Às vezes, eu gosto de imaginar como aquela Maria — a mini-poeta da escola, como minhas professoras me apelidaram — de 11 anos, iria se sentir lendo até aqui. E iria pensar que, quase oito anos depois, ela conseguiu uma conclusão.
De início e com a mente dessa Maria, eu gostaria que fosse uma obra enorme e com muitos capítulos, com um plot imenso e sem igual. Mas esse não era o desejo daquela Maria. Ela só queria um desfecho para a história — com um cenário rosa pastel em sua imaginação — que surgiu em uma tarde de setembro e ela sentiu que não era apta o suficiente de desenvolvê-la.
Ela era e foi. Nesse momento, não importa o fato de que levou toda a minha adolescência para que eu perdesse o medo de desenvolver e criar. A Maria de 11 anos conseguiu e eu, também consegui.
Há um certo poema aqui que eu desgosto permanentemente. Pensei em excluí-lo milhares de vezes ou reescrever. Talvez isso se deva ao fato de que foi escrito para alguém que me fez muito mal. Mas ainda assim, não fui capaz de apagá-lo. Pois quero reler depois de alguns anos. De qualquer maneira, não mudarei nada nessa história. Pois, mesmo que ela não esteja perfeita, ela é parte de quem eu fui um dia.
Para quem leu até aqui, comentou e votou, eu sou grata eternamente. Vocês conheceram um pedacinho de mim e eu estou extremamente feliz por ter compartilhado.
Com todo o amor do mundo,
Maria.
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Eu Sempre Quis Escrever Esse Livro
RomansaApós postar seus poemas e desabafos em um site retórico sobre literatura, Miranda Merlin - com a esperança de que estaria sozinha em seu perfil com zero seguidores -, acaba conhecendo alguém semelhante à ela - e ao mesmo tempo, diferente. Esse admir...