Capitulo 4.

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Sabina (pov):
-Promete mesmo?- pergunto.

-Juro por tudo. - beija os dedinhos dele como promessa.

-Então tá, vamos.- levanto e estendo a mão para o mesmo, que segura e se levanta para ir comigo.
Deitamos na cama dele, que era grande o suficiente para uma família com umas três crianças.

-Me sentindo levemente constrangida nessa cama que eu já sei oque acontece em cima. - confesso rindo.

-Só relaxa e esquece isso. Até porque eu troco os lençóis sempre. -responde olhando para mim.

-Ainda bem, pelo menos higiênico você é. - rio.

-Boa noite, vizinha!- sorri.

-Boa noite, vizinho! - sorrio de volta. Por um impulso, Bailey me puxa para perto dele e me deita em seu peito, abraçando minha cintura. -Bailey...

-É só um abraço, relaxa.- se acomoda em mim. - Eu gosto do seu cheiro, sabia? Ele nunca mudou.

-E qual é o meu cheiro?- pergunto.

-Um leve toque de uva beeem docinha. E a Julinha tem cheiro de morango. Vou começar a chamar ela de moranguinho, porque pelo jeito vocês duas vão precisar muito de mim. - ri.

-Bailey, você sabe que não precisa ajudar, né?- afinal, ele só precisará depois que eu contar...

-Eu seria a pior pessoa do mundo se não ajudasse. E vocês são muito bem-vindas aqui, a mini Loukamaa é uma gracinha. - deposita um beijo na minha cabeça e me abraça mais.

-Agora vamos dormir porque a nossa moranguinho acorda cedo.- rio.
[...]
Dito e feito. Cedinho da manhã Júlia berrava no outro quarto, me fazendo correr para pega-lá já que travesseiros não seguram uma criança de forma alguma.

-Pronto, estou aqui. Agora você pode relaxar, jujuba!- a abraço apertado e enxugo suas lágrimas.

-Mamá - ela olha para mim, como se estivesse pedindo para ver Joalin.

-Oh, meu amorzinho! Assim você quebra o coração da sua dinda. Eu sei o quão difícil está sendo, olhe onde estamos. Há uma semana atrás, eu jamais entraria por aquela porta. Mas vai passar, eu sei que vai. - aliso seus cabelos loiros.

-Fiz o leite dela, talvez ajude para acalmar.- Bailey me estende a mamadeira.

-Nossa, obrigada- pego o líquido de sua mão e dou para Júlia devagar.

Bailey senta na cama à nossa frente, como se estivesse pronto para ajudar em qualquer coisa.

-Pode ir deitar se quiser. Acho que ela ainda dorme um pouco após o leite, os olhinhos já estão quase fechando aqui. - balanço ela mais um pouco.

-Não, estou bem. Vou fazendo um café da manhã pra gente então. - ele se retira do cômodo.
[...]
Depois de fazer a Júlia dormir, meu estômago estava realmente desesperado por comida. O cheiro na casa também não ajudava muito...

-Chegou bem na hora!- Bailey mostra a mesa à sua frente. Isso daqui tá melhor que hotel!

-Nossa, você preparou tudo isso em cinco minutos?- pergunto impressionada.

-Masterchef, bebê!- rimos juntos e sentamos para comer. -Você vai visitar sua amiga no hospital hoje?

-Sim. Assim que a Júlia acordar vou lá com ela.

-Sabina, desculpa a pergunta. Mas ela não tem pai?- tem, você.

-A Joalin nunca me contou quem é. - dou de ombros. Essa parte era verdade, pelo menos.

While you're gone - sabiley. Onde histórias criam vida. Descubra agora