𝑯𝒆𝒓𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒑𝒓𝒐𝒇𝒆𝒄𝒊𝒂

❶❷│𝕮𝖆𝖒𝖕𝖔𝖘 𝖉𝖊 𝕯𝖗𝖆𝖈𝖔

𝓝𝓪̃𝓸 𝓱𝓪́ 𝓬𝓸𝓲𝓼𝓪 𝓶𝓪𝓲𝓼 𝓻𝓮𝓯𝓻𝓮𝓼𝓬𝓪𝓷𝓽𝓮 𝓭𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓪𝓷𝓭𝓪𝓻 𝓪 𝓬𝓪𝓿𝓪𝓵𝓸 𝓮𝓶 𝓾𝓶 𝓬𝓪𝓶𝓹𝓸 𝓪𝓫𝓮𝓻𝓽𝓸.

Reiwa ouviu disso de uma companheira de escola nascida no ambiente rural, na sexta série. Na época, não discordou, pois nunca teve tal experiência, mas agora, desejaria visitar Olívia Bess e a questionar sobre seus gostos.

Em apenas duas horas após o entardecer do sol e a partida em direção a corte vizinha. Suas nádegas e coluna gritavam por socorro e um longo descanso dos lombos do equino que seguia apressadamente no movimento repetitivo.

Quando escutou que iriam a Verão, naturalmente considerou que "eles" iriam, não ela. Por nunca até agora ser incluída nesse tipo de tarefa. Todavia, ao escutar explicações da líder, compreendeu a complexibilidade do plano e a importância de sua presença.

Nesrin, sua verdadeira bisavó nesse mundo e terceira rainha de Alfheim, era uma nascente de Verão que casou-se com o príncipe eremita. Com seu falecido pai sendo um valente militar que lutou lado a lado do pai do príncipe durante a batalha contra os goblins. Ela recebeu em homenagem ao sacrifício de seu pai, a espada do rei, pois a de seu progenitor acabou perdida no campo de batalha, e essa espada acabou servindo de decoração para o túmulo de Lord Angrod.

— Eu ainda não acredito que vamos violar um túmulo… — resmungou fazendo uma careta pelo desconforto.

— Essa é nossa única opção quando metade dos ferreiros foram assassinados no golpe de estado e a outra metade se escondeu — explicou Genesis, acompanhando montada no cavalo ao lado. — Quando seus poderes despertarem precisará de uma espada feita de gadolínio se não quiser que quebre no meio da batalha.

— Não há outra forma de se conseguir isso? — questionou apoiando as costas no peito de Morpheus, que a levava em seu cavalo.

— O único que sabe a localização da mina é o ferreiro real e creio que ele não possa nos ajudar da outra vida — deu de ombros puxando as rédeas do animal ao chegar próximo a um lago.

A pausa para os cavalos beberem água foi o momento mais esperado para a mulher toda dolorida por não ter costume de ir a trajetos galopando. 03 e 05 — como assim ela deveria os chamar fora dos muros de Outono — deram maçãs a seus animais. A mulher conversou com seu mangalarga enquanto ele se refrescou e o homem acariciou seu frísio enquanto descansava.

Aproveitando que os dois estavam em seu próprio mundinho, Reiwa resolveu caminhar um pouco com intuito de parar o formigamento na perna, não indo muito longe, obviamente. Não é tão tola a esse ponto.

À medida que foram avançando pela floresta, a paisagem mudou de campos alaranjados com pássaros voando para caules parcialmente queimados e carcaças de animais espalhadas pelo território. Um milagre foi ter encontrado um pequeno lago para descanso que não estivesse envenenado, dando a entender que a razão do falecimento dos bichos foi outra.

Concentrada na quantidade de passos que dava para não ultrapassar meio metro de distância, contando-os na mente com o olhar nas poucas folhas restantes das árvores, ela se desequilibrou ao pisar na ossada de alguma criatura e antes que alcançasse o solo, duas mãos seguraram seus antebraços impedindo sua queda.