Razão e Emoção [REESCREVENDO]

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In today's episode: about the past and the present

Domingo, 09 de setembro, 10:00 PM.

— Pai?

O homem desviou o olhar do álbum que folheava para o filho, que hesitante, o chamava timidamente.

— Vem, vamos conversar. — Fez sinal para que o menino entrasse, e foi o que ele fez. — Senta!

Jisung o obedeceu de bom grado, sentando-se ao lado do pai no chão, dobrando as pernas e trazendo os joelhos para próximos de seu rosto.

— Como foi no templo?

— Foi legal... Os sacerdotes são durões, mas eles só querem nos ajudar.

— Entendo. — Repuxou os lábios em um sorriso pequeno. — Quer conversar?

— Uhum.

— Então pode falar, daqui a pouco tem que dormir.

— Eu acho que nada que eu fizer será suficiente para ser perdoado, e agora que o Seungmin sumiu, eu percebo a falta que ele faz — desabafou, enquanto sentia um nó formando-se em sua garganta, mas foi forte em reprimir o choro. Não era o momento. — É tarde demais pra mim?

— Jisung, nunca é tarde demais para um coração arrependido.

— Me desculpa por nunca ter apoiado a sua banda e por ser uma bagunça, eu usei a morte da mamãe pra me tornar essa pessoa horrível, achando que nunca seria punido e que sempre teria qualquer coisa que eu desejasse — continuou, sem coragem de olhar pro pai. — Eu não vou prometer ser uma pessoa melhor, porque eu sei que as pessoas erram o tempo todo, mas eu vou trabalhar pra ser alguém digno de ter o seu amor.

— Jisung...

— Eu espero que o senhor volte a me olhar com bons olhos, o senhor e o Jisang, eu desperdicei muito tempo o provocando e dizendo coisas cruéis. Eu realmente agi como o pior dos perdedores. — As mãos inquietas denunciavam sua culpa e nervosismo, mesmo assim não achava ser o suficiente. — A mamãe deve chorar do céu todos os dias por eu ser assim.

— Jisung, presta atenção. — O pai virou-o para si. — Você tá indo bem, muito bem. É muito difícil admitirmos nossos erros, muito mesmo, faz parte da nossa natureza varrer tudo pra debaixo do tapete e fingir que nada aconteceu. Eu sempre te olharei com bons olhos, e sempre estarei aqui para te corrigir caso volte a errar, e quando precisar de colo, eu também estarei aqui pra te acolher em meus braços. Você e seus irmãos foram os melhores presentes que Hana me deixaram nessa terra.

Jisung não conseguiu mais segurar as lágrimas, pois ter o amor de seu pai depois de tudo era o maior presente que poderia ter, a melhor recompensa de todas!

O alfa sentiu que aquele era o momento de oferecer colo ao seu filhote, e foi isso que fez, o abraçou com toda a força do mundo, como se segurasse uma das coisas mais preciosas já existentes. E seus filhos realmente eram assim aos seus olhos.

— Muita gente erra achando que tá acertando, mas tendo só o ponto de vista delas, nunca vão mesmo enxergar o próprio erro, entende? — O filho apenas concordou com a cabeça, ainda soluçando. — Como saberíamos que acertamos se não errássemos? É impossível estar certo o tempo todo, saiba que você não é a pior pessoa do mundo, pelo contrário, você é bom, só precisava despertar esse lado.

Jisung foi acalmando-se aos pouquinhos, mas não dava sinais de querer sair do colo de seu pai, nunca reparou o quanto o mais velho tinha um abraço tão bom, pois sempre rejeitou quando se achava grandinho demais para ser abraçado.