Capítulo 9

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Safira.

Não lembrava a última vez que havia usado um vestido, já que eu sempre vivia com calças, botas e camisas, era mais fácil matar alguém de calças.

E eu estava em um vestido vermelho, curto até o meio das coxas, com um generoso decote em "V" nos seios.

E pela mãe, quando adentrei o rita's, eu fiquei boquiaberta, a música me recebeu, e apreciei cada batida, as luzes coloridas e avermelhadas piscavam e rodavam por todo o bar, a primeira coisa que clarissa e vivi fizeram foi me entregar uma taça.

O primeiro gole foi como o "batismo" segundo elas, e o segundo, terceiro, quarto. Eu já dançava com elas no meio dos feéricos,  eu não me lembrava de ter me divertido a esse ponto, sempre gostei de dançar, e uma vez Jef me levou a um salão de dança, onde com apenas uma valsa com ele, fez vários machos fazerem fila para ter a sua vez.

Eu voltei para pegar outra bebida, então encarei o burburinho, os feéricos não paravam de dançar, mas dava para ver sua atenção nele, o príncipe da noite.

Nyx adentrou o rita's, o meu irmão do seu lado junto com o filho de tio Lucien, a imagem é de matar. Com as mãos nos bolsos, trajes negros, sua camisa desabotoada até o meio, Nyx caminhou entre as pessoas, pegando uma taça para si.

Eu queria, queria a parceria, eu iria dizer isso quando descobri, mas... Ele veio com a história de que não precisávamos ficar juntos, então eu entrei em seu jogo, ele não quer, sempre sonhei quando pequena que quando eu encontrasse o meu parceiro eu não iria sofrer nunca mais, ninguém nunca mais iria me bater ou dar chicotadas, que o meu parceiro iria socar a cara de quem tentasse, mas vejo que tenho azar até mesmo com isso.

Eu voltei a minha atenção a bebida, quando senti uma mão escorregar em minha cintura.

— Sozinha? -um feérico perguntou.

Os olhos brilhando, um sorriso malicioso, eu bufei.

— Não. -falei.

Eu encarei de longe uma feérica, estava com a alça do vestido rasgada e com os cabelos assanhados, ela estava chorando e quando encarou o feérico, fugiu, ele deu uma risada.

— Sabe como são essas vadias. -ele disse.

— Eu estou vendo uma diante de mim. -falei.

Ele me encarou.

— Quanto? -perguntou.

— Se eu fosse você tomava cuidado.

Eu olhei para trás, vendo Nyx, com um olhar sombrio, e um sorriso felino.

— Não falo pelo o que posso fazer com você, mas sim o que ela vai fazer com você se avançar o sinal. -Nyx apontou com o queixo para mim.

— Essa vadia? Mas nem mesmo corpo ela tem. -ele riu.

Era pura mentira, mais curvas do que eu só uma estrada.

Ele acertou um tapa em minha bunda, Nyx rosnou tão alto que ultrapassou a música.

Eu olhei para o feérico, e não esperei reação quando peguei atrás de sua nuca e o arrastei para fora, Aron vinha atrás de mim junto com Nyx.

— Me larga, sua desgraçada. -ele disse.

— Quieto. -grunhi.

Eu acertei uma joelhada em seu rosto, e então um chute em seu estômago, da minha coxa tirei uma navalha escondida, e por fim, sua garganta fora cortada.

Ele foi ao chão, o banhando de sangue.

— Agora tenho um corpo. -falei.

Nyx assobiou.

Corte de Asas e LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora