Observo as duas meninas andando de mãos dadas a minha frente, por um milagre consegui uma folga em dia de semana, o que alegrou Erin e a fez implorar para que eu buscasse Íris para darmos um passeio. Minha namorada estava dando aulas mesmo ainda se recuperando da torção no pé, uma aluna mais avançada estava ajudando ela e é claro que eu fiquei enciumada. Mas não revelei isso a minha namorada. Quando fui buscar Erin outro dia eu notei os olhares da garota para o corpo da minha namorada, tinha cobiça em seu olhar e isso me deixou revoltada.
Aquela garota que mal saiu das fraldas estava tentando a todo custo agradar minha namorada, levava pra ela flores ou chocolates, Demi acabava aceitando por educação. Parei de andar assim como as meninas, elas estavam observando a loja de brinquedos e conversavam sobre alguma coisa que não consegui compreender. O olhar de Erin estava fixo em uma boneca bailarina de pano, a admiração em seus olhos era nítida, ela estava encantada pela boneca e eu nem mesmo podia dar a ela.
- Ela é bonita. - Íris disse sorrindo animada.
- Sim. - Erin concordou bem desanimada.
- O que foi Erin?
- Nada, vamos?
Íris concordou ainda confusa com o desânimo da minha filha, nós continuamos o nosso passeio até o início da noite, assim que chegamos em casa as meninas correram para tomar banho. Comecei a preparar o nosso jantar, decidi fazer um macarrão com queijo para animar um pouco a minha filha. É decepcionante saber que não posso dar a ela o brinquedo que ela quer, Erin sempre faz por merecer, é uma menina obediente, estudiosa e dedicada. Nas minhas folgas faz o máximo para que eu possa descansar ao longo do dia, se deixar ela até mesmo inventa de querer arrumar a casa mas eu não permito.
Ver minha filha passando vontade de algo que outras crianças facilmente podem ganhar, principalmente seus coleguinhas de escola, é destruidor. Eu queria poder dar a Erin tudo o que ela quer, levar a ela para passear todos os fins de semana ou comprar os doces que ela tanto gosta e são caros. Mas pelo meu descuido não pude entrar para universidade, não consegui ter uma profissão que me dê uma ótima renda salarial. Com o trabalho de faxineira consigo sustentar nossa casa, comprar alguns itens que Erin precise para o ballet, mas não uma vida melhor para ela.
Erin finge não se incomodar quando não pode comer um chocolate que queira ou não pode ganhar um brinquedo novo, mas eu sei que ela fica triste e só disfarça para não me deixar triste. Quando Demi chegou as meninas se agitaram, elas brincaram e conversaram bastante até a hora em que as meninas foram pro quarto.
- O que foi uh? - A olho confusa. - Está nítido que algo te incomoda.
- Não é nada demais. - Ela suspirou ainda desconfiada.
- Sei que é alguma coisa, mas se não quer compartilhar comigo, está tudo bem. - Me encolhi contra o meu próprio corpo. - Quer que eu vá?
- Você quer ir?
- Não, mas nos últimos dias você tem andado estranha comigo. Toda vez que tento conversar você diz que não é nada.
- Eu... Eu...
- Acho que seja melhor eu ir mesmo.
Tive uma sensação de perda ao ver ela se levantar e não consegui controlar o meu choro. Eu estava guardando todas as minhas frustrações para mim, estava machucando quem eu não devia machucar e acabando com o meu relacionamento. Mas eu não posso permitir que minhas frustrações acabem com o que é de mais belo que tenho na minha vida.
- Eu estou com ciúmes... - Falei observando a mulher perto do quarto das meninas, Demi me olhou confusa. - E me sentindo uma péssima mãe.
Minha namorada soltou um longo suspiro antes de abrir a porta do quarto mesmo assim, ela verificou algo no quarto das meninas e veio em minha direção. Demetria me fez levantar do sofá, ela me guiou até o lado de fora e me fez sentar na varanda.
- Vamos por partes. Por que está se sentindo uma péssima mãe?
- Hoje Erin viu uma boneca bailarina na vitrine de uma loja de brinquedos, eu vi nos olhos dela que tinha se encantado pela boneca e também vi que estava frustrada por saber que não vou poder dar a ela. Eu nunca posso dar as coisas que a minha filha quer Demi, eu não posso dar nada a ela e isso me frustra muito.
- Você dá o que ela mais precisa, dá muito amor e tudo de si para ver sua filha feliz. Tenho certeza de que Erin entende tudo isso, ela é uma garotinha muito esperta e sabe quando as coisas estão bem ou não. Se quiser podemos dividir o valor da boneca e você dá a ela, Erin não precisa saber que eu ajudei.
- Não posso deixar que faça isso, eu... eu...
- Você é a minha namorada, mãe da minha filha e de acordo com a Erin, eu sou a segunda mãe dela. Então podemos juntas dar um brinquedo a ela. - Ela sorriu ao me ver concordar, Demi deixou um selinho em meus lábios. - Agora, por que está com ciúmes?
- Aquela garota que cheira a talco de bebê fica te cercando. - Resmunguei, Demi riu de mim. - Está sempre te levando flores e chocolates, te olha com desejo. Tenho certeza de que ela está se preparando para dar o bote, ela quer te roubar de mim, ela... ela... Demi... - Sussurro seu nome com a voz trêmula, a mulher apertou minhas mãos. - Você nem mesmo nota que ela te quer, fica sendo simpática e aceitando as coisas que ela te dá.
- É claro que eu noto meu amor. Eu sei que Hilary me olha com outros olhos, sei que ela está fazendo tudo aquilo para me conquistar, mas eu não vou te trocar por nada. Tenho você e eu quero só você, só a minha linda mulher. Não deveria ligar tanto para ela, até porque sou apaixonada por você. Eu sou completamente apaixonada por você e ninguém me faria te deixar.
- Jura?
- Juro. - A morena beijou o meu pescoço. - Quer que eu demonstre?
- As meninas...
- Estão dormindo.
A morena continuou beijando o meu pescoço em uma tentativa de me excitar e ela estava conseguindo facilmente. Minha namorada nos deitou no chão da varanda como na noite do nosso primeiro beijo, mas dessa vez ela estava por cima de mim. Demetria olhou em meus olhos com um brilho tão diferente e me beijou, antes mesmo que eu pudesse dizer alguma coisa. Sua boca macia massageando a minha, sua língua envolvendo a minha em uma disputa por poder. Apertei as coxas da minha namorada ao sentir ela apertar os meus seios por cima do vestido, Demetria afastou sua boca da minha quando o ar começou a se fazer ausente.
Lovato beijou e lambeu minha pele repetidas vezes até alcançar o meu vestido, ela o afastou para o lado deixando meu seio exposto e o chupou de imediato. Sua língua rodeando meu mamilo, seus dentes mordiscando o meu pedaço de carne, estava me deixando louca. Ela sabia que esses seus pequenos atos me deixavam louca, sabia que eu não ia conseguir parar ela em momento algum. Um gemido consideravelmente alto escapou de mim, a morena me olhou sorrindo com a boca ainda em meu seio. Ela estava adorando a situação tanto quando eu.
- Demi... - Gemi puxando a minha namorada para cima.
Deitei a minha namorada no chão da varanda, com pressa me sentei sobre o seu quadril e comecei a rebolar, ela sorriu com o meu desespero e guiou a mão para minha calcinha encharcada. Demetria me penetrou com dois dedos me fazendo tombar a cabeça para trás enquanto gemia, sem querer esperar comecei a subir e descer nos dedos da minha namorada que admirava a cena com prazer. A morena apertou minha coxa com a outra mão enquanto eu ainda quicava e rebolava em seus dedos ansiosa para gozar logo. Soltei um baixo rosnado quando minha namorada me parou, ela se sentou comigo ainda em seu colo e começou a afundar os seus dedos dentro de mim com força.
- A-Ahh... Demetria... - Seu nome saiu como um gemido e ela afundou seus dedos com força.
- Você é apertadinha e deliciosa demais. - Ela sussurrou em meu ouvido. - Eu adorei te ver quicando em meus dedos querida. - Gemi com a mordida dela em meu pescoço.
- Porra... E-Eu... - Ela riu baixinho contra a minha pele, estremeci ao sentir ela curvar seus dedos e atingir meu ponto sensível. - Demi...
Demetria me provocou com beijos no pescoço, enquanto seus dedos me atingiam com força e me faziam quase que gritar no jardim de casa. Ela com toda certeza estava compensando os dias em que ficamos sem sexo. Com a minha mulher atingindo meu ponto interno mais sensível, foi impossível segurar o orgasmo que escorreu por seus dedos e molhavam suas coxas.
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Ballerina - Semi
FanfictionTudo estava fora do controle para Selena, tinha que trabalhar onze horas por dia para conseguir sustentar sua filha de apenas sete anos. Mas tudo mudou ganhou um peso ainda maior quando colocou a pequena em uma instituição gratuita de dança que tinh...