twenty-five

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pov: Nyx

Deixo minha escuridão tomar conta do Rita's e entro na mente de cada um presente. Ninguém, não tinha ninguém suspeito. Olho para Kaia e vejo o retrato da raiva em pessoa. As pupilas dilatadas quase que totalmente, as garras afiadas totalmente expostas. Ela olhava para todos os lados rosnando. Cassian percebe o que está acontecendo e seus Sifões reluzem, Nestha assume uma postura rígida e fica atenta.

-Não a encontrei - falo. Não entendo como não posso ter encontrado ela.
-Não sei da onde o cheiro está vindo - Kaia falou entre grunhidos.

A levo para fora do bar e Cassian e Nestha nos seguem. Kaia vai mais adiante, seguindo quase até o final da rua. Mas a rua estava praticamente vazia. Alguns bares abertos, outros feéricos dando um passeio tranquilo. Nada suspeito.

-Aquela víbora! - Kaia grita e pisa forte no chão e jurei ter sentindo o chão tremer um pouco.

-Pelo menos sabemos que ela está mais perto, será mais fácil achá-la - Cassian fala e dá de ombros.

-Eu projetei minha mente e não vi ninguém suspeito - olho para Cassian e ele parece entender. Há possibilidade dela ter escudos mentais, isso dificulta bastante as coisas.

-Sua irmã cresceu na sua Corte? - Nestha pergunta.

-Não sei, mas acho que sim. Meu pai a... contratou muito rápido quando parti - Kaia olha para as mãos e as garras somem, sinto pelo laço que ela se surpreendeu ao sumir com as garras tão rápido.

-Temos que informar Az e meu pai.

Seguro firme a mão de Kaia, torcendo para que ela confiasse em mim. Ela segura firme e atravesso com ela para Casa. O rosto de Kaia fica sem cor e ela coloca as mãos na boca.

-Você...como?
-Atravessei com você - falei e não consegui conter o riso ao ver ela tentando segurar o vinho que tinha bebido.

Kaia respira fundo e entra na Casa, ainda pálida. Cassian e Nestha já estavam lá dentro.

Meu pai parecia distraído com alguns papéis em seu escritório e deixei que entrasse na minha mente e visse tudo o que aconteceu. Inclusive a hipótese de Stella ter escudos.

-De onde veio o cheiro dela? - Rhys pergunta para Kaia e ela parecia confusa, mas respondeu.

-Não sei como ela fez isso mas... não senti a direção do cheiro. Parecia que vinha de todas.

Meu pai assenti e sinto Az entrar no escritório e ficar na penumbra de um canto, envolto por suas sombras.

-O seu amigo...Bryce? Ele sentiu também? - Cassian pergunta e Kaia nega.

-Ele não apareceu ainda, não deve ter sentido - uma enorme onda de medo e preocupação passa pelo laço e sei que se Bryce estivesse bem, sei que sentiria o cheiro de Stella. Se não sentiu é porque algo estava errado.

-Por enquanto não podemos fazer nada, amanhã vamos procurar mais - meu pai fala mas vejo o olhar que ele dirige para Azriel, um olhar preocupado demais.

-Levo você em casa.

☪️

O chalé de Kaia é bem perto da Casa e fomos andando mesmo. No caminho, ela não parava de olhar para os lados e farejar o ar.

-Bryce está bem? - pergunto e ela franze a testa, confusa sobre como eu sempre sabia o que perguntar.
-Deve estar - ela da de ombros como se não tivesse preocupada, mas aquela ondulação no laço mostrava outra coisa.

Chegamos na porta do chalé e vejo Kaia hesitar em virar as costas.
-Vai ter treino amanhã? - ela pergunta e olha minhas tatuagens illyrianas que adquiri em algum acampamento Illyriano que fiquei com Cassian.

-Já está cansada?

Kaia sorri e eu respiro aliviado. É bom ver ela sorrindo. Fico paralisado quando ela se aproxima, perto demais para ser casual. Ela apenas me encara, olhando tão fundo em meus olhos que parecia que estava vendo minha alma. Encaro sua boca e vejo ela sorrir levemente de lado. Então, a beijo. Um beijo calmo por puro autocontrole, agora não é hora para...ser feroz . Ganho confiança quando ela retribui e me puxa para si, passando as mãos no meu cabelo. O cheiro dela é simplesmente... enlouquecedor. A boca dela é macia e o modo como ela me beijou, sem pressa nenhuma, me fez estremecer. Aperto suas costas enquanto ela acariciava meus cabelos, descendo e arranhando fraco minha nuca.

Ela para, sorrindo de orelha a orelha, e murmura algo se despedindo. Não entendi nenhuma palavra do que ela disse, meu cérebro só conseguia sentir o gosto dela em minha boca. Os braços dela, o cheiro dela, a boca dela...

Acredito que fiquei encarando a porta do chalé por pelo menos 1 hora, tentando me mexer e evitar bater na porta e implorar por mais ...

𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐝𝐢𝐬𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora