Vinte e Dois

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Pov Sabina.

Quando me dei conta, já estava seguindo o caminho de casa. Heyoon mandou mensagem dizendo que iria com Lin para sua casa e pediu para que fosse lá junto com a Sina.

Buzinei na frente da casa da loira, que logo apareceu, toda saltitante. Nem parecia a mesma garotinha nerd do começo do ano. Sorri, a vendo jogar os cabelos ao vento, fingindo estar em uma passarela até abrir a porta do veículo e entrar.

— Amiga. Soube o que aconteceu, você está bem?

— Sim e não, estou nervosa. A Lin não pode passar tanto estresse assim, ela... – fui interrompida pelo toque de seu celular.

Enquanto Deinert falava ao telefone, acelerei até a casa da Jeong.

— Sabina, espera... – segurou meu braço quando estacionei. – Por que Joalin não pode passar estresse?

Entortei os lábios e seus olhos se arregalaram.

— Não me diga que está doente ou...

— Meninas! Entrem. – Yoon abriu a porta e novamente fomos interrompidas.

— Conversamos depois. – sussurrei. Sina abriu a boca para questionar, mas fiz sinal para entrarmos.

A Jo apareceu atrás da dona da casa e a puxei pela cintura.

— Desculpa sair daquele jeito, eu... fiquei nervosa. Desculpa...

— Tudo bem. Você está bem?

— Estou e você?

— Uhum...

— Estive pensando. E se armarmos de verdade para o fulano? E se a Lin for ao tal encontro? – Sina se pronunciou, se esparramando no sofá macio. – Já mencionei que amo esse sofá? – folgada.

— Eu não acho uma boa ideia. – respondi de prontidão.

— Nós poderíamos pedir ajuda aos meninos, assim não seria tão perigoso. – Yoon comentou.

— Eu posso fazer isso... – Jo respondeu me fitando.

— Não se esqueçam de que pode ser qualquer pessoa. – Sina alertou.

— Nós já sabemos que é da escola. Por que não vamos logo à polícia? O que acham?

— Pode ser, mas eu juro que adoraria olhar na cara do infeliz antes disso, Saby.

— Podemos fazer as duas coisas, Lin. Primeiro pedimos ajuda aos meninos e quando o pegarmos, chamamos a polícia e contamos tudo. – Heyoon olhou Sina esperando que a loira concordasse, mas antes de qualquer coisa, Sina me olhou.

— Falando em meninos, como foi com Alex?

— Não é ele, tenho certeza absoluta. Digo, não cheguei a olhar o celular, mas comentei que havíamos ido a polícia para ver sua reação e não pareceu nada suspeito. Sem falar que estava comigo quando o idiota agiu pela última vez hoje.

— Hum... verdade...– Sina definitivamente era a cabeça da investigação, porém ainda insistia em Alex. O que diabos Deinert vira no pobre?

Então ficou resolvido assim, mesmo que relutasse, a votação foi pelo sim. Iríamos reagir aos ataques e as meninas concordaram em uma armadilha.

Decidimos dar um tempo desse assunto, estava tudo cada vez mais sufocante. Digo, naquele momento tudo era sufocante para mim, afinal, minha namorada corria o risco de estar grávida e, embora fosse adorar ver um bebezinho meu com os olhinhos azuzinhos da mulher que amo, não era o momento. Não estávamos prontas e por dentro a ansiedade me remoía.

ELA | JOALINAOnde histórias criam vida. Descubra agora