𝙾 𝚛𝚎𝚎𝚗𝚌𝚘𝚗𝚝𝚛𝚘

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Depois de tomar o sorvete, eu fui até o caixa e me despedi de Bruno, que me fez prometer que eu voltaria lá mais vezes antes de viajar novamente.

Eu e as meninas fomos até a loja nova que Luiza tinha falado sobre, e separamos muitas roupas para provarmos. Eu não sei qual é o máximo de roupas que nós podemos levar para o provador, mas com certeza nós chegamos no limite, considerando a expressão no rosto da vendedora ao ver que provavelmente nós não levaríamos metade daquelas roupas pra casa.

Mas sério, eram muitas roupas.

- Eu acho que isso não combina muito com você... - Bianca me emcarou de cima a baixo mais uma vez. - Lu! Vem aqui e me dá uma segunda opinião!

- Espera aí! - Luiza ofegou de dentro do provador. - Eu só tenho que fechar esse... - Mais uma pausa. Então um barulho de zíper soou e Luiza saiu da cabine do provador, sorrindo vitoriosa para nós. - Pronto. Antes que você fale qualquer coisa, me lembre de processar a pessoa que colocou o zíper de vestidos nas costas e deu essa ideia horrível para todos os fabricantes. - Ela falou bufando. Bianca riu.  - Mas antes, o que você achou desse vestido aqui? - Ela falou apontando para si mesma.

Luiza estava linda em um vestido roxo que ia até um pouco acima dos seus joelhos. A saia era esvoaçante e o vestido parecia ter sido feito para ela. O corpete parecia levemente apertado, mas ela estava linda.

- Você está maravilhosa! - Bianca comentou, ao mesmo tempo que eu.

- Nossa, obrigada. - Luiza disse corando. - Mas sério, se eu tiver que fechar esse zíper sozinha de novo, eu vou chorar. - Ela falou se virando para o provador. Eu e Bia rimos. - É sério! Eu não vou colocar esse vestido sozinha da próxima vez! Toda vez que eu sair com ele eu vou estar com vocês, porque de jeito nenhum eu vou conseguir fechar esse treco de novo! Mas o que é que você estava me perguntando?

- Eu pedi uma segunda opinião sobre essa roupa. - Ela apontou para mim. - A Gabi está linda, mas não parece o estilo dela, o que você acha?

Luiza me analisou, seus grandes olhos verdes estavam cerrados enquanto ela me olhava de cima a baixo, como Bianca.

Eu usava um vestido mais formal, com uma saia envelope e um decote em linha reta. Ele era bonito, mas eu não tinha muita certeza de que ele combinava comigo.

- Eu concordo com você, Bia. Você está linda amiga, mas essa roupa te faz parecer mais velha. - Ela falou me encarando. - Você está.... - Luiza parou, pensando na palavra que queria usar. - Sofisticada! Isso. Parece que você vai para um evento chique ou alguma coisa assim.

- É verdade. Não parece muito comigo não é? - Eu falei rindo. Nós não vamos à "eventos chiques". Para o nosso próprio bem.

Eu não vou contar a história detalhada, já que eu não quero me lembrar dessa vergonha, mas o resumo é que nós estávamos em um casamento chique em uma pousada. Nós três. O casamento era de uma prima de Bianca que era muito próxima dela. A Bia ia ser a dama de honra e pediu que nós fôssemos juntas, já que como ela disse :

- Eu amo a minha prima, mas eu não gosto nem um pouco de casamentos e esses eventos chiques. Seria muito bom mesmo se vocês fossem.

Então nós fomos.

O casamento não foi o problema. Tudo ocorreu normalmente, a noiva estava linda, a Bianca estava linda, e os noivos fizeram um belo discurso sobre o amor um para o outro.

O problema foi que, enquanto todas as pessoas estavam na festa, comendo, nós estávamos perto da piscina. E levemente alteradas, por conta da taça de champagne que cada uma de nós bebeu no brinde aos noivos. Nós não achávamos que o champagne alteraria tanto a nossa cabeça, já que nós estávamos completamente bem.

Mas um tempo depois, nós ainda estávamos perto da piscina. E o que aconteceu, nós ainda não nos lembramos direito, mas a água gelada da piscina, quando nós três caímos nela, foi o que nós precisamos para ficarmos sóbrias instantaneamente.

Nós três e o nosso problema com a água.

Enfim, depois disso, eu acho que a prima da Bianca não vai mais nos chamar para os eventos chiques da família.

Eu ri com a lembrança.

- É, - Eu repeti. - Definitivamente não parece muito comigo.

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Uma hora depois, nós tínhamos finalmente saído da loja, com duas sacolas cada uma. Eu havia ficado com um vestido verde menta e um vestido vermelho, Bianca havia ficado com um vestido azul escuro incrível que ficou perfeito nela e com um par de botas que combinaram perfeitamente com o vestido (e com o próprio estilo dela), e Luiza havia ficado com o vestido roxo e com uma sandália que ela disse que precisava comprar, urgentemente.

Como Luiza havia falado, a loja estava realmente em liquidação, o que permitiu que o dinheiro que eu tinha guardado por um tempo enquanto trabalhava em Belo Horizonte não sumisse tão rapidamente assim.

Depois de sair da loja, nós decidimos que tínhamos que almoçar. Já era quase uma hora da tarde e meus pés já estavam pedindo socorro, além do que nós ainda tínhamos que encontrar algumas pessoas no caminho de volta. Talvez eu deixe o encontro para amanhã. As pessoas podem esperar. Elas já esperaram por quatro anos, afinal.

- E o que nós vamos almoçar? - Bianca perguntou quando nós entramos na praça de alimentação. Sua expressão indicava que ela estava com fome. E ninguém quer ver a Bianca com fome.

Nós decidimos comer em um restaurante novo na praça de alimentação (ele era novo apenas para mim, porque ele já estava lá fazia três anos.

Nós nos sentamos em uma mesa perto dali e começamos a olhar o cardápio para decidirmos o que nós iríamos comer. Eu e as meninas decidimos o que iríamos comer, fomos até o balcão do restaurante para pedir e voltamos para a mesa enquanto esperávamos o nosso número ser chamado.

Nós continuamos conversando sobre vários assuntos diferentes. Mas, em um momento de silêncio entre nós três, eu pensei em uma coisa que a Luiza falou um pouco mais cedo, quando nós ainda estávamos no parque, mas que agora havia me colocado em estado de alerta.

- Espera, Luiza. - Eu disse a olhando enquanto franzia as sobrancelhas.

- O que foi? Tem alguma coisa no meu cabelo? - Ela me perguntou fazendo uma expressão preocupada. Bianca me encarava, confusa.

- Você disse que o Mat trabalhava aqui no shopping não disse? - Eu indaguei, ela apenas assentiu, mas seu rosto ficou pálido quando ela começou a encarar um ponto atrás de mim arregalando os olhos. Eu franzi o rosto - Amiga, você está bem? - Eu perguntei enquanto me virava na cadeira para ver o que, ou quem, ela estava encarando.

Acontece, que bem ali, há algumas mesas de distância, estava ele.

E eu senti que eu iria desmaiar bem ali.

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⏰ Última atualização: Jan 29, 2022 ⏰

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