Voltando no tempo

Capitulo 37 Por que Necromancia?

Harry não sabia onde estava a princípio, mas a as vozes discutindo soavam como a de Minerva e Dumbledore.

- Eles estão se arriscando demais, Alvo.- a preocupação misturada com repreensão veio de Minerva.

- Entendo que você esteja hesitante quanto às atividades deles, mas temos que confiar neles.

- Por Merlin, eles são crianças que estão arriscando suas vidas! Você não vê como isso é complicado?

Harry tenta se mover sem chamar atenção, mas sua mão latejando o faz soltar um pequeno gemido. As vozes cessam, e, já que não pode fingir que está dormindo, ele abre os olhos, se dando conta de que estava na enfermaria sozinho. Onde estavam seus amigos? Haviam várias perguntas se resposta, e a última coisa que se lembrava era de estar com eles numa cela escura e em seguida acordar naquela cama de enfermaria.

- Senhor Potter, que bom que acordou.- Minerva fala, deixando um sorriso lentamente enfeitar seus lábios, com alívio sincero.

—Onde está Hermione?

O mago de óculos de meia lua contém um sorriso afetuoso.

—A senhorita Granger está esperando lá fora. Antes, temos que conversar.

Ele não fazia ideia sobre o que o diretor quetia falar, apenas queria sair rápido dali e se certificar de que os amigos estavam bem. Não pode deixar de notar também um gosto horrível na boca. Poção. Ele deve ter tomado alguma enquanto estava inconsciente.

—Sobre o que quer conversar?- pergunta, se sentando na cama.

—Você lembra do que aconteceu?

Como ele podia não saber, se já havia falado com os amigos? Já que nenhum estava ali, além dele, supôs que estavam bem.
—Nada.

O velho mago acena compreensivamente, se despedindo dele e sendo seguido pela professora, que olhava com genuína preocupação para o moreno.

Ele suspirou, saindo daquela cama, sentindo seu mente ainda um pouco nublada, mas nada alarmante. Ao sair da enfermaria, se depara com Hermione, que o abraça assim que o vê.

—Ei, como está sua mão?- a preocupação e o tom terno em sua voz derrete o coração de Harry, como sempre faz.  Hermione iria beijá-lo, mas fica surpresa quando ele desvia.

— Sério, eu adoraria beijá-la, mas minha boca está com um gosto horrível depois de tomar aquela poção duvidosa. - uma careta surge em seu rosto ao sentir o gosto ruim em sua boca. A risada de Hermione soa adorável aos seus ouvidos. – vou escovar os dentes, aí resolvemos esse problema.

— Hermione! – a exclamação de Marlene chamou atenção de alguns dos alunos que caminhavam pelo corredor.

Hermione ergue a cabeça, vendo a amiga se esgueirar entre alunos, e chegar até eles.  Suas bochechas estavam coradas como se estivesse correndo uma maratona.

— Você nunca esteve tão feliz em me ver.– falou a morena arqueando a sobrancelha com humor.

Marlene fez um gesto displicente.

— Claro que sim, você é tipo, o raio de sol da minha vida.– brincou, seus olhos indo pela primeira vez para o garoto de olhos verdes, que a encarava sem entender nada.– Ah, desculpe Potter, mas você pode me emprestar sua namorada por um momento?

Harry suspirou, sabendo que não tinha como competir com a disposição da loira em roubar sua namorada para levá-la seja lá onde. A derrota em seu rosto fez o sorriso da loira se tornar compassivo.

— Você vai levá-la de qualquer maneira.– o tom dele era quase emburrado.

— Desculpe amigo, sem monopolização por aqui.