Capítulo 33 Precisamos de um duende

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Oi

O frio daquele dia não podia competir com o calor que se instalava no coração de Hermione ao ver a toalha estendida sobre o chão com uma cesta fechada. Seu olhar buscou o de Harry, que ansioso manteve as mãos nos bolsos, aguardando qualquer sinal no rosto indecifrável da grifinoria.

— Você preparou?– Hermione pergunta com humor nos olhos.– quer dizer que temos alguém romântico aqui.

Harry bufou, rindo em seguida, e levou uma das mãos para afagar o rosto delicado de Hermione.

— Algo assim, embora minha intenção fosse algo mais grandioso, digno de Hermione Granger.

Hermione entrelaçou os braços ao redor do pescoço de Harry, inclinando a  cabeça em direção ao ouvido dele.

— Bem, para mim isso é grandioso o suficiente, na verdade, eu adorei. – o ar quente de seus lábios bateu contra o pescoço exposto de Harry, antes de deslizar os labios quentes suavemente em seu ponto de pulso.

A respiração de Harry ficou pesada ao sentir seus pelos se eriçarem. Ele riu antes de deslizar as mãos pela extensão dos braços da namorada, até chegar em sua cintura.

— Eu fiquei nervoso de que não gostasse– comenta contra os lábios de Hermione.

Com uma risada alegre ela se afastou, pegando a mão de Harry e entrelaçando seus dedos, o levando para o pequeno piquenique que ele havia preparado.

— Eu amo comida,Potter...e também amo você. Para mim, está perfeito.– Hermione brinca,  beijando os lábios do  garoto, que suspirou aliviado.

***

— Alguém poderia me dizer o porquê precisam de mim aqui? – Loki pergunta, gesticulando para as figuras reunidas naquela sala.

A mulher de longos cabelos dourados como fios de ouro, se ergueu, seus olhos dourados como ouro líquido, fixaram no homem com o tapa-olho, sentado com os ombros tensos.

— Talvez Odin possa explicar o porquê estamos aqui.– disse a magnífica deusa de beleza estonteante, claramente descontente.

— Irmã, não é hora para isso.

Loki que pegou o vislumbre de raiva e indignação no olhar de Freya, a deusa do amor, olhou para seu irmão gêmeo, Freyr,  que tocava o ombro da irmã, como se quisesse acalmá-la. A perspicácia de Loki o fez notar cada detalhe daquela pequena informação corporal, seus olhos astutos e instintos o fizeram esperar qual encrenca os poderosos seres imortais estavam enfrentando agora.

— Não me diga que não é hora pra isso Freyr. Ela não deveria estar aqui!– Freya estava chateada, e Loki só a viu assim há alguns milhares de anos atrás quando ele havia feito uma travessura roubando seu colar e escondendo na fortaleza dos gigantes.

Mas aquela raiva não era direcionada a ele, até porque  ele não lembrava de ter feito algo recentemente.

— Bem, estou um pouco desatualizado das informações, poderiam explicar porque Freya parece tão histérica, prestes a voar no pescoço do meu velho pai?– Loki pergunta animado.

— Freya tem uma filha mortal.– Freyr revela, para surpresa de Loki. Seus olhos piscam. O único indício de surpresa.

— Até com os mortais andou se misturando, querida? Me contem mais, por favor.– pede com um sorriso de gato.

— Não seja fofoqueiro.– bufou Thor. Loki o encarou com descaso.

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