Céu azul {Gabriel Barbosa} PAUSADA

Cap. 18

Thalita Ribeiro

6 meses depois...

Foram os melhores seis meses da minha vida, Gabriel tem sido uma pessoa incrível comigo me mostrando que o amor não precisa te machucar.

Estava sentada no sofá da sala assistindo desenho com Guto enquanto Marília fazia as unhas pro nascimento do Tonton.

– O que aconteceu? – perguntei pra Marília que sentou do meu lado no sofá com a mão na barriga.

– Começou uma dor do nada. – ela falava pausadamente por conta da dor que tava sentindo.

– Quer subir tomar um banho pra ver se melhora? – perguntei sentando do seu lado sentindo sua barriga dura.

– Quero, você me ajuda? – perguntou e eu assenti com a cabeça ajudando ela a levantar, foi coisa de segundos até a bolsa estourar e ela me olhar desesperada.

– A bolsa estourou, eu preciso ir pro hospital. – ela falava imóvel me olhando com um olhar de medo.

– Coloca ela no carro que eu pego as bolsas e ligo pro Everton. – irmão da Marília me olhou falando e eu concordei levando a mesma pro carro que quase chorava de dor. – Pronto tá tudo ai, eu vou arrumar o Guto e já tô indo pro hospital também. – falou segurando a mão da Marília.

– A gente se vê lá então, preciso correr com ela pro hospital. – falei ligando o carro e saindo da garagem.

– E o Everton? Eu quero que ele assista o parto, ele precisa assistir. – ela falava tudo muito rápido enquanto tentava desbloquear o celular.

– Fica calma e respira tá? Ele vai estar lá. – falei pegando sua mão enquanto eu dirigia que nem doida pro hospital.

Não demorou muito pra chegarmos, Marília respirava com dificuldade por conta da dor que estava sentindo. A enfermeira veio correndo de encontro pra levar ela pro exame e Marília teimava não querendo ir pra esperar o Everton que entrou correndo e perdido no hospital.

– Cheguei linda, eu tô aqui agora. – ele falava segurando sua mão enquanto eles sumiram no corredor branco.

Sentei na cadeira da sala de espera nervosa, não demorou muito pro pessoal chegar. Gabriel parecia perdido quando passou pela porta do hospital.

– Oi amor, Tonton já nasceu?– chegou perguntando enquanto olhava pros lados procurando algo.

– Não sei, levaram ela e até agora ninguém sabe nada. – falei olhando pra ele. – Tá procurando alguém? – perguntei.

– Não, por que? – falou tentando disfarçar.

– Não para de olhar pros lados procurando algo ou alguém, achei estranho. – falei olhando pra ele que deu pouca importância no que eu falei.

Foram longas 2 horas naquela sala até a enfermeira chegar falando que o António já tinha nascido e que a gente poderia ver ele pelo vidro do berçário.
Everton vinha com um pacotinho em seus braços enquanto sorria feito bobo, parecia eu ia explodir de tanto amor.

Estávamos esperando a Médica libertar a Marília pra podermos entrar no quarto, Gabriel não trocou uma palavra comigo depois da nossa pequena discussão. Eu tentei puxar assunto algumas vezes e ele me ignorou totalmente me deixando chateada.

– Tonton é tão lindo, da vontade de morder ele todinho. – falei entrando no quarto vendo Marília rir. – Como você tá? – perguntei sentando nos seus pés na maca.

– Tô feliz demais, você acredita que eu puxei ele? – falou com os olhos brilhantes e sorrindo. – Eu que tirei ele dentro de mim, foi uma sensação incrível que eu nem sei explicar. – comentou sorrindo me olhando.