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Acordo com um corpo abraçado ao meu, solto um longo suspiro antes de me soltar do abraço e me levantar. Observo Demetria deitada em minha cama, contenho um sorriso que queria escapar e vou para o meu banheiro. Retiro minha roupa sem pressa, abro o registro do chuveiro e fico debaixo do mesmo, sentindo a água morna deslizar por minha pele.

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— Não vai mesmo me dizer quem é ela? — Perguntou curiosa, pego a garrafa de vinho e vejo que já foi mais da metade. Tomo um grande gole e devolvo a garrafa para o lugar.

— A professora de ballet da minha filha. — Olho para mulher ao meu lado, ela estava surpresa com a revelação.

— Por essa eu não esperava... — Murmurou ainda surpresa.

— Nem mesmo eu. — Sorri e olhei para o céu.

— Não vou mentir dizendo que não reparei que você as vezes fica me observando, mas nunca passou pela minha cabeça que fosse sentir atração por mim. Eu... Eu nem sei o que dizer.

— Não tem muito o que dizer, nem mesmo eu tenho.

O silêncio pairou sobre nós duas, quando o vinho acabou fui para cozinha, peguei outra garrafa e voltei para varanda onde Demetria ainda olhava o céu. Tomei uma taça cheia de vinho e servi um pouco mais, a morena me olhou nos olhos, sua expressão era indecifrável para mim.

— Você quer me beijar? — Sua voz saiu em um sussurro, notei que sua pele ganhou uma ruborizada.

Mordi meu lábio inferior antes de tomar um gole do vinho, anui em confirmação e ela sorriu. Demetria tomou um gole grande do vinho antes de se aproximar e me beijar com calma. Seus lábios macios se movendo contra os meus, sua língua deslizou por meu lábio inferior antes de penetrar minha boca e se enlaçar contra a minha língua. Senti o gosto característico do vinho na língua dela, um baixo gemido fugiu dos meus lábios, o que fez o beijo se tornar mais afoito.

— Nunca imaginei que beijar alguém com gosto de vinho na boca fosse tão bom. — Murmurei ofegante, vi o sorriso da morena que rapidamente escondeu o rosto contra o meu pescoço.

— Como se sente agora que beijou uma mulher?

— Com mais vontade de beijá-la.

Ela se afastou minimamente para me olhar, avancei contra os lábios de Demetria a fazendo gemer, um suspiro fugiu de mim quando ela segurou em meus cabelos com vontade. A bailarina me puxou para o seu colo e sem hesitar eu fui, colocando uma perna de cada lado de seu quadril, sua outra mão apertou meu quadril com um pouco de força me fazendo gemer. Chupei a língua da mulher que gemeu, com cuidado fiz ela se deitar no chão da varanda mesma e recebi suas mãos em minha bunda.

Beijar Demetria é algo surpreendente, nunca imaginei que fosse me sentir tão satisfeita por beijar uma mulher, uma pessoa do mesmo sexo que eu. Afastei suavemente da bailarina sentindo meu peito queimar, beijar ela é algo que nos faz não querer parar mais. Sentei-me sobre o quadril dela, observando seus lábios inchados e avermelhados.

— Ok, essa visão é bem sexy. — Ela sussurrou olhando para o meu corpo, mas seu olhar parou entre minhas pernas. — Acho melhor irmos dormir antes que façamos alguma besteira, não quero que se arrependa de algo depois.

— Tudo bem.

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Sou tirada de meus pensamentos por duas garotinhas correndo pela sala, termino de colocar o café da manhã na mesa, as duas meninas vestidas em seus pijamas se sentam e me cumprimentam com um bom dia. Deixei as duas pequenas tomando café da manhã, fui para o quarto e encontrei Demetria já vestida com suas próprias roupas. Ela me olhou sorrindo sem jeito, cumprimentei ela e avisei que as meninas estavam acordadas.

— Selena sobre ontem...

— Está tudo bem Demetria, eu queria e você também. Não vejo problema algum no que aconteceu.

— Fico mais aliviada em saber, não queria que ficasse um clima estranho entre nós duas até porque nossas filhas se tornaram amigas e...

— Demi se acalma, não precisa ficar nervosa assim. — Sorri. — Vamos tomar café da manhã, uh.

— Vamos.

Nós fomos para cozinha juntas, tomamos nosso café da manhã junto com as meninas que assim que acabaram foram brincar no quarto. Com a ajuda de Demetria preparei o almoço, após o almoço deitamos todas na sala para ver um filme e as meninas acabaram dormindo. Demi e eu levamos as meninas para o quarto, as deixamos na cama e fomos para sala conversar um pouco.

— Você gosta bastante de vinho, não é? — Perguntou me vendo com a garrafa de vinho, soltei uma baixa risada.

— Sim, eu gosto. — Falei me sentando ao lado dela. — Mas você não fica para trás.

— Gosto sim, sou uma das poucas francesas que ainda tem o costume de tomar vinho junto a refeição.

— Não sabia que era francesa.

— Sou. Minha mãe estava passando uma temporada na França quando engravidou de mim, mas sua gravidez era de risco e ela teve que ficar por lá. Acabou que vivi vinte anos da minha vida na França.

— Lá deve ser incrível.

— Tem pontos bem legais lá, espero conseguir levar Íris nas férias.

— Não esqueça de me enviar fotos. — Ela sorriu, fiquei observando ela e seus lábios. A morena se aproximou um pouco mais de mim e tomou um gole de vinho.

— Você pode me beijar se quiser Selena.

Tomei o último gole de vinho da taça e deixei a mesma sobre a mesinha junto com a garrafa, com calma me sentei sobre o colo da morena com uma perna de cada lado e a beijei sem pressa. Senti a morena pressionar meu quadril e escorregar suas mãos para minha bunda, chupei a língua da mulher a fazendo gemer em minha boca e fazendo meu ventre revirar. Demetria apertou minha bunda com força, o que me fez ondular o quadril sobre o seu colo e me fez suspirar pesadamente.

— Por que você tem que beijar tão bem? — Ela riu.

— Não é a única coisa que faço bem.

— Bem modesta uh.

— Ninguém nunca reclamou. — Revirei os olhos, ela segurou o meu cabelo com um pouco de força me fazendo gemer e se aproximou do meu ouvido.

— Deixe para revirar os olhos quando eu estiver te fazendo gozar. — Arfei.

Ela juntou nossos lábios em um beijo quente, sua língua deslizando pela minha enquanto suas mãos estavam acariciando e apertando minha bunda. Senti minha intimidade se aquecer só por causa do beijo, pela língua da mulher deslizando sensualmente pela minha e me fazer suspirar. Sua boca foi para o meu pescoço assim que a falta de ar começou a se fazer presente, ela beijou, lambeu e chupou minha pele. Um ato que me fez gemer algumas vezes e molhar a calcinha. Tinha muito tempo que eu não era provocada, que eu não era tocada por alguém e as carícias dela estavam me deixando em uma situação crítica.

— Mamãe? — Me joguei para o lado ao ouvir a voz da minha filha, olhei por cima do sofá e a mesma estava saindo de seu quarto.

— Oi querida, aconteceu alguma coisa?

— Tive um sonho ruim. — Erin veio para o meu colo e se aconchegou. — A Íris pode dormir aqui hoje? Eu não quero que ela vá embora.

— Você precisa perguntar a mãe dela, meu amor.

— Tia Demi?

— Ela dormiu aqui ontem querida.

— Mas ela pode dormir hoje de novo, a mamãe não vai brigar.

— Eu vou pensar nisso até a hora de ir embora, ok?

Humrum... — Observei a morena que me olhava sorrindo, seus lábios inchados pelo nosso beijo estava ainda mais atrativo para mim.

Ballerina - SemiOnde histórias criam vida. Descubra agora