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 I see forever in your eyes
I feel okay when I see you smile
Dandelions; Ruth B.

Embora quisesse muito, Adrien evitou acompanhá-la até sua casa ou qualquer coisa que a fizesse ficar em sua companhia — evitando, também, de mandar mensagens. Queria que ela o visse como um companheiro que compreendia que ela precisava daquele espaço e como alguém que estava gostando dela.

Na sexta, o tratamento dela foi frio e distante, mas ela não o chamou de arrogante nenhuma vez e conseguiu ser gentil o tempo todo. No sábado foi igual, tirando o fato de que ela, agora, o olhava nos olhos algumas vezes.

Claro que os dias para ambos passou extremamente devagar, aparentemente se estendendo um pouco mais para Adrien, que jurou que cada minuto durava dois.

Marinette tentou clarear tudo em sua mente. Estava absurdamente difícil, pois ela não tinha base alguma ao que comparar tudo aquilo, pois tudo era novo. De todas as perguntas, ela só tinha uma certeza: ela gostava de beijar Adrien Agreste.

Era domingo. No próximo dia, ela iria dar a resposta definitiva para Adrien, da qual ela ainda não tinha ideias de qual seria. Havia pedido quatro dias para ele, mas, agora, parecia pouco. Sabia que aquele dia, em especial, era o qual ela mais iria refletir sobre, já que não tinha sua companhia.

— Marinette? — sua mãe a chamou, na cozinha. Ela parou o que estava fazendo em seu quarto e desceu, mostrando estar atenta. — Por que não convida seu amigo para jantar aqui hoje?

— Porque ele está ocupado. — respondeu, prontamente, sabendo que aquela deveria ser, certamente, uma verdade.

Querida, precisamos chamar ele para jantar aqui! — disse, em chinês. Era um costume de Sabine mudar de idioma ao falar com a filha, que compreendia cada palavra.

Posso tentar marcar algum dia, mas não é certeza. — respondeu no mesmo idioma, ficando ao seu lado e prestando atenção no que a mulher cozinhava. — Por que quer tanto chamar ele para jantar aqui?

— Porque preciso agradecer a ele sobre sua tendinite naquele dia. — respondeu, erguendo os ombros, como de fosse óbvio. — Conheço a filha que tenho e acredito que você não o agradeceu.

A garota sentiu as bochechas esquentarem, lembrando do beijo que havia dado nele no dia em que dançaram aquela música animada. Se sua mãe soubesse que aquilo aconteceu entre eles, ela nunca a deixaria em paz.

— Manda mensagem para ele. — a mais velha pediu, pegando o celular da filha do bolso de sua calça e entregando para a mesma. — Agora. Eu quero falar para ele vir aqui.

— Mãe, ele tem coisas melhores para fazer. Ele deve estar, realmente, ocupado. — tentou explicar, dizendo para si mesma se controlar e não deixar as bochechas avermelharem. — Ele não tem muito tempo para essas coisas e...

— Está dizendo que ele não tem tempo para vir aqui? — perguntou, cruzando os braços. — E como a senhorita sabe?

— Porque... ele me contou. — mentiu, olhando para a mãe com convicção.

— Você é uma péssima mentirosa. — a mulher riu e tocou no nariz da mais nova. — Ele tinha me dito no último dia que veio aqui que os domingos são os dias mais tranquilos e quase sempre fica em casa sem fazer nada. Eu quero que você o convide, pare de tentar ser tão insistente. Vamos, mande a mensagem. Ou melhor! Ligue para ele.

— Mãe... — a mais nova suspirou, olhando para o celular por um segundo e negando com a cabeça.

— Vai logo, Marinette. Sou eu quem estou convidando ele. Ele vai ser a minha visita, eu só quero que você faça o favor de mandar o convite. — a Sra. Cheng disse, voltando sua atenção para a panela. Ficou claro que o assunto estava encerrado ali.

arrogance | adrinette Onde histórias criam vida. Descubra agora