- Aqui está o seu café senhorita Aurora - Carmen aparece.

- Luiz, a senhora Júlia pediu para que trate do jardim da frente - diz Carmen apontando para os fundos.

Os dois saem e eu fico alí tomando o meu café da manhã sem pressa alguma, quando Carmen retorna.

- A senhorita têm visita - diz ela.

- Quem é? - pergunto curiosa, porque não costumo receber visitas assim tão cedo.

- Sou euuu, seu melhor amigo - responde um garoto.

Só podia ser o Mizael com seu jeito
alegre e brincalhão.

- Bom diaaa! - eu praticamente grito - quer me acompanhar nesse café?

- Não porque vamos sair.

- Como? Pra onde?

- Ah sei lá, qualquer lugar, pensando bem à biblioteca - diz ele.

- Ok, vamos!

Quando vamos para a garagem,
mostro a ele o que fiz no carro de Henry.

- Olha isso, Mizael - digo com uma cara de culpa.

A LUA QUE ME FEZ BRILHAR Onde histórias criam vida. Descubra agora