Céu azul {Gabriel Barbosa} PAUSADA

Cap. 10

Thalita Ribeiro.

Abri meus olhos sentindo uma dor insuportável em meu corpo, tentei me mexer pra ver se amenizava um pouco daquela dor insuportável. Não conseguia me lembrar de quase nada de ontem.

Até eu fechar meus olhos e ver tudo novamente, eu gritei por socorro tantas vezes que minha garganta doía demais. Ele me batia tão forte, o jeito que ele gritava dizendo a mesma coisa toda hora "você é minha e ninguém vai te tirar de mim", cada chute que ele me dava parecia que machucava a minha alma.

Mas eu sabia que não tinham pegado ele ontem, ele é esperto. É isso que me dá mais medo ainda, saber que a qualquer momento ele pode aparecer aqui fingindo ser o noivo preocupado.

- Posso entrar? - Everton perguntou colocando a cabeça pra dentro do quarto, eu apenas confirmei com a cabeça. - Como você tá se sentindo?

- Eu tô bem, apesar da dor. - respondi tentando não chorar na frente dele.

Marília entrou logo em seguida no quarto e veio correndo me abraçar, Gabriel entrou dando risada da loira.

- Você tá bem? tá inteira? pelo amor de Deus eu tô tão preocupada. - Ela falava me abraçando forte, fazendo todos rirem da situação.

- Eu vou ficar bem, não se preocupa. O que o Doutor falou pra vocês? - Eu perguntei e vi todos fazerem uma cara de pena, me fazendo ficar com medo.

- Bom dia senhorita Ribeiro, estava falando de mim? - Doutor falou entrando na sala e eu apenas concordei. - Você tá bem, chegou aqui bem machucada e perdeu bastante sangue. - Falou me examinando. - Porém, eu sinto muito...

- Sente muito pelo que? - Falei entrando em desespero.

- Você levou muito golpes na barriga, não conseguimos salvar a criança. Você teve um aborto espontâneo, eu sinto muito. - Falou me olhando, aquilo parecia mentira.

- Eu tava grávida? - perguntei sem acreditar naquilo que estava ouvindo, vendo todos me olharem com pena concordando.

- Pelos exames vimos que não foi a primeira vez que sofreu esse tipo de agressão, pelos golpes que certamente a maioria acertaram na barriga em direção ao útero, a chance de conseguir prosseguir com uma gravidez sem sofrer o aborto são baixas, quase nulas. Eu sinto muito. - Falou passando a mão em meus braços e saindo do quarto.

- Eu sinto muito, eu deveria ter ficado em casa com você. A culpa é toda minha. - Everton me abraçou chorando.

- A culpa não foi sua e nem de ninguém, tá tudo bem. Eu vou ficar bem. - Falei me ajeitando na cama e forçando um pequeno sorriso.

- Nós vamos pra casa, Guto ficou sozinho com a babá. Everton precisa descansar também, passou a noite toda sentado naquela cadeira. Qualquer coisa me liga, eu sinto muito tá? - Falou a Marília me abraçando e saindo com o Everton pela porta, me deixando sozinha com Gabriel.

- Ele nem implicou com você dessa vez, vimos uma melhora. - falei tentando fazer ele rir, porém só deu um sorriso se aproximando de mim.

- Eu sinto muito, eu sei o quanto uma criança é importante pra uma mãe. Porém tem outras formas e vamos te apoiar sempre. - ele falou sentando na cama e segurando minha mão.

- Deita aqui comigo? - pedi indo pro lado vendo o moreno se aproximando e me colocando pra deitar em seu peito.

- Pode descansar, não vou sair daqui. Eu prometo. - falou fazendo carinho em meu cabelo.

Gabriel era tudo que todas as mulheres precisavam, porém eu sabia da fama que ele tinha mas quando ele me olhava com aqueles olhos castanhos me deixava atordoada. Sua boca carnuda, sua pele que brilhava quando o Sol batia, as tatuagens que faziam ele ficar mais gostoso do que já era. No final o Gabriel era tudo... tudo que eu sempre quis pra mim.

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aiaiai.

amo vocês, xoxo.