mês 2: palhaço

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Oi gente, voltei.

Lauren's point of view

Sol desgraçado

O ar quente saia dos meus pulmões a medida que meu cavalo avançada devagar pela enorme plantação de pimenta. Em sua maioria, estavam todas lindas, quase prontas para o cultivo. Ela impossível não pensar no quanto eu iria faturar com isso e tudo graças a minha gerência e aos meus funcionários. Era lindo de se ver o tanto de metros que uma plantação teste alcançava, eu poderia ficar horas ali admirando e me orgulhando legitimamente do meu trabalho. E estranhamente, cada vez que penso no meu trabalho, penso em meu filho.

Toda vez que tenho uma ideia sobre futuro ou que correlaciona as coisas que conquisto, penso em meu filho. Em como meu trabalho ou coisas relacionadas afetarão Camila. Eu me sinto dona de algo incrível. É um novo começo, uma nova vida que está chegando e eu faço parte por completo. Eu sou a mãe, seja o que for, ela tem meu dna.  Camila e eu teremos algo para marcar nossas vidas.

—Ta com essa cara de tonta outra vez —Escuto a voz do meu pai, me tirando dos meus devaneios e nego com a cabeça, excluindo os pensos que mais cobrem minha mente —Não tenho cara de tonta Mike.

Meu pai e eu temos uma relação boa, incomum, porém muito boa. Sou a filha mais velha, a pessoa do qual é posto todas as expectativas. Isso nunca me foi um real problema, afinal sempre aceitei meu papel. Passei anos sobre os olhos orgulhosos e exigentes de Michael Jauregui.

—Não, não tem, mas as vezes tende a agir como se fosse.

Olhei meu pai que me observava com cautela, o homem parecia pronto para captar qualquer coisa. Peguei o caminho para a fazenda principal, sendo seguida pelo meu pai.

Meu pai desceu do cavalo antes de mim, inicialmente pensei que fosse uma coisa boa, já que nossa conversa nem se quer iniciou na plantação. O problema é que o homem no segundo em que deixou, se manteve parado e de braços cruzados, esperando por mim.

Droga

Não me demorei, seria perigoso ter meu pai desconfiando de algo agora. Caminhei em sua direção, parando um pouco a frente do mesmo, enquanto nossos homens guiavam os cavalos para fora dali.

—Você quer falar, e já sei que sou obrigada a ouvir. Então comece

Tentei me manter o mais neutra possível. Não era o dia. Camila e eu marcamos a conversa pro dia de amanhã, então não era o dia, mas faltava muito pouco para isso. Nessa semana que se passou eu fiz questão de cuidar de Camila. Estive monitorando suas horas de sono, o almoço por volta da tarde, já que sempre faço questão de enviar alguém para lembrá-la de comer. Ela ainda não pediu uma licença, e nem posso culpa-la. Ela esperou anos pelo momento atual de sua carreira, e seria injusto demais ela se afastar de tudo agora. Eu só quero que em algum momento a latina esqueça essa história sobre trabalhar durante a gravidez e comece a repousar. Eu sei que não sou eu, e é justamente por isso. Eu quero cuidar dela, das necessidades dela, quero estar mais presente do que estou agora.

—Mesmo que eu queira, você não irá me ouvir, assim como está fazendo agora —o homem chama a minha atenção, saio dos meus pensamentos, visto que ele tem total razão —O que fazia com Camila Cabello nos últimos dias?

O fato de Camila não ver os pais com tanta frequência quanto eu era vantajoso para a mesma. Mike sabia de todas as minhas aventuras, das piores até às mais fracas. Eu devia ter presumido que ele soubesse do mínimo sobre o acontecido.

Um bebê em nossas vidasOnde histórias criam vida. Descubra agora