|Preciosa>11<|

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Pov's Heyoon Jeong

Saí de casa sentindo um aperto no coração, uma sensação de que algo estava errado. Ignorei aquilo e entrei em meu carro dado partida e sentindo meu coração apertar cada vez mais. Quase na metade do caminho, fui obrigada a parar o carro no acostamento, parecia que a qualquer momento eu teria um infarto, sentia falta de ar e parecia que meus pulmões estavam se fechando.

Depois de respirar fundo algumas vezes, decidi que seria melhor voltar para casa e me deitar um pouco. Dei a volta e segui o caminho para o meu apartamento.

Parei o carro no estacionamento e já iria seguir até o elevador, mas lembrei que a recepcionista tinha interfonado dizendo que minha correspondência tinha chegado. Caminhei para a recepção e parei de frente para Nour.

— Bom dia Srtª. Ardakani. – A morena de aproximadamente Vinte anos levantou a cabeça e sorriu.

— Só a senhora mesmo pra me chamar de Srtª. Ardakani. – Riu e eu a acompanhei. — Já disse que Nour é melhor.

— Vou passar a te chamar de Nour assim que você para de me chamar de senhora. – Revirei os olhos.

— Não revire os olhos pra mim mocinha. – Apontou o dedo para mim. — Tenho idade de ser sua mãe.

— Tudo bem mamãe. – Ela riu. — Quero minha correspondência.

Nour se abaixou atrás do balcão e ressurgiu com uma caixa nas mãos. Agradeci e logo nos despedimos.

Eu tinha um enorme sorriso estampado no rosto, minha correspondência não era exatamente para mim, era uma maleta de lápis que eu havia comprado para Sina alguns dias depois de ter visto seus olhos brilharem quando passou a propaganda da mesma na TV. O elevador abriu as portas no meu andar e eu saí, caminhando até a porta e destrancando-a.

— PARA DE CHORAR. – Me assustei ao ouvir o grito e logo depois um barulho de tapa.

Larguei as coisas sobre o sofá e corri para a direção em que o barulho vinha e ao chegar à porta do meu quarto, meu coração parou por uma fração de segundos, minhas pernas ficaram bambas e meus olhos encheram-se de lágrimas. Sina gritava em meio ao choro, tentando a todo custo tirar aquele homem asqueroso de cima dela.

Sem pensar duas vezes, avancei em cima dele e puxei seu corpo com toda a força, fazendo-o cair de costas no chão e me olhar com os olhos arregalados.

— SEU DESGRAÇADO. – Gritei e desferi um soco em seu rosto, ouvindo o barulho do seu nariz quebrando. — EU VOU MATAR VOCÊ. – Continuei a socar seu rosto e ele tentava inutilmente se defender.

Meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas e eu não conseguia pensar direito, eu só queria matar aquele desgraçado, bater nele até que ele estivesse inconsciente. Como ele foi capaz de fazer aquilo? Como ele pode tocar nela? Sina era a pessoa mais pura desse mundo e ele tocou-a. Sina. Quando finalmente voltei a mim, percebi que Mark já estava desacordado e seu rosto repleto se sangue.

Ouvi o choro de Sina e me levantei, olhando em sua direção e sentindo meu coração se partir. Caminhei até ela e chamei seu nome. Sina levantou a cabeça e se jogou em meus braços, chorando com o rosto escondido em meu pescoço. Sentei com as costas apoiada na cabeceira da cama e apertei Sina em meus braços.

— Eu estou aqui meu bem. – Sussurrei em seu ouvido e afaguei suas costas. Peguei o edredom que estava dobrado ali ao lado e cobri seu corpo. — Vai ficar tudo bem. – Beijei sua cabeça e me deixei chorar com ela.

Mandei uma mensagem para Alessio explicando rapidamente o que tinha acontecido e joguei o celular na cama, voltando a acariciar as costas de Sina e dizer que estaria ali para ela. Não sei por quanto tempo fiquei ali chorando com ela em meus braços, mas quando percebi, Sina já dormia e Hina estava sentada na beirada da cama e tinha os olhos vermelhos, denunciando que havia chorado. Olhei para o chão e vi que Mark não estava mais ali.

You And I 「𝑺𝒊𝒚𝒐𝒐𝒏▪︎𝑯𝒆𝒚𝒏𝒂」(G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora