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Traumatizada pela morte de sua mãe, Ágatha Smith se torna uma assassina em série. Mas, não há tempo para o luto, pois precisa enfrentar o mundo pós-apocalíptico. Se...
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🟣P.O.V. Ágatha.
Cheguei no santuário o sol ainda não tinha sumido, agradeci mentalmente por isso. Fui direto avisar que eu havia chegado. Entrei na sala de reuniões e vi Dwight e meu pai conversando.
-Ops... esqueci de bater. - Eu disse parando de andar e com medo de levar uma bronca.
- Tudo bem,querida. Como foi o passeio? - Meu pai estava muito animado.
Que estranho
- Foi legal... Mas,qual o motivo desse sorriso? - Perguntei jogando minha mochila e minha espada em cima da mesa.
-Amanhã visitaremos nosso novos amigos. - quando ele disse isso eu arregalei os olhos involuntariamente.
- Não daríamos uma semana? - tentei disfarçar meu desespero.
- Mudei de idéia. - ele deu de ombros.
- Não pode fazer isso,você disse que daria uma semana. - Insisti.
- Eu posso tudo. E por que se importa tanto com isso? São só mais uma comunidade.
- Você não pode fazer isso, eles nem sequer tiveram tempo para procurar suprimentos. Não pode ser tão cuzão assim com eles. - digo me aproximando e parando em sua frente.
- Oque você pensa que está dizendo? - seu tom de voz divertido sumiu.
- A verdade! Você acha que tudo gira em torno desse seu rabo e, que todos devem te servir e te tratar como um deus.
- Ágatha! EU EXIGO RESPEITO!
Dwight já havia se retirado quando ele deu seu primeiro grito.
- Respeito... - murmuro indignada olhando para o chão depois cravando meus olhos nele novamente. - Você não quer que tenham respeito por você, quer que tenham medo.
- Tudo o que fiz foi por você...
-Não, não foi. Esmagar crânios? Torturar pessoas? - fiz uma pausa - O que você faz é pensando em você mesmo! Eu me tornei um monstro aos olhos de todos por sua culpa! - um nó se formou em minha garganta. Sentia doer a cada palavra que dizia.
Estávamos exaustos de tudo, eu tentava empurrar a culpa toda pra ele, mas eu sei que parte da culpa também é minha.
- Não coloque esse peso todo em cima de mim, Ágatha. Sabe que a culpa não é só minha. - era como se ele pudesse ler meus pensamentos.
- Deveria ter me deixado disparar aquela arma. - falei entr dentes. Sem remorso algum. Ele me encarou com indignação e tristeza.
Talvez pelo simples fato de você ter dito que preferiria estar morta ao ter que passar por isso.
- Pare de pensar só em si mesma, Ágatha. Não é só você que está sofrendo. - Ele se aproximou de mim me fazendo dar passos pra trás.
- Boa noite. - Eu disse por fim e peguei minhas coisas em cima da mesa e saí.
