Capítulo 10

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Meses Depois

Carla

Três meses já haviam se passado depois daquela noite na boate, e como eu já imaginava, para minha sorte Arthur não havia se lembrado de nada do que havia acontecido. Nesse três meses conhecemos lugares e países maravilhosos, temos passado no máximo uma semana em cada país, e dessa vez escolhemos a Índia. Além de viajarmos bastante, esse tempo que se passou foi o suficiente para eu ter certeza do que realmente sinto pelo Arthur. Vini continua insistindo para que eu tome uma atitude e aproveite o meu tempo com ele da forma que eu tanto desejo, mas o medo ainda me prende. Arthur se tornou a pessoa mais importante da minha vida, e tenho medo de machuca-lo, medo de saber que independente do que eu faça eu nunca vou poder ter um futuro com ele, não vou poder dar seu presente de natal e tão pouco vou estar aqui para lhe abraçar quando o ano novo chegar. A verdade é que o meu maior medo é saber que ele vai sofrer quando eu morrer, e de alguma forma me alivia ter a certeza de que quanto menos ele me amar, menor será a sua dor ao me perder. Desperto dos meus pensamentos ao ver o homem pelo qual estou completamente apaixonada parar em minha frente tentando chamar a minha atenção.

- CARLA? ALÔ? CARLA, VOCÊ ESTÁ AÍ?

-  O-Oi!

- Estava no mundo da lua, foi?

- Quase isso! 

Narradora

Diaz sorri olhando intensamente para Picoli, não demorando a ver o loiro retribuir ao seu sorriso.

- Mas...o que você queria me falar?

- Ah sim...você não vai acreditar! Acabei de descobrir que amanhã vai ter um casamento indiano aqui na rua do hotel, e vai ser aberto para quem quiser participar. Me disseram também que as mulheres daqui vão nos arrumar para o casamento e nos deixar no estilo da Índia. Isso não é maravilhoso? 

O jovem declara animado enquanto fazia gestos com as mãos, causando o riso da empresária.

- Ei, para de rir de mim! 

Arthur murmura tentando ficar sério enquanto segurava o riso.

- Tá bom, desculpa! Mas, iai, nós vamos?

- Claro que vamos! Você acha mesmo que eu vou deixar você perder a oportunidade de participar de um casamento indiano? Não mesmo! 

Ambos sorriem e por um momento o olhar de Arthur se perde na loira.

- O que foi?

- Nada, eu gosto do seu sorriso! 

 Carla sorri envergonhada e responde.

- Eu também gosto do seu! 

O casal continua perdido no olhar um do outro até serem interrompidos pela buzina de um carro, voltando a caminhar pelas ruas de Nova Deli logo em seguida. O resto do dia se passa em um piscar de olhos, e logo a noite chega. Arthur e Carla estavam cansados do dia que haviam dito, e após jantarem no restaurante do hotel a dupla se despede para irem dormir. A noite vai embora como num num estralar de dedos, e após acordar e tomar um banho Diaz caminha até o quarto de Arthur, não contendo um sorriso ao ver que o mesmo ainda dormia tranquilamente.

- ACORDA, ACORDA, ACORDA, ARTHURITO! 

Carla grita cantarolando e logo vê Picoli se revirar na cama, não demorando a direcionar seus olhos sonolentos até a mesma.

- Corre!

O loiro murmura, e prevendo o que aconteceria a jovem sai correndo pelo quarto enquanto Arthur fazia o mesmo indo atrás dela. Apesar de estarem apaixonados um pelo outro o tempo que passaram juntos acabou criando uma forte amizade entre eles, mas em todo o momento a paixão e o amor que sentiam continuava ardendo em seus corações. Ambos continuam correndo em círculos, mas em um movimento rápido Picoli agarra Carla pela cintura, a jogando na cama logo em seguida. Antes que a jovem pudesse falar algo Picoli inicia uma série de cócegas na empresária, se deliciando ao ouvi-la gargalhar enquanto implorava por misericórdia. Arthur tinha a capacidade de trazer à tona tudo de melhor que a loira tinha à oferecer, e há cada dia que se passava Carla não conseguia mais reconhecer a empresária ganancioso que era há meses atrás. Sentindo seu corpo começar a dar indícios do cansaço Arthur finaliza aquela pequena "tortura", percebendo logo em seguida a posição em que estavam. A respiração ofegante do casal parecia se misturar, e ainda em cima da loira, Picoli permite que seus olhos se encontrem mais uma vez. Seus lábios pareciam se atrair como dos imãs, mas antes que pudesse quebrar a distância entre eles, a consciência de Carla volta a tortura-la, a fazendo se levantar em um movimento rápido.           
               
- E-Está na hora de irmos!

Give Me Love - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora