11 - Parte II

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Lorde - Supercut.

And in my head
The visions never stop
These ribbons wrap me up
But when I reach for you
There's just a supercut

In your car, the radio up
We keep trying to talk about us
I'm someone you maybe might love
I'll be your quiet afternoon crush
Be your violent overnight rush
Make you crazy over my touch

But it's just a supercut of us

– Você está bem? – Liana levantou a cabeça até a voz que vinha da porta de seu quarto e ali enxergou sua mãe sorrindo carinhosamente para a mesma.

  Ela não estava bem, estava aflita na verdade. Não tinha certeza de que Miranda realmente sabia sobre ela. Ao mesmo tempo, ela acreditava que era quase impossível que a garota não tenha se tocado.

– Sim, claro. – Ela devolveu o sorriso, que não atingiu seus olhos e sua mãe se aproximou beijando sua têmpora.

– Converse, Mel. – Amélia Noir continuou a observando, até que a mesma cedesse. – Não quero que afaste-se de nós mais uma vez.

– Eu não estou. – Liana respondeu soando com convicção dessa vez. – Apenas não tenho certeza de que quero falar sobre agora.

– Tudo bem. – Amélia beijou uma de suas mãos enquanto se levantava e antes de sair do quarto, voltou-se para a filha. – Nós perdemos o seu pai. Mas eu ainda estou aqui, não se esqueça. – E apertando mais uma vez a sua mão, retirou-se.

  Liana não se esqueceria de todo o apoio que a mãe poderia dá-la, mas não se sentia apta para conversar sobre isso. No momento, a garota apenas sentia a vontade de deitar-se e esperar até que criasse coragem para entregar a carta que havia feito, diretamente para Miranda.

– Certo, quer falar sobre? É, eu imaginei que não. – Mary adentrou no quarto e sentou-se na cadeira giratória, arrastando até ficar próxima de Liana. – Quer jogar algo?

– Mamãe mandou que você viesse até aqui? – Liana perguntou e sua voz saiu um pouco abafada, pois ela não havia levantado a cabeça do travesseiro para olhar para a irmã.

– Oh, sim. Ela sempre faz isso. – Mary respondeu e Liana ouviu um barulho de papéis, levantou-se para olhar.

– Você pode não mexer nisso? – Ela disse irritada e Mary balançou a cabeça negativamente.

– Você soou exatamente como Miranda agora. – Mary a olhou enquanto a irmã arregalava um poucos os olhos suspirando. – Eu sabia que tinha algo a ver com isso. Essa garota é a única pessoa que consegue te deixar vermelha igual uma maçã. – Ela continuou em um tom divertido e recebeu um olhar repreensivo da irmã. – Nem mesmo a sua secretária extremamente sensual não foi capaz, não é mesmo? – Mary concluiu com uma risada, observando a feição fechada de Liana, que não mudou por um minuto.

Eu Sempre Quis Escrever Esse LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora