𝙾 𝙷𝚘𝚜𝚙𝚒𝚝𝚊𝚕

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Minha cabeça estava doendo. Foi a primeira coisa que eu pensei. Minha cabeça estava doendo muito. Minha cabeça estava confusa e doendo.

Eu conseguia sentir que estávamos nos movimentando. Eu ouvia vozes, mas elas pareciam muito altas e baixas ao mesmo tempo. Eu simplesmente não conseguia compreendê-las. Então eu tentei me desligar, porque era o melhor a se fazer .

Pelo visto eu não conseguia me desligar. Aquelas vozes? Eu não entendi muito bem o que disseram, só que era algo como "Você vai ficar bem.".

Eu abri os olhos e os fechei novamente pela claridade. Ela me cegava. Então uma mulher de começou a falar o que tinha acontecido. "Acidente de carro, ela era a pedestre. Estava desacordada até agora." A voz dela era suave e me fazia querer dormir. Me fazia lembrar de quando a minha mãe contava histórias para mim.

Mas alguma coisa me dizia pra não dormir. Eu não podia dormir. Tinha que manter os olhos abertos. Então eu os abri e vi uma mulher com lindos cabelos cacheados e uma pele que parecia reluzir.

-Olá, eu sou a doutora Helena. Você pode me dizer qual é o seu nome? - A médica  perguntou.

- Ahn, Gabrielle. - Eu respondi com uma pequena pontada de dúvida.

- Que nome bonito! E você sabe onde você está querida?

- No... Hospital? Isso parece um hospital pelo menos.

- Sim Gabrielle, você está no hospital. - A médica riu baixo. - E nós vamos cuidar de você. Levem ela para o quarto sete. - Ela pediu a ninguém em particular.

Um tempo depois que eu cheguei no pequeno quarto da emergência, a doutora apareceu. Ela estava com uma enfermeira que se apresentou como Renata. A doutora Helena me perguntou mais uma vez como eu estava e depois que eu disse que ainda sentia tonturas, ela me perguntou como exatamente tinha sido o acidente.

Eu tentei dizer tudo detalhadamente para não esquecer de nada importante. Enquanto eu estava falando, a enfermeira, Renata, aplicou um remédio em mim. Quando terminei de falar, a doutora assentiu.

- Nós vamos precisar fazer uma tomografia para ter certeza de que o seu cérebro não sofreu nenhuma lesão grave. Você não sangrou certo? - Ela perguntou e eu fiz que não. - Isso é bom, quer dizer que não é muito grave mas sempre é bom prevenir não é? Eu pedi pra Renata aplicar um remédio para dor de cabeça e tontura que vai te fazer sentir melhor.

- Tudo bem, mas você disse tomografia?

Ela, talvez percebendo que eu estava nervosa com essa ideia, me deu um sorriso encorajador e disse :

-Não precisa ter medo, é bem rápido e você nem percebe. Não se preocupe!

Certo, eu estava preocupada. Mas tudo bem. Vai dar tudo certo.

Eu disse para a doutora que precisava de um tempo para ligar para a minha mãe e contá-la sobre o que aconteceu. No acidente meu celular estava na minha mochila, que os paramédicos trouxeram junto comigo, então ele não quebrou nem nada.

A doutora me deixou sozinha, mas antes de sair, me entregou um roupão de hospital e me disse que eu precisaria colocá-lo e tirar todos os brincos e piercings - se eu tivesse algum - e colocá-los em um armário que tinha no canto do quarto.

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