Acordei meio tonto, na enfermaria de Hogwarts. Minha visão estava turva e minha cabeça tava latejando de dor.
- Ah, você acordou Sr. Malfoy! - disse a Sra. Pomfrey - Ótimo, já esta quase na hora de recolher, então descanse um pouco a cabeça antes de ir ao dormitório, certo?
- T-tá...? O que houve comigo?
- Você acabou caindo e cortando atrás da cabeça. Não se preocupe, não foi nada grave, mas percebi que estava estressado e mal tinha comido o dia inteiro. O senhor precisa se cuidar! Se estiver se sentido mal, tem que vir pedir ajuda minha! Um aluno não pode esperar que vá prestar atenção sem comer ou beber nada!
- O-ok...quem foi que me trouxe aqui?
- Ah sim, foi o Sr. Potter que lhe trouxe. Ele estava tentando te carregar e não deixar o sangue sair muito ao mesmo tempo, estava com uma cara de quem tinha sido atravessado por um fantasma! Não o julgo, estava sangrando muito para um corte pequeno de certa forma, além de que ele estava sozinho- Oh Sra. Abbot, por favor! Vomite no balde, não na cama! - Sra. Pomfrey foi até a cama do lado, onde Ana Abbot vomitava quase que sem parar lesmas.
Isso me lembrou de quando Weasley tinha sem querer se alto-azarado e não parava de vomitar lesmas a qualquer segundo, mas isso não me animou.
- Por sinal, Sr. Malfoy, ele lhe deixou um bilhete. É melhor ler, não é sempre que seu rival salva sua vida. - ela se vira e vai ver os outros pacientes.
Olho para a minha escrivaninha e vejo um pedaço de pergaminho dobrado, escrito "Draco Malfoy". Abro o pergaminho e leio lentamente, minha visão continuava embasada.
"Malfoy,
Quando estiver melhor, me encontre no corredor da Torre Oeste. Venha sozinho.
Harry"
Leio mais de uma vez para ver se eu tinha entendido certo. "Porque diabos ele quer se encontrar comigo?" pensei "Ele quer que eu o recompense por ter 'salvado minha vida'? Não fode!"
Uma hora depois, quando faltava 30 minutos para o toque de recolher, sai da enfermaria e fui para a Torre Oeste, indo encontrar Potter no corredor. Quando cheguei, ele estava de pé encostado na parede pensativo, olhando fixamente para o chão. Quando percebeu que eu estava lá, se recompôs e olhou para mim, receoso.
- Você...ta bem? - perguntou ele, hesitante.
- Bem como um campo florido, Potter. - digo sarcasticamente.
- Oh...uh...
- Então, porque você me chamou aqui? Quer que eu te agradeça, oh grande Potter?
- Claro que não, eu só...queria entender.
- Entender?
- Você, mais cedo, não estava fazendo sentido algum. Eu só....queria saber o que eu fiz.
- Oh pelo amor de Merlin, Potter! Você acha que eu vou cair nessa baboseira? Você sabe muito bem o que fez!
- Sabe, se você ao menos falasse o que eu fiz, eu poderia afirmar se fui eu ou não!
- Poção do Amor, Potter! Não tinha me escutado antes? Você me deu essa merda de poção para me deixar todo derretido por você, é? Para pegar informações minhas! Você sabe que meu pai já foi um comensal, e você quer saber mais sobre o Lorde das Trevas para vence-lo, né? Botar a porra do meu pai em Azkaban!
A cada palavra eu me aproximava mais e mais dele, o empurrando contra parede.
- Malfoy, do que...
- Mas sabe, é até que um plano bom para se fazer com seu inimigo. Faze-lo se sentir uma merda o tempo todo, com a porra das borboletas voando no seu estômago sem parar, ficar sentindo coisinhas melosas e nojentas pela pessoa que você menos gosta no mundo. Você até que é inteligente, Potter.
Neste momento nossos rostos estavam tão perto que eu conseguia ouvir a respiração travada do garoto. Olhando fixamente em seus olhos verde-esmeralda, não sabendo o que fazer no momento. Eu estava sentido tanta raiva, raiva daquele rosto todo serelepe dele, de ouvir sua voz ensurdecedora, de sua cicatriz em forma de raio, eu só queria acabar com tudo....eu só....
Sem nem perceber, eu o puxo pela gravata e o beijo. Não foi um beijo ousado ou violento, foi um simples beijo. Meus lábios estavam levemente tremidos. Uma parte de mim estava com tanta raiva de mim por estar fazendo isso no pior momento possível, mas outra estava simplesmente cagando pra tudo e tacando o bom famigerado foda-se para qualquer um.
Mas quando senti suas mãos lentamente encostarem no meu rosto, o aperto em meu peito se desfez quase que imediatamente, fiquei leve e a dor de cabeça de antes parecia surgir nenhum efeito. Ficamos la por alguns segundos, quando nos separamos e olhamos nos olhos um do outro.
Foi aí que todos os pensamentos e sensações que estava sentindo discretamente durante o beijo voltaram a tona. Senti meu rosto arder, comecei a tremer e sem saber o que falar. Era como se aquelas malditas borboletas quisessem finalmente sair pela minha boca, justo no momento em que eu não queria que elas saíssem. Potter parecia também estar em conflito interno, não parava de me olhar com seus olhos arregalados e seu rosto corado.
- Uuuhhh olha sóóóó! Parece que a doninha falante e a aberração acabaram de descobrir de onde os bebês vêm!
- Pirraça!
- Háhá! Imagina quando todos souberem! "O queridinho dos Malfoy acaba de ser pego beijando o garoto de revista mais famoso do mundo bruxo, Harry Potter!" Imagina quanto orgulho que seus pais teriam! Ah é, esqueci que o Harryzinho não tem pais!
- Pirraça! Volta aqui seu merda!
Pirraça ia flutuando para fora do corredor cantando "Harry e Draco! Sentados numa árvore! B-E-I-J-A-N-D-O!", enquanto eu e Potter íamos correndo atrás dele para fora do corredor.
- Seu poltergeist de merda! Para de gritar isso se não eu-
- Se não o que? Vocês vão se beijar na minha frente de novo? Ou melhor, vão ficar falando coisas melosas de casalzinho na minha frente? Oh não! Por favor! Eu sou muito jovem para sofrer assim! Tenham piedade!
- Nós vamos falar para o Dumbledore! - disse Potter, depressa.
- Vai falar o que pra ele? Que eu flagrei vocês nos amassos no corredor escurinho? Sinceramente, acho que vocês jovens tão tendo muitos hormônios esse ano.
Meu rosto estava corado de raiva. Pirraça nunca me realmente me aborrecera, mas agora ele estava passando dos limites.
- Seu....seu...
Pirraça saiu flutuando para o teto, rindo a todos pulmões.
- Aquele merdinha, agora entendo por que o velho do Filch quer tanto que ele vá embora...
- Harry! - subindo as escadas, Granger vinha correndo ao nosso encontro. Estava com uma expressão preocupada - Você esta...Draco? O que você ta fazendo aqui?
- Prestes a exorcizar um poltergeist!
- Você...não ouviu o que ele disse, ouviu?
- É claro que ouvi! Você simplesmente desapareceu depois do jantar! Quando ouvi Pirraça cantar aquela baboseira, eu vim....espera....oque acontece...
- Olha a hora! Precisamos ir imediatamente para a Sala Comunal, antes que o Filch nos pegue e faça a gente limpar o corujal! - Potter pegou o pulso da amiga e puxou ela para as escadas - Tchau!
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Poção do Amor?
FanfictionDraco acorda atordoado depois de um sonho, e ele pensa que Harry o envenenou com uma Poção do Amor. Pansy fala que ele esta apenas apaixonado, mas Draco se recusa a aceitar. Essa história não para levar a sério, é apenas uma ideia engraçada que tive...