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O período da Demi foi o mais doido que já vivi, a morena consegue ter uma troca brusca de humor, uma hora está sensível demais e na outra está brava demais. Quando alguma mulher me olhava na rua, ela ficava brava e depois ficava com medo de me perder. Foi um momento intenso mas que me fez aprender muitas coisas com ele. Mas foi um momento em que aprendi muito a lidar com ela, com seus sentimentos e seu momento mais vulnerável.

Hoje decidimos ir para casa de sua mãe, ela meio que me chantageou para que eu fosse e eu como sua cadelinha concordei. As meninas estavam na casa de Dianna desde quinta-feira por pura chantagem da Íris, assim que acordamos tomamos banho, nos vestimos e tomamos café da manhã. O caminho para casa de Dianna foi tranquilo, assim que chegamos a casa da mulher pude admirar a mesma.

Antes de descer do carro olhei para minha namorada, que sorriu antes de se inclinar em minha direção e me beijar. Correspondi ao beijo com a mesma intensidade, segurei os cabelos da nuca da morena e chupei sua língua com desejo. Demetria gemeu em meus lábios, agarrei sua coxa com a outra mão e subi a mesma por sua pele.

— Amor... — Ela suspirou, continuei subindo a mão por sua coxa.

— Você é tão gostosa. — Deslizei minha mão por dentro de seu vestido.

— Selena... — Ela gemeu ao me sentir tocar sua intimidade. — Não faz isso comigo por favor.

Suplicou. Mordo o lábio inferior dela e o segurou.

— Por favor... — Insistiu com a voz trêmula.

Beijo a morena com mais desejo ainda, driblo o tecido de renda da calcinha e deslizou meus dedos pelo sexo molhado e quente, Demetria gemeu em meus lábios. Puxo a garota para o meu colo aproveitando que os vidros do carro são escuros, a bailarina rebolou em meu quadril e eu a penetrei com dois dedos. Ela começou a subir e descer em meus dedos, seus gemidos e suspiros baixos se chocando contra o meu rosto.

Desci as alças do vestido dela deixando seus seios livres, segurei um com a mão livre e o cobri com os meus lábios.

— Porra Selena! — Grunhiu. — Você é uma vagabunda... — Resmungou rebolando em meus dedos.

Seguro o quadril dela a impedindo de se mover, Demetria resmungou e eu comecei a fodê-la com força. A mulher gemeu repetidas vezes em meu ouvido, a ouvi xingar e implorar por mais enquanto eu dava o que ela queria. Não demorou muito para minha namorada gozar em meus dedos, seu líquido quente escorrendo e me dando o desejo de chupá-la deliciosamente.

Após Demetria se recuperar nós descemos do carro, a morena segurou minha mão entrelaçando nossos dedos.

— Você me paga por isso. — Ela resmungou.

— Você disse que eu ia poder te foder, mas não disse a hora. — Ela revirou os olhos. — Você fez isso quando gozou, não me diga que está gozando de novo?

— Selena! — Resmungou. Nós entramos na casa da mãe dela e encontramos Erin dançando ballet na sala.

— Você está se saindo muito bem querida. Logo estará igualzinha a sua professora.

— A mamãe Demi é muito melhor que eu. — Erin falou parando de dançar. — Eu nunca vou conseguir ficar igual a ela.

— Claro que você querida. Só continuar se dedicando. Você é muito esperta e está mais avançada que sua coleguinhas de turma.

— Mamãe tem razão. — Demi falou atraindo os olhares das três. — Você está muito boa, aprende rápido e se dedica muito. Logo será uma bailarina importante na área.

— Mamãe Lena! — Íris gritou ao me ver e correu em minha direção, peguei a garotinha no colo.

— Oi amorzinho.

— Você acha mesmo mamãe Demi? — Erin se aproximou da minha namorada toda manhosa.

— Claro que sim minha princesse.

Demi e eu ouvimos as meninas nos contar como foram os seus dias na casa da “vovó” como elas chamavam Dianna, notei que a mais velha sorria toda boba quando as meninas a chamavam assim e isso me deixava mais calma já que Erin não fazia parte de seu ciclo familiar e ela poderia levar a mal a forma como minha filha a chama. Nós fomos para o jardim da casa de Dianna, as meninas estavam correndo por todos os lados agitadas junto com Demi.

Estava distraída com os meus pensamentos quando Dianna se sentou ao meu lado, a mulher sorriu para mim e guiou o olhar para as garotas. Mexi nervosamente com o meu colar. Nós não tínhamos falado sobre o que me aconteceu, Demi também não contou a Dianna sobre o que aconteceu. Ela só pediu para mãe respeitar o meu tempo e que na hora certa ela ia saber.

— No início ela me escondeu que Tiago era professor de sua antiga escola, ela também não sabia dele e para ela era só um estranho dizendo ser seu pai. Mas eu tinha notado sua quietude, ela estava mais sozinha e isolada. — Olhei para mais velha. — Demi que conseguiu falar e no dia seguinte levamos Erin para escola juntas. Ele ficou surpreso ao me ver, queria que seus encontros com a minha filha fossem segredos.

— E o que aconteceu?

— Nós brigamos, ele queria ficar na vida dela mas eu não podia permitir isso e não posso. — Voltei o meu olhar para Erin que corria feliz. — Naquele dia ela foi para o trabalho com a Demi, ela tinha presenciado toda briga e precisava de distrair, então Demi insistiu em levar ela. Depois daquele dia eu troquei ela de escola, mas não dia do jantar ele apareceu na minha casa.

Fiz uma pausa, guiei o meu olhar para o chão tentando segurar minhas lágrimas.

— Ele me bateu, me xingou e tentou me estuprar. Minha filha estava a poucos metros de mim, ela estava ouvindo a nossa briga, estava assustada e com medo. Ele queria levar ela de mim naquele dia e eu tive que mentir dizendo que ela estava na casa de uma amiguinha. Mais uma vez eu ia deixar ele fazer o que quer que fosse comigo só para proteger a minha filha. — Respirei fundo. — Mas minha filha foi muito esperta, ela ligou para Demi pra que sua filha chamasse a polícia. Ela queria chamar a polícia mas não sabia dar o nosso endereço, então recorreu a quem ela mais confiava, a Demetria. Antes da Demi chegar com a polícia eu vi o brilho dos olhos dele, o mesmo brilho de quando me estuprou e assistiu seus amigos me estuprarem. Aquele brilho maligno nunca saiu da minha cabeça e mais uma vez eu o vi.

— Sua filha foi muito corajosa e você também, Selena. Você se deu para proteger a sua filha de um homem que te causou um mal terrível no passado. Agora você está bem, está protegida dele e sua filha também. Agora você tem alguém que está apaixonada por você, que vai te proteger e fazer qualquer coisa pelo seu bem. — Olhei para Dianna com um misto de surpresa e curiosidade.

— Acha mesmo que ela está apaixonada por mim?

— Ninguém conhece minha filha tão bem quanto eu. — Iniciou sorrindo. — Está claro nos trejeitos dela, na forma como ela sorrir para você, como ela te olha e fica agitada sempre que vai te ver. Foram raras as vezes que vi Demi assim, foram apenas duas vezes e uma delas era por uma bailarina que ela tinha chances. — Riu baixinho. — Ela só não teve coragem ainda de te dizer, deve estar com medo de ter seu sentimento rejeitado.

— Eu nunca faria isso...

— Mas Demi é insegura, ela tem inseguranças demais e até mesmo quando dança. Na hora certa ela vai te dizer isso, ela deve estar trabalhando a própria confiança para conseguir fazer isso. — Sorri.

— Entendo.

Ballerina - SemiOnde histórias criam vida. Descubra agora