Camila's point of view
Minha respiração descompensada me fazia entrar em desespero, e em pura ansiedade, já que esperava aquele tipo de situação a meses e sinceramente a vontade de pegar minha filha nos braços era muito maior do que o medo natural que qualquer mãe sente antes da hora tão esperada. Meu peito se enchia de esperança, mas ao mesmo tempo o medo e a insegurança se instalavam em minha mente. A dor veio com tudo em meu abdômen, indicando que minha pequena não estava nenhum pouco afim de esperar para nascer.
-Lauren não temos tempo pra porra de bolsa nenhuma, me tira daqui agora, antes que a minha filha nasça num estádio de futebol.
Eu gritei chamando a atenção da branquela que estava até o momento estática em minha frente, enquanto repetia que tínhamos que ir até o meu apartamento para pegar minha bolsa. Suas mãos tremiam enquanto ela assentia em puro nervosismo começando a me levar com todo cuidado do mundo direto para o carro dela.
-Cam... Cam... Você.... Você fez xixi? -Onde eu fui amarrar meu burro meu deus?
A ex cafajeste mais cobiçada de Sunny Falls se encontrava completamente sem ação e me causando ataques de nervos antes mesmo de eu pensar em ter minha filha.
-A bolsa estourou sua idiota, anda logo com essa porra -Gritei ao mesmo tempo que a dor aumentava e minha tão maravilhosa parceira deu a partida no carro e arrancou dali.
Eu escutei alguns sussurros seguidos de um "ave Maria" e olhei com os olhos arregalados para a até então atéia que eu conhecia como Lauren Jauregui.
-Você está rezando?
Perguntei estática e a mesma balançou a cabeça em concordância, enquanto estacionamos no hospital, que graças aos céus não era tão longe do estádio. Maldita hora que aceitei assitir aquele jogo idiota.
-Vem Camz...
Mais uma uma ponta de dor, o que me fez gritar imediatamente, mas meu grito não foi nada em comparação com Lauren vendo seu carro completamente sujo com minha bolsa recém estourada, e nada se comparava a cara dos paramédicos quando a mesma caiu dura no chão.
Mas uma vez senhor Jesus Cristo, aonde eu fui amarrar meu burro?
A pergunta mais clara é, como eu, Karla Camila Cabello Estrabao estou nesse tipo de situação? Pois bem, a resposta é bem mais simples do que se imagina. Em 9 meses eu era a mais nova presidente da empresa da família, dona de um negócio de família que dura a gerações. Uma processadora completamente completa e cheia para o mercado agricultor. Sim, eu era um ícone, ainda sou, mas com 8 quilos a mais e uma noiva completamente lerda e fora da casinha.
9 meses antes
-Ta de brincadeira comigo, só pode ser perseguição -Meu pai esbravejava ao celular enquanto minha mãe mantinha os olhos nele. Inicialmente eu vim apenas fazer uma breve visita aos meus pais, já que não tenho vindo visitá-los desde que me mudei para a cidade, mas ao chegar me deparei com meu pai irritado ao celular.
Passar um ano inteiro da minha vida em uma das fazendas afastadas daqui foi perfeito para limpar minha mente e me fazer entender como funcionava o negócio da família. E não era um fardo para mim, seguir o legado dos meus pais e mandar numa das coisas que mais fazia sucesso em nossa cidade, mesmo que inicialmente eu considerasse a ideia completamente chata, ainda sim me sentia tentada e por isso acabei pegando um gosto excepcional pela prática em si. Eu ainda tinha muito que aprender sobre administração, mas passar um ano inteiro cuidando inteiramente do transporte de mercadoria e da distribuição de produtos foi o suficiente para fazer meu nome ser conhecido. Não apenas o Cabello, mas sim "Camila".
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Um bebê em nossas vidas
RomanceCamila conheceu Lauren ainda criança, em um mundo com disputas intensas de poder. Ela passou a sua vida inteira destinada a seguir os passos dos seus pais, odiando os Jauregui e acabando com qualquer chance de relação e harmonia entre as famílias. ...