Capítulo 19

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Safira.

Deixar Helion e ir para as outras cortes fora difícil, mas garanto que os três meses trancada com ele no quarto foram mais.

Sorri de lado com a lembrança, tocando meu lábio ao lembrar de seus beijos.

Eu encarei Rajar que rosnava, provavelmente praguejando os deuses e o mundo enquanto andava na neve fria.

Eu mordi os lábios, rindo de sua carranca.

— Tá certo, o gatinho odeia o frio. -sorri divertida.

Ele espirrou e eu ri estalando os meus dedos ,um casaco quente e felpudo envolvendo o grande leão branco.

Eu encarei os flocos de neve caindo, a corte invernal, é incrível.

Eris havia me recebido perfeitamente bem em sua corte, e vi as belezas da outonal, uma corte que nunca deixava os tons de vermelho e laranja do seu outono eterno.

E a primaveril, mesmo querendo socar o grão-senhor de vez enquanto, eu fiz amizade com seus filhos.

E aqui, fiz amizade com os gêmeos de Kallias e Viviane.

— Hey Safira! Vem! -Gritou Kalil, um dos gêmeos.

— Sobe! -disse Kion, o outro gêmeo, o mais velhos.

Eu corri até eles subindo em cima do trenó.

— Se prepara. -disseram em coro.

Rajar pulou no trenó e Kion lançou gelo fazendo o trenó ser lançado ladeira a baixo.

Eu gritei e em poucos segundos eu estava gargalhando, o vento frio me recebendo animado.

A juba de Rajar voava e ele fechou os olhos aproveitando o vento.

Os gêmeos gritaram comigo quando todos fomos lançados a neve.

Eu olhei para os lados em busca dos dois e caí na gargalhada ao vê-los em cima de uma árvore.

— Não tem graça. -disseram em coro.

Eu gargalhei de novo.

Passeios de trenó que eram puxados pelos ursos polares, cada gêmeo tinha um de estimação.

E quando me despedi de lá, eu viajei para a corte crepuscular.

Eu sorri vendo a beleza daquela corte que pouco ouvia falar, mas quando ouvia eles diziam ser o paraíso.

— Você tem o mesmo brilho no olhar de sua mãe. -o grão-senhor sorriu amigável.

Eu sorri.

— Mais um de minhas mil qualidades. -pisquei.

Ele riu.

Podia ver o sol e a lua ao mesmo tempo no céu da crepuscular, e me pergunto como tamanha coisa é possível.

A noite e o dia divididos até se juntarem como um só.

Thesan sorriu satisfeito ao ver meu olhar encantado para o céu.

— O que está achando das cortes? -ele perguntou.

— Incríveis. —eu disse— são perfeitas dos seus jeitos, com estilos e culturas diferentes.

Ele sorriu.

— Estou feliz que finalmente tivemos uma visitante de fora. -ele sorriu.

E a última fora a estival, quando eu passei poucos meses com Tarquin, Cresseida, Varian e tia Amren.

Apreciando as belas praias de areia quente, e mar tão azul quanto o céu. De ondas grandiosas e Sol brilhante como o ouro.

Eu caminhei pelo o porto, encarando o enorme navio a minha frente.

Corte de Asas e LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora