07: Erros

33 11 45
                                    

𝐇𝐚́ 𝐪𝐮𝐚𝐬𝐞 𝐭𝐫𝐞̂𝐬 𝐝𝐢𝐚𝐬 Ávilla não desperta, o que resulta em motivos para Santiago acender um cigarro na janela de um quarto pequeno, mas bem arrumado alugado na fronteira de Hamatita. Travis mal olhava para Santiago, envergonhado por ter cometido um grande erro ainda mais sendo relacionado a Ávilla.

— E aí o que a gente vai fazer? - Travis finalmente se dirige receoso a Santiago.

Santiago lança um olhar sério para Travis - Eu não sei. Se te entreguei a missão, é porquê não conseguia executá-la de forma alguma. Se não você saberia que eu mesmo teria feito.

Travis abaixa a cabeça - Me desculpe, Santiago. Você tem razão, como sempre.

— Não se preocupe Travis, vamos resolver isso, como já resolvemos coisas piores no passado. - Ele apaga o cigarro em um cinzeiro que estava em cima de uma penteadeira.

— Parece animado, tem alguma ideia? - Travis finalmente arruma sua postura colocando o tornozelo no joelho oposto e entrelaçando os dedos, como uma autoridade.

— Tenho sim. - Santiago fala respirando fundo, mas tenso. - Mas é perigoso, no entanto identependente do que eu dizer, não se atreva a se prestar a fazer comigo. - Ele disse vasculhando uma bolsa com alguns pertences.

— Não te garanto nada.

— Presta atenção, idiota. Eu vou atrás dessa mulher aqui - Santiago fala apontando para um livro vermelho, com detalhes em ouro assim como os da sua biblioteca pessoal, mas em sua capa tinha algo diferente: A fotografia de uma mulher ruiva com belos e profundos olhos brancos, que constratavam com seus cabelos, estava com um vestido verde elegante com uma gola alta cheio de pedrinhas não identificadas. A fotografia parecia recente.

— Quem é essa mulher? - Travis perguntou

— Essa mulher, ou melhor esse livro foi escrito pelo meu pai. Conta sobre a feiticeira particular da Óliver que está presa em Jadeíta e...

— Você está louco seu boçal? - Travis esbraveja um pouco mais alto que o normal - Nem continue com isso

— Você precisa me ouvir. - Santiago diz centrado - é uma chance, não só de salvar a vida de Ávilla, mas também de executar outros planos.

Travis vira os olhos e da de ombros

— Obrigado, assim está melhor. Dizia quê ela tem poder suficiente para acordar Ávilla, já que ela é feiticeira de selamentos em massa. - Santiago explica, e segue tentando convencer o amigo. - Eu posso buscar essa mulher, não sou fraco, Travis.

Travis para no tempo por alguns segundos, respira fundo e finalmente parece ter uma resposta - Faça o que você quiser, mas volte.

Santiago sorriu satisfeito por não ter que insistir muito, afinal mesmo se Travis não quisesse ele iria avançar, ele se levanta e dá um tapinha no ombro do amigo - um pouco forte demais para ser apenas brincadeira - que faz Travis tomar um susto.

— Eu vou ir então, agora. - Santiago dizia abrindo um portal no quarto

— O - o que? Agora? - Travis se levanta atrás dele um pouco eufôrico

— Sim, quanto antes melhor. Se cuide, e cuide de Ávilla por mim. - mal dá tempo de questionar e Santiago entra no portal, como se estivesse passando por uma porta normal.

[...]

Jadeíta supera todos os reinos já vistos, as ruas asfaltadas com diferentes meios de transportes passando por elas, são cercadas de grandes prédios de vidro com variados tamanhos, e todas as ruas levam para o que parece ser o meio do reino: um castelo, dividido por três torres e enorme, suas pontas tinham um mastro que erguia uma bandeira verde, a volta do castelo tinha um grande caminho de ardosía. O castelo tinha uma cor clara e era feito de granito, sua cor era como areia, e grandes janelas de vidro com grades. A prisão de Jadeíta ficava no subsolo do castelo, ou no forte militar, que são quatro torres dividias nos quatros cantos do reino, tendo sua base localizada ao norte de Jadeíta.

A barreira do reino era extremamente forte, uma barreira de dano firmada junto com uma de absorção, que fazia nada menos que sugar a força de qualquer um não registrado que estivesse dentro dela, o que logo aconteceria com Santiago. Caminhando para a morte, ele não tinha um minuto de treguá, desfiles de grupos de soldados bem armados era comum no caminho que ele precisava seguir até o castelo para começar a colocar seu plano em ação.

Seu plano consistia em: se infiltrar com a aparência de um soldado, achar a feiticeira, e voltar até Travis e Ávilla. O plano deu certo, até achar a mulher. Infiltrado, Santiago, ou melhor Chris, o soldado que ele tomou a aparência estava escalado para vigiar a mulher e escolta-lá. Foi simples encontrar a cela dela dessa forma, mas o que o surpreendeu é que a feiticeira não estava presa em uma cela e sim em um quarto nos fundos do terceiro andar do castelo, intrigante já que ela era uma prisioneira de alto escalão segundo os livros e a história contada por ancestrais. Ao chegar na porta do quarto da ruiva, se depararam com duas portas imensas, sua estrutura era oval e de madeira, com uma grande madeira que travava a porta encaixando em um ferro. Com livre acesso, o mago entrou com facilidade, e logo foi conversar com a mulher, que estava sentada admirando a cidade entre as grades da janela de vidro. O quarto era um tanto quanto pomposo, com altas torres de livros e uma cama grande, além de uma mesa com poltronas confortáveis. Logo Santiago já entendeu: a feiticeira era valiosa demais para ser jogada em um calabouso cheio de roedores e esgoto.

— Oi? Senhora? - Santiago se dirigia até ela vagarosamente, depois de trancar a porta por dentro.

— O que você quer, Chris? - a voz dela era aveludada e calma, mas soava como uma superior.

— Você é a Olga? - Santiago parava em meio ao quarto

— É claro, quem mais você esperava - Ela olha para trás e se depara com Santiago, destransformado sorrindo de canto e com os braços cruzados

— Eu talvez? - Ele se aproxima, apoiando suas mãos sobre a mesa - Sou o filho do Damian, e vim te levar comigo, te tirar daqui

— Calma o que? Como você entrou aqui garoto? É praticamente... impossível! - Ela dizia inconformada, tentando pensar com como ele teria chegado

— Escuta Olga, eu preciso da sua ajuda. Eu te tiro daqui para sempre em troca, me diz... você não é tola para querer ficar presa aqui o resto da sua vida, certo? - Ele fala já se dando por vencido

— Me dê um motivo para ir com você. Aqui eu levo uma vida ruim, mas tem umas coisas que me agradam. - Olga se levanta cruzando os braços e arqueando a sombrancelha

— Você deve conhecer a Óliver - Ele explicava, gesticulando - A filha dela está comigo na fronteira de Hamatita. Desacordada por forçamento de ruptura de selo.

— A filha da Óliver? - A voz dela sai fraca e vacila - Como vocês encontrou essa menina? Não era para ninguém ter a encontrado - Olga grita, estressada

Ao ouvir os gritos da mulher, os soldados que aguardavam do lado de fora ficaram em alerta e bateram a porta questionando o que estava acontecendo e mandando que o soldado "Chris" se retirasse rapidamente do quarto, Santiago olhou para Olga com os olhos cerrados

— Cala a boca! - Se aproximou um pouco - Eu realmente preciso de sua ajuda. Você pode ir ou não? - Ele falava tão baixo quanto um sussuro, enquanto os soldados esmurravam a porta e ameaçavam abri-lá a força.

Olga apertou a barra de seu vestido marrom tensa, encarava todas as partes do quarto notava-se sua respiração afoita. - Nadja vai te matar e me matar se fugirmos.

— Deixa que com Nadja eu resolvo. - Santiago diz já abrindo um portal dando para a fronteira de Hamatita. - Escuta, tenho algo que quero que diga a Ávilla

— O que? Garoto, o que pretende? Ficar para trás? - Os gritos dos soldados lá fora faz eles olharem assustados para a porta, mas por enquanto era um alarme falso. Por enquanto.

Santiago abriu o portal com facilidade, um pequeno, já que sua força estava sendo retirada de si aos poucos. Ajudou que Olga entrasse e disse a mensagem que queria que repassasse á Ávilla. Não durou muitos minutos até os soltados quebrarem a porta invadindo com tudo, felizmente Olga fugiu, mas um grupo de um pouco mais de quinze soldados, avançava para prender o agora invasor.

Last Woman Onde histórias criam vida. Descubra agora