i still into you.

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Ao acordar pela manhã Luke percebeu que a cama estava vazia. Não sabia se Reggie havia acordado mais cedo e o deixou dormindo ou se algo havia acontecido, mas estranhou pois conhecia bem o namorado e sabia que nunca acordaria cedo, muito menos em um domingo.

Colocou seus chinelos e saiu do quarto procurando pelo maior, olhou nos banheiros, na cozinha, e até no quarto de hóspedes, mas não o encontrou. Assim que cruzou o corredor da sala, o viu sentado em um banco de madeira olhando pela janela com uma expressão triste no rosto e segurando uma xícara com as duas mãos. Parecia estar desligado do mundo e perdido em seus pensamentos, pois não ouviu quando Luke o chamou pela primeira vez, foi necessário o mais velho se aproximar do rapaz e tocar seu ombro.

- Reggie? - Disse, dessa vez atraindo a atenção do mais novo e também o assustando. - Desculpa te assustar.

- Tudo bem. - Forçou um sorriso e passou a mão pelo cabelo. - Eu só estava distraído, mas por que você acordou cedo?

- Dei sua falta na cama. Aconteceu alguma coisa? - Puxou outro banco e sentou na frente da janela.

- Só perdi o sono, aí resolvi fazer um chá e sentei aqui.

- Você parecia triste quando eu cheguei, tem certeza que foi só isso? - Estendeu a mão esquerda para o de olhos azuis, que sorriu e a segurou.

- Estava pensando em algumas coisas, a minha vida por exemplo. - Riu sem graça. - Eu tinha tudo e resolvi abandonar a casa dos meus pais para seguir o meu sonho, arrumei amigos incríveis e um namorado maravilhoso. Hoje eu tenho esse apartamento, que pode não ser um dos melhores de Los Angeles, mas eu comprei com o meu dinheiro e posso fazer o que quiser nele.

- Isso não é motivo para ficar triste, amor, só coisas boas aconteceram com você.

- Mais ou menos, né? - O olhou triste. - Para alcançar isso eu perdi o apoio dos meus pais e nem falo mais com eles, eu sinto muita falta deles, Luke.

- Eu acredito que sinta, mas não é culpa sua. Eles como seus pais tinham que te apoiar e não fizeram isso, você só seguiu seu coração. - Puxou o banco mais para perto do namorado e tirou a xícara de chá de sua mão com cuidado, a colocou na mesa e segurou as mãos do rapaz. - Eles nunca mais entraram em contato?

- Só ligam no meu aniversário e no Natal. - Seus olhos se encheram de lágrimas e olhou para o chão. - No resto do ano eles agem como se não tivessem um filho.

4 anos antes.

Luke nunca foi uma pessoa muito nervosa ou do tipo que se preocupa demais com as coisas que vão acontecer, preferia deixar as coisas rolarem e ver no que dava. Mas era impossível não se preocupar quando vai conhecer os pais do seu namorado, que segundo ele, não são ruins mas também não é qualquer que eles permitem sair com Reggie.

- Filho, respira. - Disse Emily começando a se incomodar com a agitação do mais novo. - Daqui a pouco você vai fazer um buraco no chão de tanto que anda pra lá e pra cá.

- Mas e se eles não gostarem de mim? O Reg diz que eles são bem sérios e eu tenho mania de fazer piadas e brincadeiras idiotas quando estou nervoso. - Se jogou no sofá e fechou os olhos. Começou a imaginar o desastre que seria o jantar com os Peters e que aquilo o afastaria de Reginald. - Eu vou perder o Reggie.

- Eu acho que te trocaram na maternidade. - A Patterson mais velha disse olhando para a televisão, Luke abriu os olhos e a encarou confuso. - Não é possível eu ter um filho tão dramático assim não. Não é você que diz não se preocupar com as coisas e essas coisas?

- Sim, mas é que eu fico imaginando de que formas eu posso estragar o jantar e fico nervoso.

- Então pense em formas de não estragar o jantar. - Disse como se fosse óbvio. - Luke, vem aqui.

paper rings. · rukeOnde histórias criam vida. Descubra agora