CAPÍTULO 15

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Sinto um vento gelado entrar por baixo da coberta viro meu corpo para tampar a brecha do cobertor mas não consigo me mexer muito pois meu corpo inteiro clama por descanso, meus olhos permanecem fechados por um bom tempo, estão muito pesados para abrir, com calma eu abro e pisco algumas vezes bem devagar, meu rosto dói muito, por fim consigo abrir meus olhos por completo. Um barulho de água chama minha atenção, tem alguém tomando banho?, as memórias de ontem me faz temer pelo pior, a água para de cair um silêncio se faz no quarto, rapidamente me sento na cama bastante arrependida pois meus movimentos faz meu corpo doer mais, uma silhueta masculina sai com uma toalha enrolada na cintura pela porta que eu defini como sendo o banheiro, ele caminha lentamente até um guarda roupa, eu não digo nada, acho que ele não percebeu que eu estou aqui, continuo observando para ver o que vai dar quando ele fala sem olhar para mim.

- deveria dormir mais - seu tom era firme e doce ao mesmo tempo - achei que estaria dormindo quando sai-se do banho
- achou errado - falei mais para mim do que pra ele - desculpe
- é eu achei - se virou para mim com uma muda de roupas no braço - com fome - entra no banheiro novamente -
- sim - eu digo para ele -
- tudo bem, vou preparar alguma coisa e trazer pra você ok - ele sai do banheiro vestido sua roupa, eu concordo com a cabeça - tome um banho e se arrume
- mas eu não tenho roupas
- vou mandar trazer - fala saindo do quarto e me deixando sozinha -

Fiz o que ele me mandou, eu realmente precisava de um banho, assim que entrei no banheiro me olhei no espelho, meu rosto estava um pouco inchado e eu tinha hematomas roxo neles, tirei minha roupa bem devagar para que não senti-se muita dor mas não adiantou muito por mais que eu tenta-se doía. Entrei no chuveiro e me permiti chorar como nunca antes, eu precisava disso, estava triste, com medo, dolorida, todos os sentimentos resolveram se manifestar na quele momento, resolvi ficar ali mais um pouco sentindo tudo isso. Assim que sai do banho enrolo uma toalha que achei dentro de um armário, abro a porta e volto para o quarto, em cima da cama havia uma muda de roupas e um bilhete, vou até a cama e pego papel "essas roupas são novas, pedi a alguém para comprar, achei que precisa-se. Também deixei dois comprimidos em cima do criado mudo, tome!assinado zayn", a roupa estava mesmo nova pois senti aquele cheiro de roupa nova, ele realmente pensou em tudo, tinha até roupa íntima. Assim que estou vestida vou até a mesinha tomar os remédio mas e se for algum remédio ruim que possa me matar, depois de ontem eu não duvido mais de nada, zayn entra no quarto com uma bandeja, seus olhos vão direto para minhas mãos, ele coloca as coisas em uma mesa e vai até onde eu estou, pega os comprimidos, ele segura meu rosto e coloca as cápsulas em minha boca, logo em seguida colocando o copo, ele me fez tomar isso a força!

- o meu deus - eu começo a tossir - por que fez isso
- você não ia tomar que eu sei - ele pega a comida - coma - me entrega um prato com um sanduíche e na sua outra mão um copo de suco -

Eu resolvi obedecer, peguei o prato e comecei a comer, zayn vai até um gaveta e tira de la um celular, continuo a comer em quanto ele digita alguma coisa no celular, assim que termino eu coloco as coisas na mesinha do lado da cama, ele olha para mim e caminha até a mesa pegando o prato e o copo, ele continua a digitar algo no celular não trocamos uma palavra ainda, por fim resolvi falar.

- você vai me explicar o que aconteceu ontem? - pergunta sem olhar para ele - eu ainda não sei o que aconteceu, por que aconteceu! -
- eu não vou te dizer nada - arruma as coisas na bandeja - ainda - sai do quarto me deixando sozinha de novo -

Droga, me levanto da cama e vou até uma grande janela que estava fechada com cortinas brancas, abro um pouco para ver onde estou, talvez eu consiga voltar para casa, minha casa, meus pais, de repente meu coração se acelera e minha pulsação esta desregulada, começo a ficar apavorado, meus pais estão mortos?, o que eu vou fazer, meu peito sobe e dece por conta da minha respiração, minhas pernas fraquejam e acabo caindo de joelhos no chão, o que será de min agora, a porta e aberta e zayn entra, assim que percebe que a cama esta vazia ele fecha a porta atrás dele olhando para os lados, assim que me vê chorando no chão seus passos antes leve agora era pesado e acelerado.

- ei o que houve - ele me levanta mas não consigo ficar em pé - vou pegar você - ele passa seus braços pela minhas pernas e pela minhas costas, assim me levantando -
- eu quero ir embora - sou colocada na cama novamente -
- não pode!
- o que - seco meus olhos com as mãos - por quê?
- eles podem ir atrás de você de novo - se levanta - e do seus pais também
- meu p-pais zayn por favor - volto a chorar - eles estão mortos?
- não eles estão bem - diz com naturalidades -
- eu quero vê-los!
- não pode!
- mais porque, eles podem achar que eu estou - engulo em seco - morta
- eu ja liguei para eles - ele mostra o celular balançando em sua mão - seus pais sabem que esta comigo
- como assim eles sabem? - me sento na cama - você não contou para eles o que houve ontem?
- não - senta em uma poltrona perto da janela e de mim - o que importa e que eles sabem que você esta bem - pega uma caixinha e tira um cigarro de dentro -
- o que disse a eles para que acredita-se em você! - segura o isqueiro acendendo seu cigarro -
- bom - solta a fumaça pelo ar - disse que te chamei para passar as férias comigo e uns amigos na minha casa de campo - olha para mim com a sobrancelha levantada - terminei dizendo que você tentou falar com eles mas não conseguiu, e foi só isso - volta a olhar a janela -
- eles acreditaram assim fácil? - conhecendo os pais que tenho e muito estranho eles terem aceitado assim, fácil! -
- sim - responde sem olhar para mim - eu sei como falar com seus pais - volta a olhar para mim - esqueceu?
- não
- eu vou comer - joga o cigarro no lixo perto dele - esta tudo bem?

Ele pergunta mas eu não estou com saco para dizer como estou ou não para ele, viro meu rosto e me concentro e olhar o por do sol, ouço-o dizer "foda-se" e sair do quarto fechando a porta, o que eu vou fazer agora, eu estou perdida no escuro, sem saber onde estou ou o que está acontecendo, o remédio que eu tomei fez algum efeito estranho em mim meu corpo relaxa de uma forma estranha, meus olhos ficam pesados, eu me deito na cama e sem perceber dormir novamente, mesmo não querendo.




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Hey my frinds, espero que curtem o cap de hoje, boa leitura e não esqueçam de curtir e se possível comentar ^-^

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