Capitulo 14

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Fomos correndo para a delegacia, nós três no carro de Joey. Ao chegarmos avisto Angel sentada em uma das cadeiras da recepção com um cobertor envolta dela.

- ai graças a Deus.- digo e a abraço, Claire faz o mesmo. - o que houve? Me conte.

- naquela noite eu fui para uma boate... Bebi muito, e acordei somente hoje em um lugar deserto de Exfield.

- por isso encontraram seu celular....- digo, pensando.

- eu estava suja, havia caído em uma poça de lama pelo jeito, andei por volta de 10 minutos e encontrei o Banco Central da cidade, uma moça me avistou e me reconheceu, não sabia como, e me levou para dentro do banco. Ela disse que iria ligar para a polícia e eu me assustei, já não estava entendendo nada, e por fim entendi que eles estavam á minha procura e que fiquei sumida por dias.

- meu Deus, nunca mais faça isso Angeline.- Claire diz.

- Vou levar vocês para o campus, Angel precisa descansar.- diz Joey.

Acenamos com a cabeça como um "sim" e fomos.
***

- o que ocorreu por esses dias?...- Angel nos pergunta enquanto toma seu chocolate quente na cama.- Larry, onde ele está?

Engulo seco e olho para Claire que fazia uma expressão triste.

- ele... morreu.- respondo.

- o que? Como assim?- ela se desespera.- ele foi atropelado? Tinha alguma doença? Como? Alguém... Alguém matou ele?

- Anônimo.- respondo.

Somente observamos Angel se derramar em lágrimas.

Deixo Claire e Angeline dormirem e vou atrás de Érika pelo campus, que por sinal, estava no jardim com seus amigos.

- preciso falar com você.- digo. Ela abaixa a cabeça e faz sinal como "sim", fomos para uma sala de aula que estava vazia.

- informações, me dê mais informações.- peço á ela como uma moradora de rua que precisa de alimento.

- já te disse tudo... E peço desculpa novamente pela foto, não posso mais cometer erros... e... O dinheiro caiu hoje na minha conta.

Paro de andar para lá e para cá e penso bem.

- é isso...- me viro e olho para ela.- qual é a sua conta corrente?

- HSBC por que?- ela pergunta.

- vamos na agência hoje.

Uma hora depois já estávamos na porta da agência para falar com sua gerente, que por sinal, era uma mulher alta, loira e bem bonita.

- sentem-se.- ela diz apontando para as duas cadeiras que estava a frente de sua mesa.- no que posso ajudá-la Érika?

- gostaria de ver meu saldo da conta...- Érika responde.

- sim... Ok...- ela digita no teclado.- prontinho! Ual... Você possui 10,000,00 Dólares a mais em sua conta.- ela diz indignada.

- sim...

- eu gostaria de saber de onde ela recebeu essa dinheiro.- digo.

- bom, pelo que vejo foi em um emprego que ela aceitou por um site...um site clandestino.- ela se assusta e olha com os olhos arregalados para Érika.

- enfim, eu gostaria de saber qual empresa ou lugar que enviaram o dinheiro todo, quem é responsável por isso.- digo tentando abafar o assunto de "clandestino."

- bom, isso são acessos restritos e não posso lhe dar essa informação.- ela diz severamente.

Olho para Érika com cara de desanimo.

- muito obrigada.- digo e levanto da mesa pegando minha bolsa, Érika me segue até a saída.

- me desculpe...- ela diz.

- o banco fica aberto 24 horas?- pergunto.

- não.

- Ótimo!- respondo sorrindo.
***

Ás 22:30 o banco já estava fechado, me visto com roupas apertadas e tênis, toda de preto. Eu precisava invadir o sistema do banco e pegar a informação que eu precisava, porém, não faria sozinha.
"Cheguei." Diz a mensagem de Joey que acaba de chegar no meu celular. Desço para o estacionamento e entro no carro, por incrível ele também estava de luto. Rimos ao mesmo tempo ao ver as roupas um do outro.

- é um trabalho muito secreto, devemos ter cautela.- digo.

Ele concorda com a cabeça e acelera o carro.

Observo o banco vermelho e branco por fora, as portas de vidros estavam trancadas obviamente, avisto janelas altas nas laterais do prédio que ficava entre um beco.

- já fez isso antes?- Joey pergunta olhando para a janela.

- e se eu disser que sim?

- acreditarei.- ele sorri, tento não me distrair.

Entramos no beco que estava vazio, olho a caçamba gigantesca que estava encostada na parede, ela seria o tamanho excelente para eu subir e alcançar a janela.

- Joey, arrasta isso.- aponto para a caçamba.

Ele faz o mesmo, sinto suas mãos segurarem a minha cintura para me ajudar a subir, estremeço. Conseguimos abrir a janela, já é um grande paço, até vermos a distância dela para o chão.

- o que faremos?- pergunto.

- não pensa, só pula.- ele me abraça e nos jogamos ao mesmo tempo, o seu corpo amortece a minha queda.

- meu Deus!- digo ofegante.- você está bem?

- sim... ai, acho q quebrei o ombro.- diz ele.

- quebrou o ombro?- dou risada.

Nos levantamos e observamos aquele lugar enorme, vejo a mesa da gerente de Érika e digo "é ali" sussurrando para Joey.
Ao chegarmos na mesa me sento na cadeira e ligo o computador enquanto Joey fica observando para ver se alguém não chegava.

- a rede do local que enviaram o dinheiro está bloqueada.- digo bufando.

- era de se imaginar.- ele diz olhando para o monitor.- teremos que invadir.

- demorará horas.

- não há problema, é bom que quando encontrarmos iremos pela manhã.- ele diz.

Sorrio e tento invadir a rede.

- não vamos esperar a noite inteira aqui, portanto, conectarei em meu celular e quando rastrear a rede e o local irei saber.

Desligo tudo e fomos embora dali o mais rápido possível, por nossa sorte saímos pela saída de emergência que abrira somente por dentro.
Atravessamos a rua e entramos no carro.

- missão cumprida.- diz Joey rindo.- o que nos resta é esperar.

- sim...

- escuta... Espero não te magoar mais, espero não ter mais conflito com você.- ele diz olhando em meus olhos.

- não acontecerá mais...- digo suspirando e encarando seus lábios.

Ele sorri levemente quando uma música lenta começa a tocar bem baixo no rádio do carro, sinceramente o seu sorriso me encanta. Observo ele se aproximando e encostando seus lábios nos meus e nos beijamos apaixonadamente.
***

"Obrigada." Digo sorrindo quando Joey me deixa no Campus, subo para o quarto e vejo as garotas dormindo, me troco tentando fazer o mínimo de barulho possível e me deito na cama, melhor sensação de todas. Não consigo dormir direito com tantas informações e problemas para resolver, e principalmente, o beijo de reconciliação entre mim e Joey.
Estou quase dormindo quando meu celular vibra encima do travesseiro, pego ele e cerro os olhos para poder enxergar.

"Rede rastreada encontrada."

AnônimoOnde histórias criam vida. Descubra agora