Capítulo Dez

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Boa leitura! 🌚

Pov Sabina.

Fiquei pasma, lá, jogada as traças. Dois garotos tentaram algo comigo, mas é óbvio que sem sucesso. Primeiro porque eles não tinham o que eu gosto e segundo porque não eram a Joalin.

Loukamaa havia ido embora por volta das oito horas da noite, já nós, fomos umas dez horas, pois tínhamos aula no dia seguinte.

Nos despedimos do mais novo casal e saímos. Fiquei de levar a Yoon para casa já que a carona dela sumiu. Aquilo me chateou, mas fiz de tudo para não transparecer, não queria preocupar a Sina, porque eu sabia que, ela sim, se importava comigo. O trajeto até Miami demoraria uns bons 35 minutos e nos primeiros dez foi um silêncio total dentro do carro. Sina se esticou ligando o rádio, Heyoon aproveitou a deixa e embalou um assunto qualquer.

— Você nem viu meu presente né, Bina?

— Desculpe, mas ele foi arrancado de mim antes que eu pudesse. – elas riram– Eu ainda nem vi, mas sei que vou gostar. Porque o que vale é a intenção.

— Essa é minha filha. – comentou Sina.

— Que fofa.

— Besta é quem não sabe dar valor pra essa coisinha aqui. – senti a mão gelada da Sina apertar minha bochecha. Senti também uma leve indireta. Eu não queria tocar no assunto da Joalin, na verdade eu nem queria saber dela naquele exato momento.

— Viram que casal mais fofo, o Alex e a Sofya. Quem diria hein! – Yoon desconversou.

— Verdade. – Sina completou.

— Aliás, que bom que os convidaram, me diverti muito.

— Você convidou eles, Bina? – a loira perguntou.

— Sim, assim como vocês, Alex é meu amigo.

***

Deixei Sina primeiro porque era caminho, e depois a Yoon. Assim que a garota desceu, dei uma espiada na casa ao lado e vi o carro da Joalin na garagem.

Deduzi que pelo menos não tinha ido à outro lugar, ou se foi, voltou logo. Uma parte de mim, dizia que não deveria achar ruim o que ela fez, porque poderia ter acontecido algo em casa, ou sei lá. Já outra, me deixava chateada por ela não ter dito nada e me deixado ali, não que tivesse obrigação também, mas, poxa, tenho sentimentos.

Arranquei com o carro, cantando um pouco os pneus e fui pra casa, meu celular avisou que chegavam mensagens, mas era de número desconhecido, eu não estava com pressa para ler.

Estacionei na garagem de casa, peguei minhas coisas e entrei. As luzes estavam todas apagadas, mamãe já devia ter ido dormir. Sem fazer barulho, subi pro meu quarto já tirando a roupa, peguei uma toalha limpa e fui tomar um banho.

Voltei para o quarto e meu celular tocava, porém não deu tempo de atender. Vesti uma calça de moletom preta e uma camisa preta larga com uma fatia de pizza desenhada. Peguei o telefone para checar as mensagens e tentar descobrir quem era, mas não foi preciso, pois o mesmo tocou e de novo, número desconhecido.

— Saby... – não respondi de primeira. Fiquei só tentando imaginar o que ela queria comigo aquela hora da noite. – Saby, fala comigo...

— Oi. – respondi baixo.

— Sai aqui fora.

— O quê?!

— Estou aqui na frente. Preciso da sua ajuda. Vem? – sua voz estava baixa, doce feito mel. Nem parecia que tinha acabado com o rolê do meu aniversário. Fiquei em silêncio, novamente, pensando se descia ou não. – Você vem? – insistiu.

ELA | JOALINAOnde histórias criam vida. Descubra agora