"Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada."
Sinceramente, já estou farta em ter que me mudar de ano em ano pelo fato de que minha mãe precisa sempre passar um ano ou dois em cidades diferentes á trabalho, mas, agora não vai ser mais difícil para mim, pois completei 19 anos semana passada e ainda tive a grande surpresa em saber que eu passei para a UNY- Universidade de New York , e vou passar a morar aqui na própria universidade.
- Senhorita Lucy, certo?- perguntou o taxista que estava no portão 2 do aeroporto.
- sim, sou eu mesma- respondo.
- sou seu taxista, me chamo Henrique.- ele estende a mão direita para que eu possa cumprimenta-lo e em seguida entrar no taxi.
Henrique é mexicano, percebo por sua pele escura e seus olhos levemente puxados, reparo que há um retrato em seu painel do taxi onde há uma garota que aparenta ter 10 anos de idade e uma mulher, supostamente seriam sua filha e sua esposa.
São 10:30 da manhã agora, está um dia nublado e uma chuva forte com raios e trovões, eu reparo como os raios caem certamente nos pára-raios e quão florescente sua luz é.- Está um pouco de trânsito, o que é normal aqui em Nova Iorque, portanto demoraremos uns 20 minutos até chegarmos na universidade.- diz Henrique.
- ok, sem problemas.- respondo suspirando.
Pego meu celular e coloco a senha para destrava-lo, vejo que está aberto no bloco de notas e percebo que alguém havia deixado uma anotação ali, que não era minha.
"Espero que chegue bem, eu te amo muito e já estou com saudades, me ligue sempre. Beijos, Mamãe."
Minha mãe é um amor de pessoa, e eu sinto um nó na garganta quando termino de ler o recado, já estou sentindo muito a sua falta.
Fiquei escutando música no fone de ouvido enquanto estávamos a caminho da universidade, pois eu não agüentava mais ouvir aquelas músicas mexicanas tocando no rádio e o taxista dançando feito louco no banco da frente, eu tentei conter o riso, falhei.- hahaha, essas músicas são maravilhosas Lucyinha.- dizia Henrique enquanto mexia seus quadris no banco.
Lucyinha? Sério?,Pensei. Que intimidade ele havia comigo para já me dar apelidos? Ok, não consigo ficar brava nesse momento, pois não consigo parar de rir com aquela cena hilária que acabara de ocorrer na minha frente.
- chagamos.- diz henrique.
- muito obrigada, aqui está.- dou-lhe o dinheiro do taxi e ele se retira do
veículo para pegar as minhas malas que estavam no porta-malas.Desço, pego as minhas malas e me despeço dele. Quando me viro, lá estava a universidade, havia um jardim enorme enfrente e pessoas andando para lá e para cá.
Me dirijo até a porta de entrada, um carpete marrom com desenhos medievais nele, paredes claras com quadros antigos que ilustravam homens que aparentavam ser alunos exemplares de décadas passadas.- olá Lucy.- diz uma mulher alta, vestida formalmente e com o rosto carrancudo.
- olá.- respondo estendendo a mão.
- você é a nova estudante certo?, seu quarto fica subindo as escadas a direita, e você terá duas colegas de quarto, após arrumar suas coisas desça e vá para o pátio central onde você deve colocar o seu material e se dirigir ao refeitório. - ela conclui.
Eu já não gosto dessa mulher, somente pelo fato dela ter essa carranca no rosto e falar até perder o fôlego.
- muito obrigada.- falo educadamente e subo para procurar meu quarto.
Aqui em cima é um corredor bem longo e largo, há pessoas andando para todos os sentidos e garotos arremessando uma bola de futebol americano para todos os lados. Encontro o meu quarto que é o 4-B e logo entro. Não há ninguém aqui, das três camas que há aqui duas delas já estão com malas encima e agora a minha, com as minhas malas. Me lembro que devo descer para o pátio central e guardar meu material, faço isso.
O pátio central é perfeitamente igual ao colégio, armários na parede direita e esquerda e um grande corredor largo dividindo-as. Encontro meu armário e coloco meu caderno e meus livros dentro, quando fecho a porta dele levo um susto ao me deparar com uma menina loira, alta e bem maquiada a minha direita.- oi, eu sou Claire!- ela se apresenta.- você deve ser a Lucy, certo?
- sim, sou eu, mas... Como você sabe?- pergunto.
- oras, olhei a lista do nosso quarto e vi seu nome, e aqui os armários das pessoas que são do mesmo quarto ficam um ao lado do outro.
- ah sim... - digo e olho para baixo sem saber como continuar o assunto.
- Oi, eu sou a Angeline mas podem me chamar de Angel.- uma garota dos cabelos escuros e pele morena se aproxima.- também faço parte do quarto de vocês.- ela diz com um sorriso de orelha á orelha.
Somente dou um sorriso, pelo que vejo sou a única dentre as três que é tímida, mas fico feliz por já ter amigas, se é que já posso considerá-las assim.
Fomos para o refeitório e almoçamos, e o resto do dia foi somente estudando, até as 20:00 da noite.
Como eu estava cansada, fui para meu quarto, percebo que Angel e Claire já estão deitadas, então tento fazer o mínimo de barulho possível. Quando me deito vejo que meu celular vibra na cabeceira da cama, logo abro um sorriso esperando que fosse minha mãe à me mandar uma mensagem, porém era de um número desconhecido."Você não deveria ter escolhido esta universidade. -Anônimo."
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Anônimo
Mystery / ThrillerLucy começará a sua vida na Universidade de New York, mas ela não esperava que um assassino que se nomeia como Anônimo iria entrar em jogo.