capitulo 18

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Observo no relógio que são 2:00 da manhã, logo em seguida minha mãe entra no quarto com os olhos vermelhos e inchados.

- sente-se aqui.- digo batendo na ponta da minha cama.-

- o que foi aquilo Lu? O que aconteceu? Quem matou o pobre garoto?- ela começa a chorar.

- mãe, irei te explicar tudo.-engulo o choro. - Desde que entrei na Universidade venho recebendo mensagens de alguem que se denomina como Anônimo. Ele vem assassinando pessoas desde então, porém, de alguma forma ele me quer, por isso estou viva até hoje.-infelizmente solto como uma bomba.

- filha! Pelo amor de Deus, devemos achar esse desgra...

- xii... Calma mãe, já estamos trabalhando com a FBI no caso, pegando todas as pistas etc.

- eu vou ajudar vocês, esse ou essa desgraçada vai pagar o preço!.

***
Natal

Está muito frio, a neve cai sem medo lá fora e todos estão aquecidos dentro do Campus, um banquete está sendo formado lá embaixo para os que irão passar essa data comemorativa aqui.

Mamãe esta tomando banho no quarto enquanto eu e Angel arrumamos as decorações aqui embaixo.

- sua mãe já esta melhor?- Angel pergunta.

- sim, só um pouco aterrorizada, mas o que mais vejo nela agora é ódio, ela deseja encontrar Anônimo.- digo, Angel fica em silêncio.

Sinto meu celular vibrar no bolso de trás da calça, um sms, me desespero e logo abro para ver de quem era. Ufa! É da mamãe, deve ter esquecido a toalha como sempre.

"S.O.S"

Minha mãe esta pedindo socorro, largo o enfeite que estava na minha mão no chão e subo correndo para o quarto, vejo água saindo para fora da porta e já molhando o corredor, abro a porta rapidamente e o quarto está enxarcado, a agua vem do banheiro, me aproximo com o coração batendo rapidamente, minha mãe não responde ao meu chamado. Me aproximo e vejo ela tentando desligar a banheira.

- filha, me ajuda pelo amor de Deus, isso daqui não quer fechar!- ela diz com uma toalha envolta do corpo.

Vou até ela e consigo fechar a torneira, ela me olha indignada.

- não creio nisso.- ela diz.

-se troque mãe, vou secar o quarto, desça e fique com Angel.

***

Demorei mais de uma hora para secar tudo, me troco e desço para o salão, estava tocando uma música agitada, pessoas dançando e comendo, avisto minha mãe sentada dentre Angel e Claire, sorrindo.

- prontinho.- digo e me sento a frente delas.

- você está linda!- diz Angel , minha mãe fica de acordo.

Agradeço com um sorriso e começo a colocar a comida em meu prato. Vejo Joey se aproximando de nós, fico surpresa.

- que bom que está aqui, o que houve?...- pergunto sem pensar.

- eu iria passar o natal com Henry, mas...- ele faz uma expressão de triste e se senta.

- me desculpe...- digo e começo a comer.

Começou a tocar a música preferida de minha mãe, ela se levanta para dançar e Angel se empolga e a acompanha, Claire fica em silencio o tempo todo.

- está tudo bem Claire?- pergunto, porém não possuo resposta, somente uma lágrima caindo do seu olho discretamente.- me desculpem pela perda, iremos ficar bem.- digo para os dois.

Fico observando minha mãe dançar com Angel, elas estavam bem engraçadas.

Todos já haviam subido, ficamos eu e Joey na varanda do salão, que era enorme por sinal. Começo a chorar por conta de tudo o que está acontecendo, o mundo desabando ao meu redor, mas fico feliz por minha mãe ainda se sentir bem. Vejo que molhei a camisa de Joey pois chorava em seu peito.

- desculpe.- peço.

- não se preocupe, tudo isso vai passar, estamos próximos de encontrar Anônimo, e não vou deixar ninguém te machucar...- ele diz fitando meus olhos.

Sua boca se aproxima da minha, amo sentir seu gosto doce, seu perfume...

- adoro te beijar.- ele diz me dando o último beijo.

- bom, já está tarde, nos falamos depois.

-okay, ah não se esqueça, o Ano Novo é daqui alguns dias, vamos todos para a Times Square!- ele sorri e vai embora.

Meu sonho é passar o Ano Novo lá, me animo com isso e subo para meu quarto, todas estão deitadas mechendo no celular, inclusive minha mãe.

- eita galerinha viciada.- digo e dou risada.

- filha, sua mãe deve aproveitar todos os recursos do smartphone dela.- diz minha mãe parecendo aquelas riquinhas entojadas.

- okay okay, fique a vontade dona Katherine.- deito e vou dormir.

AnônimoOnde histórias criam vida. Descubra agora