ELA | JOALINA

Capítulo Treze

A pergunta é:

VOCÊS ESTÃO PRONTAS, CRIANÇAS?

Não se esqueçam de comentar bastante! Comentem como se fosse a última fic a ser lida em suas vidas!!! Okojdiolok

Já vou avisando que esse capítulo tá fodástico!

Boa leitura! 🌚

Pov Sabina.

O que será que eu pensei?

Que a Joalin fucking Loukamaa me escolheria para alguma coisa na vida?

Beauchamp a levou no colo até a sala da Sylla, onde teríamos as duas primeiras aulas. Entrei na frente e me sentei no lugar de sempre, pendurando a mochila na cadeira. Tirei apenas um caderno, alguns lápis e tentei rabiscar alguma coisa.

A sala já estava completa e logo a professora chegou, botando ordem na baderna que o bando de idiotas sempre fazia. Do meu lugar, era possível ouvir a conversa dos populares, todos eles ainda cercavam sua abelha rainha como urubus. Eu juro que estava me sentindo tão mal que a qualquer momento meu café da manhã voltaria.

Desisti de tentar desenhar, não conseguia me concentrar e isso não era normal, pois geralmente é o desenho que me desliga do mundo.

Arranquei outra folha do meu caderno, a amassando com raiva, a sala já estava em silêncio e isso acabou chamando atenção alguns dos meus "colegas".

— Hidalgo, meu amor, NO STRESS. – Tyler aproveitou a deixa para me incomodar. Eu nem me atrevi olhar para aquele energúmeno, apenas bufei, já exausta das piadas idiotas dele comigo. – Hey, Mariazinha, não fica assim...

— O QUE VOCÊ QUER, HEIN? SEU CARALHO DE MOLEQUE! Me esquece, me deixa em paz! Que INFERNO! – a sala toda parou os afazeres para me encarar, todos assustados, é claro, ninguém esperava isso da nerd aqui. Principalmente a professora, por incrível que pareça não chamou minha atenção e nem falou nada pelos palavrões que falei.

Juntei meu material todo, guardei as coisas na mochila e saí da sala sem dar satisfação alguma para a senhorita Sylla. Nem eu sabia o que estava acontecendo comigo, sentia uma raiva tão grande, misturada com uma vontade de sair chutando tudo pela frente.

Ouvi a voz da professora lá longe, me chamando, mas continuei andando depressa pelos corredores. Dei a volta no pátio e joguei a mochila na grama, me sentando em seguida.

Abracei os joelhos, os puxando contra mim. Eu estava atrás do prédio da escola, o local estava completamente silencioso, era exatamente isso o que eu precisava. Ficar bem longe daquelas pessoas tóxicas.

Respirei fundo, deixando que toda a angústia e inquietação que sentia naquele momento, saíssem por meus olhos.

— Sabina! Ufa! – a professora chegou, apoiando uma das mãos na parede e a outra no peito, tentando se recompor. – Estou ficando velha...

Velha, até parece...

A senhorita Sylla era super nova, apesar de já lecionar. Devia estar na casa dos vinte e poucos. Ela era encantadora e sempre me respeitou, sempre me incentivava a seguir meus sonhos. Não é atoa que é minha professora preferida no colégio todo.

— Você podia fazer parte da equipe de atletismo, sabia?! – brincou, se sentando ao meu lado. Eu já tinha parado de chorar, até porque não queria fazê-lo em sua frente.

— De-desculpa professora. – falei de cabeça baixa.

— Hey, Bina. Tá tudo bem. – Bina? – Todos temos o direito de explodir de vez em quando e botar para fora o que nos fere. Não se desculpe, nem se envergonhe por isso.