Capítulo 11
Sentado naquela árvore, no meio dos terrenos da Toca, Rony Weasley percebia a besteira que tinha feito ao ter um ataque de ciúmes, daqueles que de tão inexplicáveis soam ridículos. Agora o sol já despertava no horizonte e o ruivo não tinha pregado o olho. "Só Hermione pra me fazer não dormir", pensou. Passou as mãos pelo rosto e resolveu que não resolveria nada ficar sentado ali. Pensou em procurar a morena e pedir desculpas, mas ela também não tinha dito coisas boas: " Não sei como pensei que você estivesse mesmo mudado!", era o que ela dissera. Começou a vagar de volta pra casa e encontrou tão silenciosa quanto quando a deixara na noite anterior. Resolveu dormir um pouco, tinha treinamento de auror dentro de algumas horas.
***
Hermione estava em seu quarto, chorando em sua cama e desejando não ter recebido aquela carta. Seria mais fácil ficar com Rony se não fosse pela carta idiota. Mas não se arrependia de ir para Hogwarts. "Tenho que terminar os estudos", pensou, " é o que eu sempre quis", então, resoluta, levantou-se da cama e escreveu uma carta a Gina pedindo para se encontrarem no beco diagonal. Ao fazer a carta, porém, percebeu que não tinha coruja para enviá-la e precisava conjurar um patrono. Fazer isso naquele momento seria difícil, pois toda vez que pensava em algo feliz lembrava de Rony e lágrimas começavam a rolar por seu rosto. Finalmente conseguiu conjurar um patrono e mandá-lo a Gina. Pouco depois, Errol, a coruja da família surgiu na porta da morena e, após garantir que aquela não tinha sido a última entrega da coruja, abriu a carta e leu que Gina encontraria com ela no beco diagonal em cerca de meia hora. Após colocar uma roupa apresentável e domar os cabelos, avisou a mãe que sairia e aparatou no caldeirão furado. Se surpreendeu com o movimento de lá, tão diferente de poucos meses antes, quando entrou lá com a aparência de Belatriz Lestrange, Estremeceu ao lembrar daquela mulher asquerosa e, fazendo de tudo para esquecer daquele tenebroso dia na mansão Malfoy, se dirigiu ao bar e pediu uma cerveja amanteigada a fim de esperar Gina. Não esperou muito e viu a amiga surgir na lareira do bar, nem um pouco afetada pela fuligem que solterrava suas roupas. Esfregou as cinzas e se dirigiu para a amiga:
-Me conte tudo!
-Como já sabe o que aconteceu? - surpreendeu-se a morena
-Foi só olhar pra cara destruída do meu irmão pra saber que aconteceu alguma coisa! Além disso, também recebi minha carta de hogwarts e imaginei que pudesse ter algo a ver com isso. Agora, é você que deveria estar falando, não eu.
-Bom, o seu irmão não deveria estar com uma cara péssima, ele que quis terminar?
-Quê?! Meu irmão terminou com você?!
-Primeiro ele achou que eu ia terminar, disse que eu não deveria ir e que não ia dar certo, mesmo eu dizendo que poderíamos tentar; depois ele surtou e disse que todos dariam em cima de mim e, segundo ele, eu vou trocá-lo pelo primeiro que vier me cantar.
-Meu irmão é um imbecil mesmo, eu sempre soube. Não acredito que terminaram por isso.
-Nem eu – suspirou Hermione – O problema dele é que ele ainda é muito inseguro consigo mesmo. Só não entendo por que ele acha isso. Por mais que ele seja um verdadeiro idiota as vezes, ele ainda é um cara maravilhoso.
-Hermione, era pra você estar xingando ele até não conhecer mais xingamentos! - Gina parecia indignada – No se lugar eu já teria gritado pro mundo que meu irmão é o maior idiota da face da Terra! Tom, traz algo mais forte pra essa garota! – Vociferou, virando-se para o bar
-Gina! Ainda estar de manhã!
-Não importa, Mione, você precisa xingar o imbecil do Rony pra perceber que ele que perdeu, e tenho certeza de que você não vai fazer isso sóbria!
-Tudo bem.
Depois de um gole de um drink forte, muitos xingamentos acometidos a Rony e muitas lágrimas, as duas amigas seguiram para o beco diagonal e decidiram comprar o material da escola. Pararam em Madame Malkin (Ah meu Merlim! A menina do trio de ouro na minha loja!), foram na Floreios e borrões e por fim, passaram na loja de animais, onde cada uma comprou uma coruja (a de Hermione tinha olhos e pintas cor de fogo, as quais Gina fingiu não ver).
-Mione, eu acho que o que você precisa é de roupas novas – falou a ruiva – Tem alguma loja de trouxas aberta?
-Tem – disse a outra – vamos sair pelo caldeirão furado e poderemos sair na avenida e pegar um ônibus pro shopping.
-Pegar o que pra onde?
-Tipo um noitibûs pra chegar ao "beco diagonal dos trouxas".
-Vocês tem um desses?
-Temos alguns desses – riu Hermione.
Ainda maravilhada com os meios de transporte trouxas, Gina obrigou a amiga a fazer praticamente um enxoval novo e ir no salão. No fim do dia, Hermione parecia um pouco melhor (menos acabada) e satisfeita com o novo corte de cabelo (menor que a altura dos ombros).
Rony por outro lado, notou Gina, estava muito pior que Hermione. O irmão encontrava-se com olheiras e lembrava Lupin na época da lua cheia: cansado e desgrenhado. Após jantar e lançar um olhar feio ao irmão, sinalizando que já sabia de tudo e estava do lado da amiga, subiu e esperou Harry.
-Meu irmão já percebeu a asneira que fez ou vou ter que descer lá e contar pra ele? - Perguntou com desprezo ao ver Harry surgir na porta.
-Ele percebeu até demais. Mal quis descer pra comer. Pensei que ele estivesse seriamente doente mas fiz me contar o que aconteceu.
-Que bom. Hermione estava destruída, tive que dar um banho de loja nela.
-Como se isso fosse um sacrifício pra você – Ironizou ele.
-Não sei do que está falando – disse ela.
-Então... você também vai voltar pra hogwarts? - perguntou ele hesitante.
-Vou. Mas você não quer terminar, não é? – Acrescentou, sorrindo para disfarçar o fio de preocupação em sua voz.
-É claro que não! - Disse ele rapidamente – Só não sei como vou aguentar tanta saudade outra vez.
-Ah, amor, eu também sentirei sua falta – disse ela, se aproximando e envolvendo o namorado pelo pescoço – Mas podemos nos ver no fim de semana em Hogsmeade e nos feriados.
-É, acho que sim.
-Bom, mudando de assunto – começou a garota, desviando do namorado e sentando na cama – Temos que juntar os dois de volta. Você acha que eles tem jeito?
-Você sabe que eles sempre se perdoam. Vão acabar juntos de novo.
-Eu sei. Vamos dar uma semana pra eles e aí nos metemos.
-Ok, agora chega de falar do Rony. Quero aproveitar que seus outros irmão não estão e Rony está muito ocupado se xingando pra sentir nossa falta – disse o moreno, já sorrindo maliciosamente enquanto lançava um coloportos e um abaffiato.
***
NOTA DA AUTORA
Prometo não deixá-los depressivo por muito tempo, kkkkk. Fiquem com um momento Hinny em compensação.
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Depois da batalha
FanfictionApós a difícil batalha que ocorreu em hogwarts, o relacionamento de Rony e Hermione é testado, juntos ele vão ter que aprender a viver num mundo sem Voldemort; lidar com as perdas de pessoas queridas, brigas e novas aventuras.